terça-feira, 20 de outubro de 2009

MOVIMENTO PELA REGENERAÇÃO DA IGREJA NA HISTÓRIA



Nos dias da Reforma Protestante, 95 foram as teses. Hoje a tese é uma só: Se tudo é Graça de Deus, então, não há barganhas a serem nem propostas e nem aceitas, jamais.

Portanto, eis como segue:

1. Há um só Deus, que se revelou como Pai, Filho e Espírito Santo; sendo, no entanto, um só Deus; e tal realidade divina pode ser por nós apenas crida, mas jamais entendida. Ora, sem fé é impossível agradar a Deus!

2. Tudo e todos os que existem foram criados por Deus e para Deus; e Deus ama a todas as Suas criaturas e criações; posto que sendo amor a natureza de Deus, tudo o que Ele criou por amor o criou.

3. Deus é Amor; portanto, Deus é Graça; visto que somente no Amor há Graça; sendo também esta a razão de Deus haver feito o Sacrifício Eterno pela Sua criação e todas as Suas criaturas, antes mesmo de criar qualquer coisa; posto que o Cordeiro Eterno de Deus, que é também o Filho, entregou-se como Redenção e Remissão de pecados antes que qualquer coisa, ente, criatura ou dimensão tivessem sido criadas.

4. As transgressões que houve e há na criação, não demandaram de Deus um “improviso”, um remendo; posto que a Graça do amor de Deus revelado aos homens não seja um improviso, mas a consecução do amor que já se dispusera a tudo por amor à criação antes de haver mundo.

5. Deus é amor, é, portanto, Pessoa; pois não há amor sem pessoalidade. Por isto ao criar seres capazes da pessoalidade, Deus chamava a Sua criação a um vinculo de relacionalidade com Ele, em amor, verdade e graça.

6. Sendo Deus Eterno e Infinito, e o homem mortal e finito, não há meios de o homem ou qualquer criatura discernirem Quem Deus é a menos que Deus faça revelação de Si mesmo.

7. Portanto, tudo quanto de Deus possa ser sabido nos vem exclusivamente por revelação; seja a revelação Dele mediante a Natureza das coisas criadas, seja pela iluminação da consciência, seja pelas Escrituras que decorreram da fé de Abraão, seja pela ciência como apreensão da revelação livre que Deus faz de Si mesmo.

8. A Palavra de Deus, portanto, se manifesta de muitos modos; entretanto, uma só é a Palavra; e toda a sua revelação está manifesta em Jesus, que é o Verbo Eterno, a Palavra antes de qualquer Natureza, Consciência, Ciência ou Escritura; posto que somente em Jesus seja possível discernir Deus em Sua plenitude de revelação aos homens. Afinal, Jesus disse: “Quem me vê a mim, vê o Pai” [...] “Eu e o Pai somos Um”.

9. Sendo Deus Eterno e totalmente transcendente ao homem, tudo o que Dele nos venha é Graça; e sem Graça, favor divino em todas as coisas, nada pode ser por nós apreendido como bem eterno em razão de nossa incapacidade de discernir o Eterno e Infinito, especialmente quanto a aprender a Sua vontade.

10. Além disso, pela mesma razão, somente se pode manter relação com Deus mediante a fé, posto que a fé se abra para todas as coisas, visíveis e invisíveis; e mais: somente a fé não conhece impossível; portanto, somente pela fé se pode manter vinculo com Aquele está para além de toda compreensão.

11. Ora, sendo Jesus o Cordeiro Eterno de Deus que se manifestou na História, o fez no mesmo espírito da Graça Eterna, a mesma concedida à criação e às criaturas antes que houvesse mundo. Por isto Jesus não é o Deus dos cristãos, nem de qualquer grupo humano, nem o fundador do Cristianismo, nem o Deus dos crentes que assim se confessem apenas pela filiação a uma agremiação religiosa... Antes pelo contrário, Ele é a verdadeira Luz que vinda ao mundo ilumina a todos os homens; posto que Jesus tenha sido apresentado a nós como pertencendo a uma Ordem Sacerdotal Superior, não religiosa, não humana, e que é descrita como sendo a Ordem de Melquizedeque, na qual todos os seres humanos, sabendo ou não de tamanha Graça a eles disponível em Cristo, nela estão incluídos por uma decisão unilateral do amor de Deus; posto que Deus estivesse em Cristo reconciliando consigo mesmo o mundo.

