quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

UM FELIZ ANO NOVO!



O Apocalipse em nosso olhar

Cada geração tem seu próprio Apocalipse, e, tanto mais quanto a viagem espiralada da História no tempo linear aconteça, chegando nós cada vez mais próximos aos Arquétipos finais da Profecia, tanto mais fácil tornar-se-á discernir os “poderes” em ação na História conforme nos relata o Apocalipse, e, isso, cada vez mais com as configurações finais propostas pelo Livro.

Então, como viver sabendo que vivo o Fim dos Tempos?

A resposta do Evangelho é uma só: Fazendo de você a melhor versão de você mesmo; andando em misericórdia, com a alma aberta ao faminto, e uma casa acolhedora no ambiente do ser; saciando as reais necessidades uns dos outros, e caminhando em permanente processo de transformação. Pois deste fel há de sair doçura!

Portanto, o que se diz é: Viva e seja o melhor mundo enquanto você vai...

O verdadeiro mundo acontece em você. Nele realize a paz. Nele efetive reconciliações. Nele busque a verdade, dentro de você. E assim, haverá, obviamente, inúmeras implicações do lado de fora...

...Enfim, que se existencialize na totalidade do seu ser e da sua existência o significado do que é Evangelho! Assim se tem que viver neste tempo! Seja a melhor versão de si mesmo em Cristo Jesus enquanto se vai... Porquanto nos é dito...

Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus.
Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.
Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos.
Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus.
Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.
Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disser todo mal contra vós.
Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós.

Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens.
Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai que está nos céus.

Que neste novo ano, novas sejam sempre as Boas Novas na sua vida!

Um feliz Ano Novo!

Caio

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sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

OS CAMPEÕES DA INFELICIDADE MUNDIAL!

Paulo disse que se a esperança de ser de Cristo é algo que se limita apenas aos horizontes da presente existência, então, quem assim seja e creia em Jesus, será o mais infeliz de todos os homens!

De fato, assim como “o reino de Jesus” não é deste mundo, do mesmo modo servi-Lo entre os homens com expectativa de “recompensa terrena” é a pior de todas as escolhas, posto que deste mundo que jaz no Maligno, o que Jesus diz é: “Aí vem o Príncipe desde mundo, e ele nada tem em mim!”

Jesus não serve aos propósitos deste mundo!

Por isto, uma fé em Jesus que seja apenas segundo a carne, conforme Paulo, ou apenas meramente “terrena, animal e demoníaca”, como diria Tiago, não realiza nada senão muita frustração.

Se eu quisesse alguma “recompensa” humana na Terra jamais seria discípulo de Jesus!

Dizer-se discípulo de Jesus qualquer um pode dizer-se, até o diabo. Mas, de fato, o ser discípulo Dele se mostra apenas por aquilo que na vida possa se mostrar como ato, gesto e decisão.

Ora, o Evangelho somente é Boa Nova para Hoje porque diz que o hoje não é o fim de nada, pois, de fato, nossa esperança está nos céus, de onde também aguardamos o Senhor Jesus, e, com Ele, tudo novo: um novo nome, uma nova cidade, um novo corpo, um novo ser, uma nova consciência, uma nova humanidade; onde não há religião, nem maldição, nem poder político, nem diversão como alienação, nem separação social ou racial, nem sexo como diferença, nem juízo, nem culpa, nem medo e nem morte; posto que tudo será amor como o amor é segundo Deus.

Tire, todavia, a esperança da Glória de Deus e a certeza da ressurreição da pulsão existencial do ser que se diz discípulo de Jesus, e, então, você verá o que Paulo disse acontecendo bem diante de você, no caso de tal discípulo ser um outro que não você mesmo, ou, então, se o antes discípulo é você hoje, sinta em você mesmo o poder da profecia existencial de Paulo, posto que sua infelicidade não terá rival na Terra.

Esse Jesus da Terra, esse Jesus da Prosperidade e do Poder, esse Jesus da “igreja” e do “cristianismo”, é o diabo.

Quem o segue morre seco e sem esperança!

Sim! Esse Jesus também dos livros, da Bíblia, das doutrinas, dos projetos sociais, dos messias cristãos, dos salvadores do mundo, dos teólogos, dos filósofos, dos pensadores e dos que acenam com esperanças feitas de ilusões humanas, é um deus de tristeza e de desesperança, pois, de fato, sendo honesto com Jesus segundo o Evangelho, fica claro que Jesus não serve para o mundo dos humanos nesta Terra.

Não dá para ser discípulo de Jesus sem sonhar com Novo Céu e Nova Terra, não desta ordem, não como o céu e a terra são hoje; e nem tampouco como os homens sonham com felicidade e com prosperidade; e nem ainda dá para ser como os cristãos que falam de vida eterna enquanto tudo o que desejam é imortalidade terrena e temporal.

Sim! Retire o céu eterno do coração do homem e o que sobrará será o diabo da Terra!

E mais: tal diabo é pura angustia, é total pulsão auto-destrutiva, é moção suicida em nome da vida!

Ou seja:

Esse discípulo sem céu no coração é o ser mais angustiado da Terra e torna-se a causa da grande angustia dos demais homens, posto que fale de eternidade enquanto rejeita a vida no espírito e na eternidade como quem rejeita o diabo.

Jesus é o objeto absoluto de contradição em razão de ser Quem de fato é. Mas o cristianismo é a grande contradição do Planeta em razão de não ser quem confessa ser e crer.

Os discípulos sem eternidade no ser são os grandes aflitos da humanidade e a causa do homem ficar pior do que já é, pois, como disse Jesus, uma casa mal assombrada que seja apenas visitada pelo libertador, mas que não seja por Ele ocupada, torna-se posteriormente mais mal assombrada do que a pior assombração não visitada um dia pela libertação.

Tornar-se existencialmente um ex-discípulo de Jesus é tudo o que de pior pode suceder a um homem, pois, como disse Pedro, melhor lhe teria sido jamais ter conhecido o caminho da verdade.

Mais felizes são todos os seres sem cristianismo da Terra do que os milhões de cristãos sem Jesus, e que odeiam a eternidade, temem a morte e amam o mundo, enquanto não cessam de anunciar um monte de coisas das quais, de fato, fogem como o diabo foge da Cruz.

Assim, profunda é a angustia do crente, embora, também, seja tragicamente simples de explicar.

Cada dia mais fica simples e claro para mim que qualquer percepção do Evangelho que não seja carregada de ressurreição e de vida eterna, é, por si só, uma contradição com a qual o espírito humano não suporta o convívio, e, por isto, entrega-se à fé dos saduceus, que é sem anjos, nem espírito e nem ressurreição dos mortos.

Ora, no caso dos “cristãos saduceus”, que são os que são discípulos de Jesus segundo a carne e as crenças simpáticas do Cristo Histórico, infelizmente o que lhes sobra como galardão existencial por uma fé tão sem fé, é apenas a angustia dos habitantes das casas assombradas, agora, sete vezes mais cheias de fantasmas do que antes.

Este é o veredicto da verdade. E quem pode contra ela?

Nele, que é a vida eterna,

Caio

26 de dezembro de 2008

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segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

É PARA OBEDECER OU ESQUECER!...

"Não se esqueçam de mim", diz o inseguro.

Sim! Pois os que não querem ser esquecidos quase nunca o ambicionam por desejarem ser uma inspiração para os outros, mas sim por medo de não se perenizarem entre os que os sucederem, numa ansiedade pagã por viverem nas conversas e nas lembranças dos que chegarem depois deles.

E é assim que muita gente se pereniza na culpa dos seres obrigados a lembrarem-se de doenças, defeitos, vaidades, superficialidades e inseguranças dos que pedem com juras para não serem esquecidos.

Jesus, porém, é diferente!

Ele diz: "Fazei isto em memória de mim!" — e ao assim dizer, Ele institui não a lembrança, mas o fazer.

Jesus não queria ser lembrado por ser lembrado. Se Ele quisesse ser apenas lembrado, teria pedido um busto numa praça, assim como os "evangélicos" gostam de praças da Bíblia e outros "bustos" erigidos à vaidade do poder.

Não! Jamais! Ele não queria ser lembrado e nem mencionado. O que Ele queria era ser obedecido em Seu ensino e modos em amor.

Esqueça Jesus, a menos que você deseje celebrá-lO fazendo as coisas em memória viva de amor por Ele.

"Fazei", diz Ele.

Fazei o quê?

Ora, diz Jesus:

Fazei o amor valer.

Fazei a Graça prevalecer como perdão e misericórdia.

Fazei a simplicidade conquistar os espaços pela alegria simples de servir.

Fazei cada um o outro superior a si mesmo.

Fazei a justiça ser conhecida não como discurso, mas sim como ato da própria vida.

Fazei a palavra ser glorificada pela obediência.

Fazei da vida com Deus a vossa vida entre os homens.

Fazei tudo de acordo com tudo que Eu fiz.

Do contrário, para que se lembrar dEle?

Um Jesus para ser lembrado e não ser obedecido é apenas o Jesus que se celebra como suicídio e morte nos ajuntamentos da religião.

A memória de Jesus é viva - Ele ressuscitou. Daí também a lembrança de Jesus não poder ser romântica e nem apenas "cúltica" ou ritual.

Ter a memória de Jesus é ter a alegria da obediência e do fazer conforme Ele.

"Fazei isto [e tudo] em memória de mim!"

NEle, que só quer ser lembrado se for para ser obedecido,

Caio

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UMA CARTA A UM JOVEM PASTOR...

De: Paulo, servo de Deus, e apóstolo de Jesus Cristo, segundo a fé dos eleitos de Deus, e o conhecimento da verdade, que é segundo a piedade, em esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos; mas a seu tempo manifestou a sua palavra pela pregação que me foi confiada segundo o mandamento de Deus, nosso Salvador!

Para: Tito, meu verdadeiro filho, segundo a fé comum: Graça, misericórdia, e paz da parte de Deus Pai, e da do Senhor Jesus Cristo, nosso Salvador!

Meu filho, te deixei em Creta para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam, e de cidade em cidade estabelecesses presbíteros, conforme já instruí: Gente que for irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução e que não sejam desobedientes.

A razão é uma só: convém que o lider da igreja seja irrepreensível, como despenseiro da casa de Deus, não soberbo, nem iracundo, nem "chegado" ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância. Ao contrário, deve ter o testemunho de ser dado à hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante; e que retenha firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os contradizentes.

Digo isto pois a tarefa dele será árdua, porque como sabes, há muita gente desordenada, faladora, vã e enganadora, principalmente os judeus legalistas e os cristãos judaizantes—e também todos os que trocam a Cruz de Cristo pelas leis dos homens.

Acerca desses eu te digo que convém tapar a boca, pois são pessoas que transtornam casas inteiras ensinando o que não convém, por torpe ganância, são enganadores e aproveitadores.

Um deles, seu próprio profeta, disse: Os cretenses são sempre mentirosos, bestas ruins, ventres preguiçosos!

O que ele disse é verdadeiro. Portanto, eles mesmos se condenam no que falam. Então, repreende-os severamente, para que sejam sãos na fé...e não doentes e adoecedores de outros.

Para quem quiser ter uma fé sadia, eis meu conselho:

Não dêem ouvidos às fábulas judaicas e nem de qualquer outro tipo, nem tampouco dêem ouvidos aos mandamentos de homens que se desviam da verdade.

E o critério para se saber quem entendeu o que eu ensinei em Cristo, é simples:

Todas as coisas são puras para os puros, mas nada é puro para os contaminados e infiéis; antes o seu entendimento e consciência estão contaminados.

Tu me perguntas por que?

Ora, é que confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, e desobedientes, e reprovados para toda a boa obra. Assim, as suas obras são más porque sua consciência é impura...e é assim porque a tudo vêem com impureza.

Dessa forma, quanto mais leis humanas impõe sobre os demais, mais adoecem ao próximo e mais adoecidos ficam eles mesmos.

Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina. Mas faze isto com todo sentido de propriedade e sabedoria, sabendo que tua missão é ajudar a abrir o entendimento de todos eles.

Assim, aos velhos, diga-lhes que sejam sóbrios, graves, prudentes, sãos na fé, no amor, e na paciência.

As mulheres idosas, semelhantemente, dize-lhes que sejam sérias no seu viver, como convém a santas, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras no bem.

Isto para que as mais idosas possam ensinar as mulheres mais novas a serem prudentes, a amarem seus maridos, a amarem seus filhos.

Além disso, devem também ser moderadas, sexualmente desejosas de seus maridos e mentalmente dedicadas e fiéis aos seus sentimentos, boas donas de casa, capazes de se sujeitarem a seus maridos pelo respeito e pela admiração, a fim de que a palavra de Deus não seja blasfemada.

Exorta semelhantemente os jovens a que sejam moderados. A juventude chama consigo os humores da imoderação.

Tu mesmo és jovem. Por isto, em tudo te dá por exemplo de boas obras.

Assim, na doutrina mostra incorrupção, gravidade, sinceridade, e linguagem sã e irrepreensível.

Deves ser e fazer assim para que o adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal que dizer de nós.

Exorta aos que servem outros a que se sujeitem a seus superiores hierárquicos, a fim de buscarem agradá-los como patrões, nunca contradizendo pelo prazer de contradizer.

Os que servem devem ser verdadeiros, não defraudando ninguém, antes mostrando toda a boa lealdade, para que em tudo sejam como um ornamento da doutrina de Deus, nosso Salvador.

Meu filho, a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens!

Ora, a manifestação da graça de Deus nos ensina que devemos renunciar à impiedade e às concupiscências mundanas, a fim de que vivamos neste presente século sóbria, justa e piedosamente.

Quem assim vive mostra estar aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo!

A motivação que nos faz viver assim, vem de crermos que Ele deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo especial.

Um povo de gente boa e santa de Deus.

Gente zelosa de boas obras.

Fala disto, e exorta e repreende com toda a autoridade.

Ninguém te despreze apenas por seres jovem!

Admoesta a todos que se sujeitem às autoridades verdadeiras e as obedeçam, e, assim, estejam preparados para toda a boa obra.

Dize-lhes também que a ninguém infamem, nem sejam briguentos, fofoqueiros e contenciosos, mas modestos, mostrando toda a mansidão e bondade para com todos os seres humanos.

Não devemos nunca esquecer como éramos noutro tempo insensatos, desobedientes, extraviados, servindo a várias concupiscências viciosas e deleites sem significado, vivendo em malícia e inveja, odiosos, e odiando-nos uns aos outros.

Mas quando apareceu a benignidade e o amor de Deus, nosso Salvador, para com os homens... tudo mudou em nossa compreensão!

E esse milagre não aconteceu em razão das obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a misericórdia de Deus, que nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo.

O Espírito se derramou abundantemente sobre nós por causa do que Jesus Cristo nosso Salvador fez em nosso favor. E tudo fez com propósito e com desígnio.

Os que crêem em Jesus, sendo agora justificados pela graça de Cristo, devem saber-se herdeiros de Deus segundo a esperança da vida eterna.

A Palavra é Fiel!

Digo-te isto porque quero que afirmes tudo com convicção, para que os que crêem em Deus procurem aplicar-se às boas obras.

As discussões e brigas religiosas e legalistas às quais fiz referencia, para nada aproveitam, exceto para subverter aos ouvintes.

Mas as boas obras falam de si mesmas.

Daí elas serem boas e proveitosas a todos os seres humanos!

Tenho agora alguns conselhos a ti dar quanto ao exercício de teu ministério.

Não entres em questões loucas, genealogias judaicas e contendas teológicas e doutrinárias, e nos debates acerca da lei; porque são coisas inúteis e vãs.

Ao homem que perverte a verdade do Evangelho, depois de uma e outra admoestação, evita-o.

Fica sabendo que essa pessoa está pervertida na consciência, e peca na constituição de seu próprio pensar arrogante e independente de Deus, estando já em si mesmo condenado, pois, não crê no evangelho da graça.

Quando eu enviar Ártemas, ou Tíquico para te substituírem aí em Creta, procura vir ter comigo em Nicópolis.

Decidi passar o inverno ali.

É menos frio para mim.

Dá toda atenção à Zenas, doutor da lei, e também a Apolo, para que nada lhes falte.

Ensina os nossos irmãos em Creta a aprenderem também a aplicar-se às boas obras, e busquem investir sua energia em coisas que sejam necessárias, para que não sejam infrutuosos.

Graça não nos dá um certificado de esterilidade.

Estimula-os a crescerem nas virtudes do amor.

Todos os que estão comigo te enviam um forte abraço. E por favor, saúda os que nos amam na fé.

A graça seja com todos.

Amém.

Bem, o que Paulo disse a Tito foi dito a alguém que deveria pregar o Evangelho da Graça, e não se abater com a preferência que a igreja sempre deu ao falso evangelho dos judaizantes, que era uma quase-lei e uma quase-graça.

Não entenderam até hoje que nem uma coisa ou outra!

Mas se é da Lei, então não é da Graça; e se é da Graça, então, não decorre da Lei.

O problema não é ter capacidade para entender, é ter fé para se entregar!

Mas não se abata: pregue a Palavra!

Muitos a aceitarão, e viverão por meio dela!

Nele, que nos confiou o ministério da reconciliação!

Caio

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LIDERANÇA NÃO É PARA CRIANÇAS

O LÍDER é sempre o primeiro a pisar o território inimigo, e o último a deixar o campo de batalhas.

O LÍDER não deve deixar os feridos pelo meio do caminho, mas cuidar-lhe dos ferimentos, mesmo que isso pareça comprometer o avançar da batalha.

O LÍDER é líder de gente, não de coisas. Ele constrói relacionamentos, não prédios, ele fica no meio do povo, não atrás da mesa. Ele é uma pessoa e não um robô. Ele é um santo, não um anjo.

Ele se preocupa em atacar o inimigo, e não ao outro. Pois, na guerra espiritual na qual está envolvido, ele bem sabe que seu adversário não é de carne e osso, e por isso, não aponta suas armas contra si mesmo.

O LÍDER não pode exigir o que não consegue ser ou fazer. Não deve impor sobre os ombros dos outros os fardos que ele mesmo não consegue carregar.

O LÍDER não pode aproveitar-se de sua posição para massacrar mentalidades mais fracas, para "entrar rasgando", para estuprar a alma carente de tão perdida e já invadida pela vida ímpia.

O LÍDER só pode indicar o caminho a seguir. Ele não pode decidir pelo outro. Ele toma pequeninos pela mão, mas não os empurra e nem força ninguém a fazer escolhas. Ele deixa as pessoas crescerem.

O LÍDER não convence na marra, não usa de ameaças e persuasão, não intimida criancinhas, não é um tirano. O LÍDER é capaz de ser doce, sem ser permissivo! Não é um vovô bonachão que fica distribuindo pirulitos, mas também não é um pai tão severo quanto ausente.

O LÍDER não fica procurando em quem bater: não sai metendo o pé em barracas, caçando orelhas para puxar, gente para envergonhar, para expor, punir, apontar o dedo. Ele não "chuta o balde", a não ser com os cínicos, com os que vendem religião, com os que comercializam a fé, com os desconvertidos mal-intencionados.

O LÍDER considera o outro superior a si mesmo, ele valoriza o "insignificante", ele honra os anônimos, ele ama os fracos, e se esforça por não escandalizá-los. Ele se faz um igual.

O LÍDER é mais que um diácono, mais que um ancião, ministro ou presbítero, é mais que um auto-denominado bispo ou apóstolo. Ele é um filho amado do Pai, irmão de seus irmãos, que os serve com seus dons. Serve sem procurar ser servido.

O LÍDER tem convicções, mas isso não significa que não possa mudar, abrir mão, repensar. O LÍDER NÃO É INFALÍVEL! Ele não tem sempre os melhores planos e conselhos (para muitos, idéias são como crianças: As nossas são sempre melhores).

O LÍDER pode rever seus conceitos, admitir falhas sem ter vergonha. Ele aprende com o passado, sem ficar nele. Ele olha para o futuro, mas não vive nas nuvens das ilusões infantilizadas.

O LÍDER deixa os outros terem idéias também, ele não é a origem de tudo, a fonte de tudo, não possui inspiração exclusiva, discernimento permanente.