12. Desse modo, tudo quanto concerne ao homem como necessidade, surge de Deus como solução do amor na Graça; a saber: arrependimento, fé, salvação, redenção, perdão, justificação, alegria, santificação e esperança eterna. Assim, não há nada que seja essencial ao homem que seja provisão do homem para o homem; pelo contrário, tudo provém de Deus.

13. Por esta razão o povo de Deus é o Povo da Graça; pois, quem quer que esteja em Deus só o está em razão de ter sido incluído gratuitamente em tão grande salvação.

14. Além disso, esse Povo de Deus é chamado a tornar-se seguidor de Deus nos passos de Jesus; e, por isto, só é Povo de Deus [e, portanto, Igreja], aquele que se entregar a Deus apenas crendo que no Cordeiro Eterno, Cristo Jesus, Tudo Está Consumado; não restando ao homem nada a fazer a fim de completar o que já estava Feito antes de haver mundo.

15. É porque o Evangelho é assim, e porque Jesus assim ensina, e, além disso, por ter sido apenas este o Fundamento Apostólico sobre o qual a revelação da Nova Aliança se deu, é que afirmamos com temor e santo temor que:

15.1. O que se fez nesses 1700 anos de História Cristã Romana, da qual a própria Reforma Protestante não deixou de ser herdeira, rompendo com muitas coisas, mas não com todas, tornando-se assim, de certa forma, apenas uma Re-forma, mas não uma Revolução de sentidos, conteúdos, e, sobretudo, de simplificação não de formas, mas de espírito — é ainda algo totalmente insatisfatório; posto que seja ainda um reformar, mas não uma ruptura de conteúdos, de dogmas, de doutrinas humanas, de lógicas mundanas, todas elas criadas pelo Pai do Cristianismo e seus auxiliares históricos: o Imperador Constantino.

15.2. Que o que provocou a Reforma nos dias dos Reformadores do Século XVI, tornou-se algo revivido com ênfases e disfarces de maldade ainda maior entre nós, hoje; posto que agora tudo seja feito com máscaras do “nome de Jesus”, porém, com modos que fazem as vendas de Indulgências que deram pavio ao fogo da Reforma, tornarem-se temas inocentes de presépio infantil.

15.3. Que as barganhas, as negociatas, as campanhas de exploração da credulidade do povo, o uso perverso da Bíblia, o espírito de troca e comercio, as maldições e ameaças pronunciadas “em nome de Jesus”, os novos apóstolos do dinheiro e da prosperidade, o desenfreado comercio da fé como produto, a utilização de todos as formas de manipulação e engano, as inegáveis manifestações de ações criminosas em nome da fé, o uso político da igreja e do nome de Jesus, e tudo quanto entre nós hoje se define como “igreja” e sua prática histórica, não mais é que um estelionato sem tamanho e medida, e que faz a Igreja Católica do Século XVI uma entidade de bruxos aprendizes daqueles que entre nós hoje são pastores, bispos, apóstolos e candidatos diabólicos à divindade.

15.4. Que não é mais possível usar termos como “evangélico”, que deveria significar “aquilo que carrega a qualidade do Evangelho”, nem termos como “Igreja”, que deveria apenas ser a assembléia dos crentes no Jesus dos Evangelhos — posto que “evangélico” tenha se tornado aquilo que no Evangelho é descrito como sendo anti-evangélico, e “Igreja” tenha se tornado aquilo que no Evangelho é apenas uma multidão perdida e sem pastor, tamanho é o descaminho dos seus guias e condutores do engano.

15.5. Que não é mais possível conviver passivamente com tamanho engano blasfemo, sob pena de nos tornarmos indesculpáveis diante de Deus, desta geração, e das que ainda virão.

15.6. Que hoje se ouve a Voz de Deus, dizendo como fez antes muitas vezes, e no futuro ainda voltará a dizer: “Sai do meio dela, ó povo meu!” Sim, pois “o Senhor conhece os que Lhe pertencem”; e deseja separar Seu Povo do convívio perverso não no “mundo”, mas, sobretudo, no “ambiente chamado ‘igreja’”; posto que, pela anuência silenciosa, estamos corroborando o engano para aqueles que não sabem discernir entre a mão direita e a esquerda.

15.7. Portanto, convidamos a todo aquele que ainda crê em Jesus segundo a pureza do Evangelho, que assuma hoje, e para sempre, uma total ruptura com tudo aquilo que se disfarça sob o nome de Jesus, mas que nada mais é do que manifestação do engano, até que chegue o Dia quando todo “Senhor, Senhor” que não teve correspondência de obediência ao Evangelho, de Jesus ouvirá o terrível “Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim todos vós que praticais a iniqüidade”.

15.8. Aqui, sem alarde, com total sinceridade no Evangelho, convidamos você a abraçar a busca da Regeneração; pois, o que a “igreja” precisa a fim de se tornar Igreja, segundo Jesus, é de Regeneração, de conversão, de arrependimento e de iluminação do Evangelho na Graça de Deus.

15.9. Portanto, não temos barganhas a fazer com tudo aquilo que, mesmo sendo anunciado “em nome de Jesus”, nada tenha de Jesus e do Evangelho; e assim fazemos porque temos certeza de que seremos cobrados por Deus se nos mantivermos alheios, silenciosos, perversamente educados no nosso assistir da mentira na sua prevalência histórica contra a verdade e a simplicidade do Evangelho.

15.10.Estas são as teses puras e simples deste momento/tempo de Busca de Regeneração de nós mesmos no Evangelho. Quem diz amém ao Evangelho de Jesus, esse não temerá viver todas as implicações dessa decisão proposta não como Reforma, mas como Regeneração.

Nele, que nos chama a servi-Lo hoje, nesta geração, pois a ela estamos endividados pelo conhecimento da Verdade em Jesus,

Caio Fábio D’Araújo Filho
E quem mais assinar antes ou depois de minha assinatura...
21 de outubro de 2009
Lago Norte Brasília DF

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quinta-feira, 3 de setembro de 2009

DE VEZ EM QUANDO...


De vez em quando é preciso diminuir o ritmo, desacelerar o próprio tempo reduzindo com alguma drasticidade, a velocidade com que passamos desatentos pela vida.

De vez em quando é necessário um choque nos sentidos a fim de prestarmos atenção as coisas que como nós próprios, correm exageradamente em busca de alcançar o que nem sabemos ao certo queremos alcançar.

De vez em quando se faz preciso uma pausa para a observação ao invés da habitual distração com que tratamos os relacionamentos e atropelamos nossas próprias percepções de nossas emoções.

De vez em quando é imprescindível parar. Sim, parar e ver o caminho que estamos indo. Observar atentamente se vamos sós ou caminhamos acompanhados, indo em uma mesma direção. Se assim o for, notarmos quem caminha conosco e atentarmos para os rostos que nos rodeiam. Pois naquele ritmo, naquela ansiedade de irmos, não temos tempo para observarmos aqueles que nos seguem, aqueles que cruzam a nossa frente e de todos que esquecemos para trás.

De vez em quando se faz necessário um balanço no ponto que estamos, de como e porque nos encontramos onde chegamos. Porque não vamos e chegamos a lugar algum sozinhos, não é mesmo? Coisas e pessoas conspiram a nosso favor para que cheguemos bem onde sequer sabíamos que poderíamos chegar. Lembrarmos de onde saímos e quem lá estava na hora da nossa partida. Talvez nossos pais e irmãos. Talvez parentes e amigos que se despedindo por um tempo, aguardam ainda hoje, uma notícia, um retorno. Alguém em quem deixamos saudades ou outrem de quem não esqueceremos jamais.