O LÍDER, quando fala, fala a verdade. Ele é transparente, autêntico. E quando a verdade doí, ele a fala com dor. Como quem não quisesse falar, confrontar. Ele precisa expor a verdade, mas ele não faz isso pra rachar, pra quebrar de vez.

O LÍDER não fica cavando pecados alheios para se divertir com eles. Ele olha primeiro para dentro de si, e sonda diariamente seu coração de crente.

O LÍDER não pode apedrejar ninguém, salvo exceção: os líderes que não tem pecado! Esses podem castigar, "depenar" e escarniçar os pecadores.

O LÍDER não pode ficar preocupado com sua reputação. Ele precisa encarar com naturalidade ser alvo de críticas e pré-julgamentos. Ele precisa saber acolher, abraçar e beijar até os que, ocultamente, não retém suas línguas afiadas.

O LÍDER, porém, também não é escravo de seu comportamento. Ele não é um ator. O LÍDER não precisa fazer caras e bocas. Precisa ter uma só face, sem mascaramentos. Não deve ser ora sim, ora não, de acordo com a conveniência.

O LÍDER não precisa ter voz de líder, roupa de líder, postura de líder, olhar de líder. O LÍDER precisa ter coração de servo, vestes brancas, joelhos flexionados e olhos de compaixão.

O LÍDER não precisa gritar por respeito, testar a obediência, verificar o alcance de sua autoridade. Ele não precisa apresentar títulos, ostentar currículo, berrar sua posição.

O LÍDER não pode "chorar suas pitangas" pelos corredores, não pode se "empanelar", fazer bico, montar fã-clube, ser parcial, tendencioso, político.

O LÍDER abre mão de seus direitos, raramente se defende. Ele defende sua Causa: o Reino! Ele não se glorifica. Ele glorifica seu Rei: Jesus!

O LÍDER não é auto-suficiente. Não é LÍDER de si mesmo. Professor de si mesmo. Pastor de si mesmo. Fã de si mesmo! Seu lema é DEPENDÊNCIA OU MORTE!

O LÍDER não é um super-heroí. Ele também chora, também cansa, também tem mau-humor, dias difíceis de tristeza e solidão. Ele também precisa de ombro do irmão e do colo do Pai.

O LÍDER precisa aprender a descansar, a parar, dar um tempo, refletir, sossegar o coração cansado, estar à sombra, retirar-se, reciclar-se, recostar-se aos pés de Mestre.

O LÍDER precisa saber frear-se, conter impulsões, controlar a vontade de tanto falar e pouco ouvir, a ânsia por dominar, argumentar, concluir, finalizar... colocar pontos finais. Precisa deixar uma margem de espaço para o outro caminhar sem opressão.

O LÍDER não ama e nem é amado por causa de seu desempenho. Ele não é um ativista, não deve se preocupar em agradar a todos, mas sempre a Deus.

O LÍDER busca ser fiel e não bem-sucedido. Ele sabe que obedecer é melhor que sacrificar. Líderes que não obedecem a Deus não podem ser obedecidos.

O LÍDER sabe que essa peleja não é café-com-leite, que a guerra (WAR) não é um jogo. A caminhada cristã não é de mentirinha. Sabe que a Igreja não é um tabuleiro, e as vidas não são peças de um game de estratégia.

Naquilo que Jesus chamou de "Sua Igreja" as hierarquias são horizontais e não verticais, e existem no sentido de servir com os dons ministeriais que todos reconhecem existir em tais irmãos; não havendo nenhuma liderança por imposição, ordenação, oficialização, sacramentação ou currículo teológico e político. Não. Em Cristo, os discípulos são "forçados" a compreender que os maiores servem os menores, e os maiores só são maiores porque se curvam para lavar aos pés daqueles que caminham pelo terreno arenoso da vida.

Pense nisso!

Marcelo Quintela

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O DIFÍCIL RETORNO AO ESSENCIAL

"Voltar ao primeiro amor" é o mesmo que dizer volta à "Videira Verdadeira", retorna à seiva da Vida, volve ao lar e à intimidade do Pai, busca e fica no que um dia já foi "a melhor parte" para você.

O "primeiro amor" aniquila qualquer que seja a outra forma de amar. Quando Jesus falou isto, no Apocalipse, o que Ele via era a Igreja em Laudiceia amando a ortodoxia, a doutrina certa, e o compromisso com o que é correto.

Tudo muito bom, mas tudo muito morto!

Sim! Lindo para a religião dos fiéis contra os infiéis, mas totalmente nulo ante Aquele que não nos chamou para amar doutrinas, mas sim a Ele, e isso numa relação pessoal, ou mesmo numa relação de natureza conjugal, conforme Deus com Israel e Cristo com a Igreja. Ou seja: uma relação de amor que me põe casado com Deus em amor e verdade.

Quem perdeu o primeiro amor perdeu a paixão da fé, o surto de carinho quebrantado por Jesus, e tornou-se acostumado ao Sublime, sofrendo de cinismo sensorial, intelectual, psicológico e espiritual.

Sabe muito. Às vezes pensa que até sabe tudo. Mas doutrina não é Deus e Deus não é doutrina. Deus é amor, e o justo vive pela fé, e a fé tem que ser surto de confiança em Deus, por amor. Assim, o que é a doutrina quando o que a faz valer é a verdade do vinculo de amor por Deus?

Quando Jesus falou do "ramo" que pensa que pode existir e viver fora da Videira Verdadeira, Ele falou da presunção humana, em geral provocada pelas seguranças que a religião, a moral, a ética e filosofia, muitas vezes, supostamente concedem ao tolo que não sabe que qualquer dessas coisas não vale para Deus mais que um bolo de dejeto de vaca no curral. Aliás, qualquer dejeto vale mais para Deus do que esse "bolo" que procede da presunção da autonomia humana em relação ao amor ao Senhor e aos Seus filhos.

Ora, se Paulo disse que "sem amor nada aproveitará", ele quis dizer exatamente o que disse. Sim, pois nada será em significado para Deus se não existir pelo amor, posto que como Deus é amor, só é de Sua essência aquilo e aquele que é em amor.

As demais coisas existem. Mas somente o que é em amor é de fato para Deus!

O amor é a única matéria que existe em qualquer construção para a eternidade!

O "ultimo amor", segundo Jesus no Apocalipse, é feito de obras, de feitos, de atividades, de performances justas e sérias, de ortodoxia, de respeitabilidade que zela por si mesma como imagem coerente, e que diz que tudo isto é assim porque a pessoa ou a instituição representam Jesus no mundo.

É mais cômodo falar de amor do que amar, criar entidades que sirvam à comunidade do que amar a uma pessoa; é mais fácil criar o que for como obra de bondade do que ser bom e simples, sem observadores e sem testemunho a dar, mas apenas por que o amor é o fruto natural da Árvore de Vida da qual se é somente um ramo.

É mais fácil cozinhar para Jesus e limpar a casa para Ele, do que ficar quieta aos pés Dele, deixando a verdade revelar o próprio coração. Marta fugia da grande entrega. Maria descobrira que o mundo acabara depois de ela ter Visto Jesus.

Mas crer como se crê no início [como uma criança] é coisa que a nossa "maturidade" repudia. Afinal, para que descobrir, aprender sempre, sorrir de tudo o que é belo e novo, deixar-se surpreender, e entregar a vida às decisões invisíveis do Amor? Sim! Para que confiar na fidelidade invisível do amor de Deus? E por que dar valor absoluto àquilo que o mundo nem admite que seja verdade ou realidade?

É por tudo isto que é muito difícil voltar ao primeiro amor. Sim! Depois de tanta história e experiência? Depois de tanta realidade? Depois de tanto estrada fora do caminho sobremodo excelente? Sim! A gente fica cínico e curtido! A gente fica "casca grossa", como de diz na linguagem do Jiu-jitsu. Pois para cada fato novo tem-se uma história nossa. Para cada milagre a gente tem dezenas para contar. Para cada ação de Deus existem as Dele para conosco, as quais compõem o nosso livro de Atos Pessoais.

E pior: dependendo da pessoa o que nela se instala é descrença mesmo, e, assim, mantém-se na Estrada, porém fora do Caminho, aparte da Videira, fabricando amor para ela mesma nos outros, mas longe do primeiro amor em Deus.

Assim, nenhuma conversão é mais difícil do que aquela que nos leva do último amor feito de obras, ao primeiro amor feito de amor, de amor que dá fruto sem ter que fazer nada, assim como as mangueiras aqui de casa se derramam em mangas às centenas sem que isto lhes seja um esforço ou mesmo uma tarefa. Elas não se gloriam das mangas que dão.

Elas mangam porque são mangueiras. Mangar significa fazer pouco. Dizer que elas mangam é dizer que elas fazem pouco. Assim, as mangueiras mangam das obras que não são simplesmente a vagabundagem da natureza que dá o que dá apenas porque é o que é e como é.

Não caia no engano de pensar que porque você criou uma fábrica de obras isso significa que você está dando fruto para Deus.

Em Deus somente o amor dá fruto, e sem amor nada é além de obra. Obra que outros aproveitarão, mas que para você de nada aproveitarão. Jamais!

O que escrevi já basta por hoje!

Pense e ore. E o que aqui está levará você da Estrada para o Caminho sobremodo excelente.

Nele, que é amor e que só ama com amor e que só chama de verdade o que é feito de e com amor,

Caio

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O CAMINHO PASTORAL

"Pastoreai o Rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho."
Na Primeira Carta de S. Pedro 5:2-3

Um depoimento e um conselho

Há uma coisa que deveria ser pejorativamente chamada de "espírito de pastor", e essa tal coisa é uma casta existencial difícil de deixar a gente.

O fato é que há muita gente "possessa desse espírito", o qual tira da pessoa a possibilidade de ser ela mesma, fazendo dela um clone psicológico de um modo de sentir completamente artificial, e sem espontaneidade humana com os outros e com a própria pessoa.

Eu só tinha 18 anos e meio, e era apenas um menino amante de Jesus. Pregava em toda parte. Não queria ser pastor e nem ordenado. Desejava apenas pregar, e pregava. Aos 21 anos, me ordenaram, mesmo sem que eu tenha aceitado as imposições da denominação para ordenar ministros.