De vez em quando é preciso deixar de desprezar o tempo que consumimos em afetos e demonstrações de amizade. É necessário contabilizarmos eventuais prejuízos por não cultivarmos aquilo que cativamos.

De vez em quando ainda, é preciso reconhecermos erros e nos permitirmos o arrependimento. É essencial o perdão. É inevitável a mudança. É benéfica a reflexão para que na continuidade do caminho, não cometamos os mesmos erros.

De vez em quando precisamos avaliar as memórias e resgatarmos lembranças para não continuarmos cometendo injustiças com coisas e pessoas que contribuíram para que fossemos mais longe do que nossas habilidades teriam nos levado caso algumas mãos e braços não se estendessem para nos ajudar.

De vez em quando precisamos parar e agradecer as pessoas que foram solidárias e nos estimularam durante o caminho. É essencial agradecermos o "Caminho" pelo que pudemos caminhar. É primordial a gratidão sincera ao Senhor do Caminho.

De vez em quando é benéfico olhar para trás e gastarmos um tempo em observarmos a nossa volta. Fazermos uma avaliação do que estamos e quem fomos e assim projetarmos o que podemos mudar para sermos melhores do que estamos.

Sempre haverá muitos que dependerão de nossas ações e do tempo que estaremos dispostos a gastar com elas. Sempre estaremos na expectativa de muitos que nos cercam. Sempre haverá quem nos acolha se igualmente nos lembrarmos de manter quente e vivo nelas, aquele afeto que cativamos em algum instante do nosso tempo.

De vez em quando é preciso dizer:
- "Te amo!"
- "Eu preciso de você."
- "Você é muito importante para mim, viu?"
- "Muito obrigado!"
- "Me desculpa, tá?"

Agora me parece um bom momento para te dizer isso, não achas hein?

"O tempo é muito lento para os que esperam...
muito rápido para os que tem medo...
muito longo para os que se lamentam...
muito curto para os que festejam...
Porem, para os que amam, o tempo é a eternidade."
(William Shakespeare)

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terça-feira, 14 de julho de 2009

O QUE VEM PRIMEIRO: A CRIAÇÃO OU A REDENÇÃO?


Se o Cordeiro foi imolado antes da fundação do mundo, significa que a criação acontece no ambiente da redenção; e não a redenção acontecendo no ambiente da criação, conforme ensina a teologia.
Segundo a teologia prevalente, Deus criou, e como algo deu errado, Ele deu um jeito de amor nas coisas, enviando Seu Filho para resgatar aqueles que, ouvindo acerca Dele, venham a crer; e, então, se continuarem firmes na fé, que significa estar “firme na igreja”, eles vão para o céu.
Mas quem não ouviu, ou ouviu e não “creu” — sendo que estar numa “igreja” é o atestado de que se “creu” —, esse, ou esses muitos (aliás, a maioria absoluta), estão danados num inferno que é visto como um tempo (cronos) sem fim.

Desse modo, a “igreja” é o centro de todas as coisas que concernem ao céu e ao inferno, assim como ela é a parte da humanidade que está salva e tem a obrigação de fazer a outra parte ouvir, aceitar, e entrar para a “igreja”, a fim de ser realmente salvo. É de tal sorte o narcisismo da “igreja”! Essa é a idéia que habita o inconsciente e o consciente da “igreja” e do “cristianismo”.
E é também essa idéia que prevalece nas três religiões monoteístas do mundo: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo.
Nesse caso, por mais que Deus ganhe, somente Ele pode explicar como ganhou alguma coisa, visto que a maioria absoluta de Suas criaturas vai direto para o inferno. A menos que a alegria de Deus fosse feita das gargalhadas do diabo.
Entretanto, essa é a simples implicação de ser crer que o Deus Criador é um, e que o Deus Redentor é outro; ou que a Graça comum é uma, e a Graça especial é outra; e que os filhos de criação de Deus são todos os perdidos, e os filhos salvos são apenas os que se tornaram cristãos.
O resultado de se crer que há uma dualidade entre criação e redenção, na prática, é aquilo que nós chamamos de História da Igreja. E essa História declara apenas o desastre de tal visão do mundo.
Na realidade, pode-se dizer que a História do Ocidente, e por extensão de influência e poder, de todo o mundo — é a História de como tal visão de um mundo dual pode acabar com a Terra; como hoje se vê.