Então, logo começaram a me chamar de "Reverendo". Aquele garoto livre, agora, de súbito, da noite para o dia, era o "Reverendo Caio". Aí o tratamento passa a mudar: O melhor lugar na casa, na mesa, na sala, no salão, no aniversário, no funeral, nas festas de casamento, nas bodas, etc. As pessoas começam a ver o "sacerdote", o homem diferente dos homens, o santo, o ungido do Senhor, o anjo da igreja...; e também se percebe que as pessoas mudam com você; mas raramente se percebe que depois de um tempo, muito suave e lentamente, você também aceita a mudança que fizeram acerca de você. Ora, é aí que nasce o "espírito de pastor"!

Então, começa a transformação do ser humano numa figura totêmica, um totem erguido para a manutenção de tudo: Ele é santo pelos outros; é puro pelos demais; é quem não se diverte pelos que se divertem; é quem não fica doente para poder curar; é quem "estuda Deus" e "entende de Deus", a fim de poder explicar; e é quem é exemplo para se fazer clones comunitários. Se ele não casa os que se casam, eles se ressentem e magoam. Se ele está viajando quando alguém morre, ele abandonou o moribundo. Se ele está de férias, a igreja pode esvaziar. Ou seja: sem ele, nada do que foi feito de fez ou se faz! Vivendo sob tais responsabilidades e honras, o indivíduo vai virando pajé e não sente. Ou, em muitas ocasiões, passa a gostar mesmo de ser essa figura totemizada para a "igreja".

Ora, é nesta necessidade que o povo tem de ter "sacerdotes" e "figuras cultuadas", que tanto os bem intencionados se corrompem entregando-se ao "espírito de pastor"; como também os lobos se aproveitam e tiram as carnes do rebanho.

De fato, os ministérios pastoral, episcopal, apostólico ou de qualquer outra natureza já carregam em si próprios o germe do poder desse imantamento espiritual. As pessoas olham para qualquer desses "seres" — "ungidos" formalmente para tais posições —, como "ungidos do Senhor"; aqueles contra os quais não se pode ter uma opinião, pois, em assim sendo, Deus mesmo punirá os "rebeldes", ou "hereges", ou "desviados". Imagine quanto poder isto significa! Ali está um homem que é visto como "o homem de Deus" no meio dos demais homens "normais", e, de tal projeção, pode nascer apenas o "pastor clerical", como também pode vingar qualquer maluquice!

Eu tenho por certo que todos os modos de clericalismo são malignos em relação à saúde do indivíduo que carrega o peso cultural dessa "posição".

E a comunidade também fica adoecida! Sim, porque enquanto ela vê o líder com tais olhos, ela não cresce; ao contrário, se infantiliza; e jamais aprende a andar com as próprias pernas.

Ora, o verdadeiro pastor cuida, não domina; ajuda, não controla; alimenta, não explora; só se faz notado em caso absolutamente necessário; e deixa a porta aberta, de tal modo que todos entram e saem e acham pastagem.

A analogia do Bom Pastor em João 10, todavia, é perfeita no seu todo apenas em relação a Jesus, e a mais ninguém. Isto porque em relação a Jesus todos nós somos apenas ovelhas do rebanho.

Porém, em relação a nenhum "outro pastor", nós devemos ser "ovelhas do rebanho"; posto que ser ovelha de Jesus já nos põe na condição de só ouvir a voz de um homem se ela for de acordo com a Voz do Único Pastor; do contrário, a ordem de Jesus é para não "seguir a voz do estranho", pois somos o Rebanho de Deus.

Portanto, o verdadeiro pastor de homens é apenas mais um do rebanho único, sendo somente uma ovelha que já se deixou ensinar um pouco mais pela voz do Único Pastor. É na Sua fidelidade e reconhecimento à Voz do Pastor que ele se qualifica para ser pastor entre ovelhas, pois, conforme Pedro, ele se torna "modelo do rebanho".

Assim, é o caminho da ovelha seguindo o Pastor, o que a torna uma ovelha-pastor; visto que seu passo e obediência estabelecem referência para as demais.

O problema é que alguns "pastores" e clérigos pensam que são os "Jesuses" da comunidade; e, diferentemente de Jesus, transformam-se nos lobos que não amam as ovelhas, mas apenas os privilégios e poderes que delas "arrancam".

E como agravante, a "igreja", por ser pagã ainda em sua essência, precisa desses "pastores tiranos", pois, como associam a "figura clerical" ao "representante de Deus", sentem-se objeticamente mais seguras se têm um déspota dizendo o que fazer, o que não fazer, com quem casar ou não, e quem é quem.

"Não é assim entre vós!"— disse Jesus!

Foi por esta razão que Jesus tirou as roupas de cima e se cingiu de uma toalha e passou a lavar os pés dos discípulos. Sim, porque liderar é, sobretudo, poder lavar pés e servir em nudez.

Na realidade, além de tudo o que o gesto de Jesus ensina, nele também vemos o modelo existencial do significado da liderança: O líder serve em revelação de sua humanidade. E os liderados são servidos aceitando a humanidade de quem lidera servindo de modo humano. E Jesus disse a Pedro que ou seria assim, ou Pedro não teria parte com Ele!

Somente quando os líderes tiverem a coragem de fazer como Paulo e Barnabé, que rasgaram as roupas e expuseram sua nudez quando foram chamados de "deuses", é que aqueles que crerem no que as lideranças disserem, não ficarão ainda mais adoecidos de idolatria.

Hoje se dá o contrário da experiência dos apóstolos: a maioria dos líderes faz todo o possível para passar por deuses; e, o povo, vai se ameninando na fé, apenas trocando de "pai-de-santo", ou de pajé ou de sacerdote; porém existindo sob a escravidão da espiritualidade da idolatria; adorando e servindo a criatura, mesmo que se vistam de pastores, bispos ou apóstolos.

No Caminho nós temos buscado diante de Deus e conforme o Evangelho, quebrar todos esses paradigmas totêmicos. Sugiro que todos, em todo lugar, e com todo bom coração, assim o façam também, em nome de Jesus, o Bom Pastor!

Nele, Que é o Caminho, a Verdade e a Vida, e em Quem "Caminho" é apenas um nome da jornada de fé,

Caio

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A VAIDADE DA NOBREZA DO NOSSO LABOR SEM AMOR E FÉ

“Aquilo que é elevado entre os homens é abominação diante de Deus”. Jesus.


A maior parte das coisas nobres que nos ocupam não tem valor diante de Deus, da vida como um todo, e, no final, para nós mesmos.

Nós, entretanto, cuidamos de nos dedicar a muitas tarefas da vaidade disfarçando-as de piedade.

As obras do homem são vaidades. Até mesmo as mais nobres são eivadas de vazio de real significado.

Jesus foi o único que viveu as obras de Deus e do homem, até a mais profunda plenitude, no limitado ambiente da existência como a conhecemos.

Ele, entretanto, nada fez!

Sim! O que Jesus fez?

Ora, qualquer discípulo dirá: Jesus curou. Jesus fez o bem. Jesus tirou gente da morte. Jesus deu a alegria do perdão aos que o procuraram. Jesus amou. Jesus morreu. Jesus ressuscitou e apareceu a alguns discípulos. Jesus ascendeu aos céus. Jesus é o meu Deus e Salvador! Jesus voltará! Jesus é o Alfa e o Omega! Jesus é Senhor de tudo e todos!

Aleluia!

Todavia, quase nenhum desses discípulos que confessam tais coisas como sendo “o máximo”, como sendo a obra de Deus por excelência — são capazes de celebrar as mesmas coisas em suas próprias vidas, a menos que elas se façam acompanhar de outras obras.

Quem cura deseja abrir um Centro de Cura. Quem faz o bem quer criar uma ONG. Quem prega tem que abrir uma Missão. Quem perdoa tem que escrever um livro. Quem se pensa morto pensa-se acabado, e deseja entrar para a História. Quem diz que crê na ressurreição foge da morte como pode, e ergue uma Edificação. Quem diz que Jesus voltará, vive sem esperança, embora almeje ser dono de grande Ministério.

Assim, a maior parte das coisas nobres que nos ocupam não tem valor diante de Deus, da vida como um todo, e, no final, para nós mesmos; pois, não são verdade e não são amor.

Para nós a obra de Deus é visível em números, em prédios, em estatísticas, em prestigio, em fama santa, em honestidade intelectual e moral, em interesse social, em escolha das causas do bem, em esforço pela expansão da visibilidade do “Evangelho”, em aparições de discípulos na grande mídia de modo “bom e digno”, em piedade visível aos sentidos mediante a aparência do bem, em dedicação às chamadas “causas da igreja” como “reino”, em serviço aos líderes ungidos, em planejamento evangelístico, em cursos teológicos, em belos templos, em meiguice estereotipada, em vaidades de ser, de estar, de pertencer, de possuir, de aparecer, de ambicionar, de conseguir, de morrer...

Uns querem ser os benfeitores, outros os curadores, outros os profetas, outros os mestres, outros os criadores, outros os melhores repetidores, outros os pensadores, outros os formadores, outros os edificadores, outros os construtores, outros os articuladores, outros os aprofundadores, outros os mais sensíveis, outros os mais ousados, outros os mais instruídos...

Mas ninguém quer fazer a obra de Deus.A obra de Deus está em fazer a vontade de meu Pai, disse Jesus.A Vontade de meu Pai...

Fazer a vontade do Pai é a obra de Deus.

Claro! Realizar a vontade é fazer a obra.

A vontade quer ser feita obra na vida do homem que tem volição. A volição humana casada e rendida à vontade de Deus realiza a obra do Pai.

Mas e a vontade do Pai? Quem a sabe?

Ora, essa é sempre a pergunta de quem não quer fazer a vontade do Pai.

É como a pergunta do jovem rico: “O que farei para herdar a vida eterna?” É como a pergunta do bom escriba: “Quem é o meu próximo?” É como a pergunta de Pilatos: “O que é a verdade?”

A Sua Voz de faz ouvir em toda a Terra e as Suas palavras até os confins do mundo! Até mesmo aquele que nada sabe da revelação de Deus, seja a escrita, seja a encarnada em Jesus, quando teme a Deus e busca o que é bom, sabe qual é a vontade de Deus.

A vontade de Deus se faz impulso operacional em todo aquele que o ama. Pois todo aquele (qualquer um) que ama, conhece a Deus, visto que Deus é amor.

Assim, quem ama é nascido de Deus; e, por isso, carrega a semente divina em si mesmo. E essa semente é amor.

Por isso quem ama conhece a Deus, é nascido de Deus, e, por tal razão, ama a todo aquele e a tudo aquilo que por Deus foi gerado.

Ora, quem quer que em qualquer lugar ou mundo tema a Deus e ame o seu próximo, esse conhece a Deus, pois, Deus é amor.

Assim, esse tal (sem nome, sem escola, sem revelação, sem instrução, sem ensino, sem filosofia, sem teologia, sem religião, sem informação histórica, e sem nada que julguemos essencial ao saber, ao ser, ao edificar, ao alcançar, ao ambicionar, e ao atingir), conhece a Deus mais do que teólogos, mestres, educadores, pastores, sacerdotes, eruditos, etc. — se esses sabem, mas não vivem; se instruem, mas não crêem; se confessam, mas não encarnam; se labutam, mas na inércia; se acumulam, mas não conduzem nada ao coração.

Para saber a vontade de Deus basta amar de verdade. Quem ama sempre sabe o que fazer. Mas amor aqui é amor. É amor conforme Deus.

Ninguém jamais viu um ser humano cheio de amor sem saber o que fazer!

O amor que não faz a vontade de Deus é romance religioso e teológico!

No fim, somente no fim, é que a maioria quase absoluta descobre — já na virada, na passagem — que labutou por importâncias que não importavam, e que deu de si ao que não era; pois, não realizava a vontade do Pai, mas apenas atendia às demandas das nobres ocupações dos que vivem para falar, dizer, almejar, ensinar, e lamentar, mas que nada fazem, pois, o que fazem não enche o coração, posto que o coração só se realiza na obra simples do amor.

O resto é a piedosa e vã nobre vaidade orgulhando-se de sua nulidade!

Sem amor nada me aproveitará!

Pense nisto!

Caio

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SIM, PROFETAS HOJE!


"Eles dizem aos videntes: 'Não tenham mais visões!' e aos profetas: 'Não nos revelem o que é certo! Falem-nos coisas agradáveis, profetizem ilusões'...., e parem de confrontar-nos com o Santo o Santo de Israel!" Is 30.10,11 (NVI)

Encontro nesta passagem duas atitudes relevantes que foram marcas de uma geração, e que acredito, devemos cultivar de modo a perpetuá-las nos dias de hoje, pois creio que são inerentes à consciência profética que há no Evangelho. Quais são elas? A primeira, diz respeito à atitude de "revelar o que é certo", ou seja, naquele tempo, o profeta era aquele que recebia de Deus a revelação de sua vontade e com ousadia era conclamado a proclamar esta verdade. Em segundo lugar, percebo que o profeta assume a postura de "confrontar o povo com base na verdade", sendo um instrumento para mostrar a situação pecaminosa do povo, conduzindo-o ao arrependimento. Portanto, dito isso... Entendo que, independente do fato dos contextos histórico-social e cultural serem diferentes, tais características devem ser observadas e requeridas na função profética nos atuais dias, pois a natureza humana se mantém inalterável.


Vejo que o exercício do papel profético na geração de hoje é tão fundamental quanto o foi nos tempos do Antigo Testamento. O fato que torna pertinente tal papel, é que somos "seres humanos", e como tal, mantemos resquícios de uma natureza pecaminosa que se perpetua desde aqueles dias. É esta natureza que nos leva a agir como o povo de Israel, que queria ouvir palavras que lhes fossem agradáveis. Somos reflexo de "uma imposição moderna que nos leva a produzir aquilo que o povo deseja" (cf. 2Tm 4.3,4). A igreja hoje é uma igreja-teatro que produz palavras agradáveis, fruto de uma época denominada "a sociedade do espetáculo" (Jean Baudrillard). Neste contexto encontramos muitos "profetas da bênção", como aqueles do tempo do rei Acabe que proclamavam as palavras desejadas por ele. Mas, houve um "profeta verdadeiro" diante daquela situação, que foi Micaías, e este disse: "Juro pelo nome do Senhor que direi o que o Senhor me mandar".


Os tempos atuais nos desafiam. É preciso refletir a respeito da prática profética, e creio que a atitude de Micaías se faz necessária nos nossos dias, a situação pede e não devemos nos omitir, e muito menos nos calar. Todos somos profetas, pois somos convocados a proclamar o Evangelho de Cristo, "revelando a verdade de Deus que confronta o pecado e produz (verdadeira) mudança". Talvez, nos falte a atitude do profeta Jeremias. Para ele, as palavras de Deus estavam em primeiro plano e elas ardiam em seu coração. Eram como fogo em sua boca e o povo como lenha que o fogo consome. Diante das situações, Jeremias não suportava conter a palavra de Deus, ele tinha de falar! "Meu coração está partido dentro de mim; todos os meus ossos tremem. Sou como um bêbado, como um homem dominado pelo vinho, por causa do Senhor e de suas santas palavras". "Ah, minha angústia, minha angústia! Eu me contorço de dor. Ó paredes do meu coração! O meu coração dispara dentro de mim; não posso ficar calado [...]". Assim era Jeremias, um homem de carne e osso que aprendeu a ouvir a palavra de Deus e a não guardá-la para si, mas se entregava como portador da mesma para que Deus confrontasse o povo, os líderes e sacerdotes daquela época, mesmo sabendo que muitos não gostavam de ouvi-la. Que assim seja conosco!


Que o Senhor nos abençoe!


Chico.

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O MAIOR É O QUE MAIS SERVE


Nele (Jesus) a gente aprende que a diaconia é ato cotidiano e relacional, e não produto de uma função setorizada com hora marcada em lugar específico, durante certo evento promovido, conforme escalas pré-estabelecidas.

Nele, o maior é o que mais serve em amor!

No Serviço, o maior tem o tamanho de uma criança (Lucas 9.46);

...o maior é João, que nasceu 'servo' e morreu 'servido' numa bandeja;

...o "maior" é o bom samaritano que nem sabia que estava servindo a Deus, pois só fazia o seu próprio caminho;

...o "maior" é a prostituta curvada que ministrou com lágrimas o banhar de Seus pés e os enxugou com os cabelos;

...o "maior" são as anônimas mulheres que o serviam com seus bens;

...o "maior" é o que veste Jesus e o visita na cadeia, e não os que em nome dele operam milagres e expulsam demônios, sem contudo nada amar senão a si próprios, seus ventres e contas correntes!

Marcelo Quintela

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DERRETA O GELO DESTE NATAL



É Natal. O Natal mais murcho que já vi. Um Natal de perus e de Noéis cabisbaixos. Um Natal sem alegria e sem gentileza. Um Natal conforme os tempos frios de amor nos quais vivemos. Sim, este está sendo um Natal cruel em todo o mundo!

Que Natal é este?

Este é o primeiro Natal não-cristão da humanidade ocidental nos últimos mil e setecentos anos.

Falava-se de “mundo pós-cristão” desde muito tempo atrás. Também se falava de “pós-modernidade” desde há muito. No entanto, mesmo que o “fenômeno” já fosse uma realidade cultural e religiosa, não havia ainda se tornado algo afetivo e emocional.

Ou seja, nas últimas duas décadas, mesmo já sendo este um mundo “pós-cristão”, cultural e religiosamente falando, ainda se tinha a energia inercial dos romantismos fraternos dos natais cristãos, a qual se manifestava ainda em muitas expressões de espírito de reconciliação e de fraternidade.

Neste Natal, entretanto, quase que de um modo geral, sente-se a desafeição do ano inteiro prevalecente como espírito, nas ruas, nas casas, nos olhares, nos gestos, nos desinteresses, no congelamento das afeições — conforme o que se vê o ano todo.

A humanidade ocidental, agora, começará a saber como é viver num mundo no qual as Festas da Cristandade não têm nenhum significado além do termo que a própria Casa Branca, dos crentes americanos, já adotou. Ao invés do Merry Christmas de sempre — o que ainda remetia para a cristandade —, agora, pelo segundo ano, adotou o politicamente correto Happy Holidays.

Jesus não nasceu no dia 25 de dezembro. Mas isto não tem nenhuma importância, visto que a maravilha da Encarnação deve ser a loucura nossa de cada dia.

O que sinto falta é da gentileza que parecia ressurgir dos mortos ante o romantismo do dia do "Nascimento de Jesus".

E não sinto falta disso para mim mesmo, mas apenas como lamento de quem vê como as pessoas vão ficando a cada dia mais geladas.

Meu Natal é o ano inteiro, pois quem quer que deseje viver o espírito do Evangelho viverá da fé na Encarnação em cada segundo de seu existir.

A Era Glacial começou!

Bem-aventurado seja todo aquele que não se deixar gelar!

Só há um antídoto contra o Natal de Gelo: o amor que se dá, e que também valoriza pai, mãe, irmão, amigo, família, e, sobretudo, a paz.

Feliz Natal Interior!

NEle, que só nasce em corações,

Caio

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sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

POR QUE VOCÊ NÃO ASSUME ATÉ HOJE QUE NÃO CREU?


Jesus disse que pouco é necessário; e é isso mesmo ASSIM, pois, de fato, o que é essencial não é nada além de muito pouco.


Quando encontrei o Senhor o que mais me chocou foi isso — ver que pouco era necessário!


E o que é necessário para que a vida de alguém seja como um estádio cheio de gente para muito mais gente ainda?


Sim! Pois a promessa do reino, segundo os profetas, é que um seria como mil. E Jesus disse que aquele que Nele cresse faria obras ainda maiores do que as que Ele mesmo fez.


Ah! Muito pouco é necessário!


Nós, todavia, não vemos isso porque o poder está dentro, coberto por um vaso de barro, que é essa nossa realidade de fraqueza.


Por isso, quem olha apenas para o que vê em si mesmo do lado de fora, ou tem que ter nascido rico, ou precisa ter muito dinheiro e fama, ou necessariamente carece de poder político — a fim de crer que pode fazer alguma coisa.


Mas não é assim.


Veja Jesus. O que Ele tinha ou buscou do lado de fora? Ambicionou Ele fazer amigos entre os ricos? Laborou Ele por se fazer respeitado no Sinédrio de Israel? Buscou Ele algum vínculo com Herodes, com Pilatos, com o Imperador Romano? Por que não atendeu Ele o convite dos gregos que, via Filipe, desejavam levá-Lo para Edessa?


Sim! Veja Jesus! O que Ele tinha? E diga-me: Quem teve mais que Ele?


Quando Jesus disse que os que cressem Nele fariam as mesmas obras Dele e outras ainda maiores, fazia referencia a duas coisas: a 1ª era ao poder do Espírito Santo em todos os que crêem; e a 2ª era ao potencial que a Graça plantou em todos nós — na forma de dons, talentos, e, sobretudo, na forma de um poder oculto, o qual é ativado pela fé, pela esperança e pela paixão do amor de Deus.


Não são os mais inteligentes, ou sábios, ou os poderosos do lado de fora, os que mais podem.
Não! São os que crêem os que podem; e os que olham o invisível; e os que se lançam à vida como loucos de certeza; crentes que milagres acontecem; e, sobretudo, sabendo que tudo é possível ao que crê.


A história bíblica inteira é a narrativa de como os que não tinham, tiveram; de como os que não podiam, puderam; e de como os que não eram visto, fizeram surgir as realidades inolvidáveis aos sentidos históricos.


Quem era João Batista? Quem era Pedro, João ou Paulo? Que apoio tiveram? Quem lhes ofereceu qualquer oportunidade? Quem lhes deu o “púlpito”? Quem lhes disse que eram fadados à glória humana? Quem afirmou qualquer coisa em favor deles? Que meios tiveram? Com quais instrumentos trabalharam? Quanto dinheiro possuíram? Ou quando alguém os viu se queixando que sem muita infra nada poderiam fazer?


Nenhum deles teve nada além do que se podia carregar no coração, oculto aos olhos humanos.
E o que houve?


Ora, eles surtaram de significado; e crerem que Jesus os havia enviado; e, sabendo disso, não duvidaram; e apenas partiram para as ruas, as praças, as sinagogas, as ágoras greco-romanas, os anfiteatros públicos, as casas, as estradas, os caminhos, as prisões e os exílios — sempre crendo que cada lugar era o chão do milagre e da revolução; e que cada pessoa era uma multidão de potencial se cresse na Palavra; e que os novos “Gadarenos” diriam: “Cheios de Deus é o nosso nome!”.


Eu cri nisso aos 18 anos. E vi; e vocês mais velhos também viram que um menino cheio do Espírito Santo, adulto na fé e na esperança, sem temor de homens e sem esperanças mundanas, pode, pela sinceridade simples da fé, realizar obras extraordinárias.


E vi que o necessário é apenas crer e andar. Sim! Crer e andar. Crer, ver, andar, fazer!


E tudo começa a partir de 5 pães e 2 peixes. Ou partir de 12 homens. Ou mesmo pode começar se um homenzinho obstinado e apaixonado crer, e, assim, com sua fé, decidir visitar toda a Terra dizendo a todos que há um só Deus; e fazer isso com tamanho amor que ninguém consiga dizer que aquela pessoa, certa ou errada, não seja “de verdade”.


Assim nasceram e nascem os Pedros, os Joões, os Paulos, e todos os santos malucos que mudam homens e histórias.


E se cada um deles fosse perguntado sobre o que seria necessário, todos eles diriam: “Ora, pouco é necessário; basta que esse vaso de barro abrace o grande tesouro que Deus depositou em seu coração”.


Então pergunto a você:


O que você está esperando? Até quando você se esconderá do fato que em você habita o poder do milagre, e que sua vida é assim como tem sido, pequena, sem alegria, sem os tumultos bons, sem os bons combates, sem o espírito da revolução, apenas por que você não crê mesmo?


Há pessoa que simplesmente vivem como se nelas não houvesse nada além de dor, fraqueza e impotência.


Mas não é assim. Pois grande é o tesouro que este meu vaso de barro guarda; assim como é grande a riqueza que habita o seu vaso.


Não temos desculpas. Quem não manifesta o que recebeu é porque enterrou como o homem que ganhou um talento e o escondeu.


Pense nisso!


Caio

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quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

EPÍSTOLA AO APÓSTOLO PAULO


Prezado Apóstolo:

Estou escrevendo para colocá-lo a par da situação do Evangelho que um dia você ajudou a propagar para nós gentios, e que lhe custou à própria vida.

As coisas estão muito difíceis por aqui. Quase tudo o que você escreveu foi esquecido ou deturpado.

Você foi bastante claro ao despedir-se dos irmãos em Éfeso, alertando que depois de sua partida lobos vorazes penetrariam em meio à igreja, e não poupariam o rebanho [1].

Palavras de fato inspiradas, pois isso se concretiza a cada dia.

Lembra-se que você escreveu ao jovem Timóteo, que o amor ao dinheiro era a "raiz de todos os males"[2]?

Quero que saiba que suas palavras foram invertidas, e agora se prega que o dinheiro é a "solução" de todos os males.

Também é com tristeza que lhe digo que em nossa época poucos querem ser chamados de pastor, missionário ou evangelista, pois isso é por demais humilde: um bom número almeja levar o título de "apóstolo".

Sei que em seu tempo, os apóstolos eram "fracos... desprezíveis... espetáculo para os homens... loucos... sem morada certa... injuriados... lixo e escória" [3].

Agora é bem diferente. Trata-se de uma honraria muito grande: acercam-se de serviçais que lhes admiram, quando viajam exigem as melhores hospedarias e são recebidos nos palácios pelos governantes.

Eles não costumam pregar seus textos, pois você fala muito da "Graça" e da "liberdade que temos em Cristo" [4].

Isso não soa bem hoje, pois a Igreja voltou à "teologia da retribuição" da Antiga Aliança (só recebe quem merece), e liberdade é a última coisa que os pastores querem pregar à suas ovelhas.

Você não é bem visto por aqui, pois sempre foi muito humano, sem jamais esconder suas fraquezas: chegou até reconhecer contradições internas, dizendo que não faz o bem que prefere, mas o mal, esse faz [5].

Eles não gostam disso, pois sempre se apresentam inabaláveis e sem espinhos na carne como você.

A presença deles é forte, a sua fraca [6], eles são saudáveis, você sofria de alguma coisa nos olhos [7], eles jamais recomendariam a um irmão tomar remédio, como você fez com Timóteo [8], mas aqui eles oram e determinam a cura – coisa que você nunca fez.

Mensagem de cruz e de renúncia não é própria para esta época, consideram eles.

Você dizia que por amor de Cristo perdeu "todas as cousas" considerando-as refugo [9]... As coisas mudaram, irmão. Agora cantamos: "Restitui, quero de volta o que é meu!".

Vivo em uma cidade que recebeu o seu nome, e aqui há um apóstolo que após as pregações distribui lencinhos vermelhos encharcados de suor, e as pessoas levam pra casa, como fizeram em Éfeso, imaginando que afastarão enfermidades [10].

Sim, eu sei que você nunca ordenou isso, nem colocou como doutrina para a igreja nas epístolas, mas sabe como é o povo...

Admiro sua coragem por ter expulsado um "espírito adivinhador" daquela jovem [11], embora isso tenha lhe custado à prisão e açoites.

Você não se deixou enganar só porque ela acertava o prognóstico.

Hoje há uma profusão de pitonisas e prognosticadores no meio do povo de Deus, todavia esses espíritos não são mais expulsos, ao contrário, nos reunimos ansiosos para ouvir o que eles têm a dizer para nós.

Gostaria de ter conhecido os irmãos bereanos que você elogiou.

Infelizmente, quase não existem mais igrejas como as de Beréia, que recebam a palavra com avidez e examinem as Escrituras "todos os dias para ver se as coisas são de fato assim"[12].

Tem hora que a gente desanima e se sente fragilizado como Timóteo, o seu companheiro de lutas. Mas que coisa bonita foi quando você o reanimou insistindo para que reavivasse "o dom de Deus" que havia nele [13].

Estou lhe confessando isso, pois atualmente 90% dos pregadores oferecem uma "nova unção" para quem fraqueja.

Amo esta sua exortação, pois você ensina que dentro de nós já existe o poder do Espírito, dado de uma vez por todas, e não precisamos buscar nada fora ou nada novo!

Nossos cultos não são mais como em sua época, onde a igreja se reunia na casa de um irmão, havia comunhão, orações, e a palavra explanada era o prato principal... as coisas mudaram: culto agora é 'show', a fumaça não é mais da nuvem gloriosa da presença de Deus, mas do gelo seco, e a palavra é só para ensinar como conseguir mais coisas do céu.

O Espírito lhe revelou que nos últimos tempos alguns apostatariam da fé "por obedecerem a espíritos enganadores" [14].

Essa profecia já está se cumprindo cabalmente, e creio que de forma irreversível.

Amado apóstolo, sinto ter lhe incomodado em seu merecido descanso eternal, mas eu precisava desabafar. Um dia estaremos todos juntos reunidos com a verdadeira Igreja de Cristo.

Maranata!

Daniel Rocha

[1] At 20.23; [2] 1Tm 6.10; [3] 1Co 4.-9-13; [4] Gl 2.4; [5] Rm 7.19; [6] 2Co 10.10; [7] Gl 4.13-15; [8] 1Tm 5.23; [9] Fp 3.8; [10] At 19.12; [11] At 17.18; [12] At 17.11; [13] 2Tm 1.6; [14] 1Tm 4.1.

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segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

SEM SIMPLICIDADE NÃO HÁ CURA E GRAÇA


O desespero do homem religioso, especialmente do cristão ou do judeu praticantes, é o mais intenso e forte desespero que o coração humano já experimentou. Isso porque esses dois credos religiosos são aqueles que propõem a salvação humana como obra de justiça própria, especialmente de natureza moral.

É verdade que qualquer cristão doutrinado que leia o que acabei de falar dirá imediatamente que isto não é verdade quanto ao Cristianismo e, especialmente, não é verdadeiro em relação ao Protestantismo, em razão de que o arcabouço doutrinário da Reforma postula a salvação pela fé na Graça de Jesus. Todavia, todos sabemos que a doutrina é essa, mas que na prática isto nunca foi verdade para a “igreja”. Sim, porque prega-se essa salvação pela fé apenas como argumento alentador na chegada do “novo-crente”. Porém, no dia seguinte ao da “Decisão de ser Crente”, o indivíduo já começa a ser doutrinado na salvação e na santificação moral e autônoma, realidades essas que cada pessoa tem que conquistar a fim de se manter no posto da salvação pela via de sua irrepreensibilidade moral.

Assim, inicia-se falando o Evangelho como sedução, e, uma vez feito o prosélito, imediatamente ele é transformado num cristão fariseu.

O que segue são barganhas e mais barganhas com Deus, acrescidas de um estado perene de inquietação, nervosismo e culpa — medo de cair... Ou, então, no caso de o indivíduo estar se sentindo “bom” o suficiente para a agradar a Deus pelas suas próprias obras e pela sua própria moral, surge um ser arrogante, nojento e insuportável para a normalidade do convívio humano.

Assim nascem os crentes, tanto os neuróticos pela culpa e pela barganha, quanto também o crente santarado, que é esse ser da “dita-dura”, e que trata com raiva e com inveja aqueles aos quais acusa de serem “pecadores”. Sim, porque nesse caso o espírito de juízo e acusação é proporcional à inveja que se tem da liberdade ou do “pecado” do outro.

Tenho muita pena de ambos os grupos, mas especialmente dos que ficam neuróticos pelo peso das acusações que vêm dos crentes fariseus. A leitura de Mateus 23 nos mostra que, para Jesus, esses tais eram seres profundamente danosos quando estabeleciam contato com outros seres humanos, sempre com a vontade obstinada de desconstruir a individualidade do outro, fazendo deste um clone do crente-boneco-fariseu. “Ai de vós...” — foi o que Jesus repetidamente disse a eles, aos fabricantes de “crentes em série”.

Minha angústia tem a ver com o estado mental adoecido que esses cristãos-fariseus multiplicam e aprofundam a cada novo “discípulo” que fazem. Toda hora atendo “discípulos” desses “cristãos-fariseus” e quase sempre ou os encontro surtados de culpa, medo, débito e pânico de maldição, semi-esquizofrenizados, visto que para se amoldarem à fôrma dentro da qual são postos, a fim de se plastificarem nos moldes “legitimados” pela “religião dos bonequinhos movidos à corda”, tais pessoas precisam matar a si mesmas, aceitando como novo “eu” a caricatura humana proposta pela “igreja”.

Não há alma humana sensível e sincera que aceite tais coisas e não adoeça seriamente. Ora, faz anos que digo isso, bem como faz muito tempo que atendo pessoas sofrendo dos males de alma produzidos pela religião. No entanto, nos últimos anos, a “porteira da alma” se abriu, e a boiada dos angustiados saiu numa corrida atropelada, buscando, aos pinotes de angústia, um pasto de liberdade.

Os vícios mentais incutidos pela religião, todavia, são os mais difíceis de serem removidos e tratados. Isso porque quando você ensina às pessoas acerca da Graça de Deus, a questão que invariavelmente chega, é a mesma: “Mas como pode ser tão simples? Não há mais nada a fazer a não ser confiar que já está pago e viver apenas nesta fé?” — é o que me perguntam.

A pedra de tropeço dos crentes é o Evangelho de Jesus. Sim, são os crentes os que mais dificuldade têm de crer que é apenas crer.

De fato, a maioria sofre da Síndrome de Naamã, o Sírio. Sendo general importante e sofrendo de lepra, foi-lhe recomendado a ir até a presença de Eliseu, o profeta de Samaria. Ao chegar lá, o profeta nem mesmo saiu de casa a fim de atender o general, mas apenas mandou que ele fosse até as águas do Jordão e se lavasse 7 vezes. Naamã não quis ir. Achou simples de-mais. Esperava que Eliseu viesse, lhe prestasse honras, dedicasse a ele um rito, movesse as mãos sobre as feridas dele, e, assim, feitos “os trabalhos”, Naamã fosse declarado curado. De fato, tão contrariado ficou o general, que já estava indo embora quando um de seus servos lhe disse: “Se o profeta tivesse recomendado algo difícil e complicado tu não o farias? Ora, por que não fazes o que ele manda apenas por que é simples?”

O que vejo prevalecer entre os cristãos é que mentalidade do “difícil”, a consciência pagã de Naamã, e os mecanismos de cura pagã, sempre carregados de “correntes e campanhas”, todas baseadas em barganhas com a divindade, sendo que tal pratica é desavergonhadamente chamada de “sacrifício”. Para esses nunca haverá descanso, nem paz e nem a alegria que vem da segurança que se arrima na fé simples.

Enquanto os crentes obedecerem à espiritualidade de Naamã, o Evangelho não produzirá nenhum bem em suas almas!

Toda hora me vêm pessoas que me dizem que não entendem como quando passaram a apenas aceitar a simplicidade do Evangelho de Jesus, e crer que está tudo feito e pago, e que a vida com Deus é simples, e que o andar com Jesus é sereno — pois é fruto da confiança no que Ele já fez por todos nós —, tudo começou inexplicavelmente a mudar para o bem em seus corações. Mas alguns estão tão viciados na barganha com Deus e nos muitos e intermináveis sacrifícios de presença a todos os cultos, células, campanhas, atividades, e muita mão-de-obra dedicada aos líderes da “igreja”, que não conseguem nem mesmo crer que o bem que lhes está atingindo é verdadeiro; pois, para tais pessoas, “não é possível que seja só isto”.

Todavia, é simples mesmo; e bem-aventurados são aqueles que não tropeçam na Pedra de Tropeço e nem na Rocha de Escândalo, que é Jesus, e nem na total simplicidade de Seu Caminho, que é o único Caminho de Paz para a vida.

Quem não crê, que faça seu próprio caminho pelos infindáveis labirintos da religião...

Eu, todavia, me agrado de todo o coração no que Jesus já fez por mim, perdoando todos os meus pecados, me justificando perante anjos, demônios e homens, dando-me a chance de andar com tranqüilidade e paz entre os homens, com o coração pacificado na confiança no amor de Deus, de cujas mãos ninguém e nem coisa alguma pode me arrebatar.

“Quem crê tem...”— disse Jesus. Sim, quem crê tem tudo. Quem não crê, todavia, pode ter tudo — igreja, moral, credo, dogma, sacrifícios, barganhas, etc...—, porém, não terá nem paz e nem descanso, visto que paz e descanso apenas habitam a fé simples, que não pergunta: “Quem subirá aos céus? (isto é: para trazer Jesus à Terra pela encarnação); e nem tampouco diz: Quem descerá ao inferno? (isto é: para dar uma ajudinha a Jesus na ressurreição dos mortos).”

Sim, a fé conforme o Evangelho sabe que a Graça não está longe; ao contrário: sabe que ela está bem perto, na boca e no coração; pois “se com a boca se confessa a Jesus como Senhor..., e, no coração se crê que Deus o ressuscitou dentre os mortos, se é salvo; pois com o coração se crê para obtenção da justiça justificadora de Deus (pela fé), e com a boca se faz a confissão em fé acerca da salvação que já é nossa; e já foi consumada e acabada por Jesus em favor de todo aquele que crê com simplicidade e confiança.

Mas como disse, é essa simplicidade do Evangelho que acaba sendo a Pedra de Tropeço dos crentes. E, assim, deixando a Rocha da Salvação, se entregam às infindáveis barganhas patrocinadas pelos Líderes Fariseus, os quais não contentes em se fazerem filhos do inferno (conforme Jesus disse), ainda desejam corromper a alma de muitos, criando seres atormentados pelas chamas das culpas e acusações do inferno, negando a eles a chance de viverem em liberdade no amor de Deus.

Portanto, saibam todos: sem fé simples e pura, posta em Jesus, confiante no Evangelho da Graça, não há nem paz, nem alegria, nem espontaneidade diante de Deus, e, sobretudo, não há saúde de alma para viver a vida como Vida, e não como tormento sem fim.

Ora, quando é assim a religião se torna a ante-sala do inferno!



Nele, em Quem tudo é simples,



Caio

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terça-feira, 2 de dezembro de 2008

COMER E BEBER A PALAVRA DO EVANGELHO


Depois de haver multiplicado pães e de ter dado de comer a grandes multidões, e de eles terem vindo no dia seguinte, interessados apenas em comer mais pão, Jesus não desejava alimentar neles a idéia de que Deus daria pão aos homens sem ser através da dignidade do suor do nosso trabalho e do nosso rosto, desacostumando-os da idéia de que o reino de Deus e a presença do Espírito Santo na nossa vida significaria um permanente estado de contravenção, de modo que a gente não precisará mais trabalhar, porque os pães cairão na nossa cabeça, e destruindo também na mente deles a idéia fetichista de que seria extremamente interessante uma relação com Jesus que se traduzisse nesse tipo de facilitação material da vida, numa seqüência ininterrupta e industrializada de milagres, a qual os imbecilizaria para o resto de suas existências.


Ao contrário, Jesus estava desejoso de chamá-los para o que é, para o que tem sentido, para o que dura, para o que permanece, para o pão que não perece; pelo contrário, nos remete para a vida eterna, a qual é Ele mesmo, é a palavra dEle, é o ensino de Jesus, é a obediência ao que Jesus pavimentou como chão para nós. É, sobretudo, esse andar em amor constrangido diante de Deus, pela convicção que nos vem de que Ele nos amou primeiro, sendo nós ainda pecadores, e que produz em nós um constrangimento de graça, que é o único poder mediante o qual se pode, de fato, viver para Deus e agradá-lo, porque todas as outras iniciativas, sejam as amparadas no temor da Lei, na fobia da Lei, no legalismo, nas presunções morais, no virtuosismo, nas boas obras autônomas e arrogantes... Todas essas coisas não nos levam a lugar nenhum, a não ser a nos deixar falir em estado de presunção e de ignorância total acerca da nossa própria carência essencial de Deus.

Jesus, então, vem e diz a eles: “Vocês têm que trabalhar não pelo pão que perece, mas do que subsiste para a vida eterna, o qual é o meu Pai que vos dá. O pão sou Eu, vocês terão que comer a minha carne, terão que beber do meu sangue.” Comer a carne do verbo encarnado significa comer a palavra de Deus.

No princípio era o verbo, era a palavra... O verbo se fez carne, e o verbo que se fez carne disse: “quem quiser ter parte comigo, vai ter que comer da minha carne e do meu sangue”. E como havia algumas pessoas no ambiente que imaginaram que aquilo poderia significar um convite inaceitável para um banquete antropofágico, Jesus disse: “a carne, para nada aproveita, as palavras que Eu vos tenho dito são espírito e são vida.” E disse: “vinde e comei a minha carne e bebei o meu sangue, porque quem de mim se alimenta, por mim viverá”. Aí o que é comer a carne e beber o sangue do Senhor senão comer Deus, comer Jesus, apanhar tudo o que diz respeito a Jesus, a palavra que Ele falou, os ensinos dEle, imitar o seu olhar de amor, os seus gestos de misericórdia, seu caminhar de justiça e verdade, sua liberdade de amar o Pai, sua total liberdade de acolher os homens, sua convicção absoluta de que a finalidade da existência humana é ser em Deus, assim como Ele, o filho, era no Pai, e o Pai era no filho, desejava, Ele, que nós fôssemos no Pai, a mesma coisa que Ele em Deus era, de modo que o grande chamado dEle era para que nós comêssemos dEle a tal ponto que passássemos a viver por Ele e a tal ponto que a vida dEle em nós absorvesse a nossa própria vida, e nós viéssemos a nos tornar um dia como Ele é.

Esse é o processo!

E começa na simplicidade de dizer: eu quero comer o Espírito da Verdade, eu quero comer a palavra da vida, eu quero comer tudo o que concerne a Jesus, a graça eterna da cruz, do Cordeiro que levou sobre si os meus pecados, a ressurreição que me justifica contra a morte e para a vida eterna, a palavra que me ensina a amar os inimigos, a palavra que me ensina que sim é sim e não é não e o que disso passar vem do maligno, a palavra que me ensina a não julgar para que eu não seja julgado, a palavra que me ensina que bem aventurados são os que não perdem a possibilidade de se condoer, de se emocionar.

Bem-aventurados são os que são ensináveis a vida inteira, porque são humildes de espírito.

Bem-aventurados são os que carregam no coração a vontade de exercitarem o poder da mansidão e não da violência que atropela, é a bem aventurança daqueles que julgam que o grande privilégio da vida é construir pontes entre os separados, é diminuir fossos e abismos, é aproximar irmãos e até inimigos.

Bem-aventurados são aqueles que andam em justiça e bem aventurados são também aqueles que mantém o coração e guardam-no limpo de maldade, de justiça, de maquinação, porque esses, tanto mais quanto tenham o coração purificado da malícia, tanto mais terão os olhos limpos para verem, dia a dia, a face de Deus. E se forem perseguidos por causa da injustiça travestida de justiça, ou se forem perseguidos por causa de darem razão ao Evangelho e de terem comigo o pão da vida, e de se alimentarem da palavra da vida, e de não quererem outra vida que não seja a vida de Jesus, bem-aventurados são, porque assim perseguiram também os profetas que viveram antes de vós.

Esse é o convite!

É desse pão que a gente deve comer, é desta palavra, a Bíblia, que vivifica a gente.

Agora, para que isso aconteça hoje, modernamente, nessa época em que a Bíblia anda abandonada, a Sociedade Bíblica vende milhões de Bíblias; contudo, os que as compram não as lêem. Ninguém lê mais a palavra....

Se você deseja comer desse pão e beber desse sangue, em vez de você complicar dizendo a Deus que lhe envie uma revelação, por que você não lê o que já está revelado? Coma, mastigue, role em cima da palavra, chore em cima da palavra, medite, deixe a palavra rodar como um software na sua mente, confira cada ação sua com a palavra, suas motivações, seus sentimentos, suas intenções... Aí a Palavra vai crescendo na sua vida, vai se encorpando e vai nos libertando.
O convite é para a mesa do Senhor. “Eu sou o pão da vida" – disse Jesus. “O verdadeiro pão quem vos deu não foi Moisés. Aquele pão, quem dele comeu, pereceu. O verdadeiro pão da vida quem vos dá é o meu Pai. Aquele que vem a mim, jamais terá fome, e quem crê em mim, jamais terá sede” - disse Jesus.

O convite é para comer da carne e beber do sangue. É para a comunhão visceral, é para um enxertamento radical da natureza de Deus, e que acontece quando a gente come a palavra da vida, porque é ela que tem o poder da semente regeneradora que re-genera, ou seja, gera de novo, produz uma geração de ser novo em nós, num processo contínuo pela palavra da vida.

E o processo pode se tornar acelerado, se você não se tornar apenas um ouvinte, mas alguém que ouve, lê e pratica. Aí a Palavra vai virando chão, segurança, estabilidade, paz, confiança, certeza, coragem de ser, ousadia para viver, e vai nos marcando todo dia com esse selo profundo de Deus, que é o único que pode nos marcar com o ardente desejo de morrer, acerca desse assunto, eu tenho falado há mais de 30 anos, de que a gente chegaria numa hora em que haveria um ardente desejo de morrer.

A palavra de Deus diz, no Apocalipse, que a gente só sobreviveria se trouxesse o selo de Deus nas nossas frontes, essa marca do Cordeiro na nossa mente, a presença do penhor do Espírito Santo.

Não dá mais para brincar; os vampiros estão soltos no ar.

Ou você anda cheio do Espírito Santo de Deus e da palavra da vida no coração, ou então você vai “dançar”. Não é hora para a gente brincar e nem dançar, dando bobeira na consciência. É hora de andar olhando para o coração, checando, porque nunca antes o inimigo, o diabo, nosso adversário, rondou como leão tão perto, procurando gente para tragar, comer vivo!

Portanto, coma o pão, beba o vinho, coma a palavra da vida e deixe ela entrar no seu coração.
Olhe para o Senhor, achando-o dentro de você, e diga: "Deus Pai, renova o selo do teu Espírito como confiança em mim e como compromisso no meu coração, porque eu quero ser transformado no dia da transformação final; eu quero ser arrebatado nesse instante, quando o corruptível será tragado pela incorruptibilidade; mas até que esse dia chegue, eu quero que todo dia haja um milagre de ressurreição e de crescimento da glória de Deus em mim, até a chegada daquele dia em que eu me tornarei semelhante a Ele, porque eu haverei de vê-Lo como Ele é". Nesse dia, eu terei me tornado absolutamente absorvido pela natureza divina, de tal modo, que nós vamos nos tornar miniaturas de Deus. Todos nós, filhinhos dEle, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo Jesus.

Mas até lá, a gente não precisa viver como escravo do diabo, apanhando, angustiado, oprimido, esbagaçado, infelicitado, escolhendo sempre o caminho da morte, chegando todo ralado.

A vida pode ser uma Boa Nova!

“Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância!” - disse Jesus.

Vamos orar:

Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome, venha o teu reino, faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu, o pão nosso de cada dia dá-nos hoje, perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores e não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. Pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém.

Na noite em que o Senhor Jesus foi traído, Ele tomou o pão, o partiu, e deu aos seus discípulos, dizendo-lhes: “Isto é o meu corpo que será entregue por amor de vós, todas as vezes que comerdes deste pão, fazei isto em memória de mim".

E por semelhante modo, depois de haver ceado, Ele tomou também o cálice e o deu aos seus discípulos dizendo-lhes: “Este cálice é o cálice da nova aliança no meu sangue, o sangue que será entregue, derramado por amor de vós. Todas as vezes que beberdes deste cálice, fazei isto em memória de mim.”

Oração:

Senhor Jesus, aqui estão o pão e o vinho separados do uso comum, carregando a simbolização desse significado eterno, do pão da vida, da palavra da vida eterna, do sangue da aliança inquebrável, da certeza do Teu amor por nós, e nós comemos este pacto de amor, nós comemos esta refeição eterna, nós nos alimentamos deste memorial do que não perece, renovando, na nossa consciência, a gratidão pelo que já está feito e consumado. E ninguém anulará, ninguém desfará, porque a palavra eterna de Deus assim o confirmou: segundo a ordem de Melquisedeque foste feito Sumo Sacerdote supremo sobre todas as coisas, Senhor Jesus.

Derrama agora o teu Espírito sobre todos aqui, e dá que cada um tenha entendido, e que comam para o seu próprio bem. Queremos comer da tua misericórdia, da tua justiça, da tua verdade, do teu amor. Queremos nos alimentar da tua bondade e beber a alegria do perdão dos pecados. Beber o casamento que não tem divórcio de Deus com os homens. Beber cura para a alma ferida. Beber esperança contra todo espírito da morte. Beber do tesouro incorruptível do sangue do Cordeiro, sem defeito e sem mácula.

O sangue de Cristo nos comprou e nos regenerou para uma viva esperança. Louvado seja o sangue do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. A Ele, louvem, cantem, aplaudam todas as criaturas, todos os seres viventes. Todo ser que respira, louve ao Senhor com toda gratidão, antecipando a hora eterna que nos visitará e que já nos habita pela fé.

Espírito Santo, Tu, que nos habitas, cresce em nós, amplia a Tua habitação na nossa consciência. Derrama dons sobre nós, para o serviço. Tira de nós todos os espíritos que não procedem do Espírito de Deus. Todas as energias, Todas as animações doentes. Coloca em nós o ânimo do Espírito, para que a gente irradie o que é bom. Coloca na nossa boca a palavra da paz, da verdade e do amor. Ajuda-nos a caminharmos de maneira serena, firme e sadia. Guarda a nossa mente.

Proteja os nossos filhos e os nossos netos neste mundo tão estranho e coloca sobre eles o capacete da salvação, a couraça da justiça. Veste-os da intimidade com a verdade. Ajuda-os a manejar a palavra da vida, a defenderem-se com o escudo da fé e a caminharem intactos no dia mau.

Ajuda-nos a ser sal da Terra e luz do mundo em todos os cantinhos da cidade e deste país.

Que o teu Espírito levante o ânimo dos abatidos e cure os doentes. Que esta seja uma semana de muitos milagres, de muitas orações respondidas, de muita intrepidez para pedir, de muita coragem para andar, de muita disposição a obedecer e de muita gratidão para agradecer.

Em nome de Jesus, hoje e sempre,

Amém.

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