Entretanto, se o Cordeiro foi imolado antes da fundação do mundo, o mundo foi criado no ambiente da Redenção; e não o contrário. Ora, tal percepção desconstrói por inteiro o edifício da teologia cristã e acaba com o poder Imperial que a “igreja” tomou para si, desde Constantino.
Além disso, toda a narrativa bíblica ganha sentido; visto que os desastres da criação e as catástrofes humanas — da Queda até hoje —, fazem parte da redenção em processo na criação; sendo que essa redenção é um ato-processo que visa levar a criação e o homem à plenitude deles mesmos; o que só poderia acontecer numa criação que exista já dentro da ambiência da Graça Única.
Se o Cordeiro não fez Sacrifício antes de criar, tudo o mais acontece como remendo de pano novo em veste velha; o que se choca com o modo de Jesus agir. E Ele disse: “Eu e o Pai somos Um”. Na realidade a visão que a teologia cristã tem da Queda e da Redenção é a de “remendo de pano novo em vestes velhas”.
É por isto que não pode jamais dar certo; como jamais deu.
Quem, porém, crê que tudo o que existe já foi chamado à existência no ambiente da Graça, esse nunca mais vê o mundo do mesmo modo; e, em sua mente, jamais a visão das coisas é a mesma.
Mas como tenho dito, as implicações de tal percepção estão para além daquilo que a “igreja” deseja, ou concebe aceitar para si, visto que ela teria que morrer, para poder dar muito fruto.
Somente se na “igreja” houvesse o mesmo espírito que houve também em Cristo Jesus, o qual se esvaziou, se identificou, e não buscou ser nem mesmo quem era (Deus), é que poderia haver algum significado para ela nesta existência ainda. Do contrário, ela não terá qualquer contribuição espiritual a dar à humanidade.
Enquanto isto, os planos de Deus não são frustrados, e Seu Espírito segue abraçando a todas as criaturas; e continua derramando Graça sobre todos os homens,em todos os lugares, segundo a Ordem de Melquisedeque; pois, tudo e todos os que existem, já estão designados para voltarem para Ele; pois, pelo Seu sangue, Ele reconciliou consigo mesmo todas as coisas; as quais, já foram criadas sob o signo da reconciliação eterna realizada pelo Cordeiro antes de todas as criações.
Tal visão, entre outras coisas, nos levaria a tratar da criação como quem ministra um sacramento! No dia em que a visão da fé for a de que a Criação aconteceu no ambiente da Redenção e da Graça, nesse dia, o culto será a vida e a vida será o culto; e a catedral será a existência toda; pois, tudo já é nosso, seja a vida, seja a morte, sejam as coisas do presente ou do porvir; tudo é nosso, e nós de Cristo, e Cristo de Deus.
Nele, em Quem tudo é e todos são,
Caio

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quinta-feira, 9 de julho de 2009

O HOMEM É SEMENTE...

Ninguém foi mais claro e simples do que Jesus quanto a definir as conseqüências que advém de todas as expressões do homem no mundo.
Cada um será julgado pelo que foi. Sim, antes de tudo cada um de nós será julgado pelo que é..., muito mais do que em razão do que se faça.
Esta é a razão pela qual muitos que não fizeram nada de errado serão julgados negativamente, não em razão do que fizeram, mas sim de quem foram, puderam e tiveram..., e, portanto, pelo que podendo..., deixaram de fazer de bom.
Na Parábola das Ovelhas e Cabritos [Mt 25] Jesus nos ensina que a omissão é homicida e atraidora de grave juízo de Deus.
Não é preciso que se faça algo errado... Basta que não se faça nada... e tudo já está errado... Sim, pois até o não fazer, o se omitir, indica quem somos...
Na realidade o que o Evangelho ensina é que não é possível existir sem semear sementes de vida ou morte...
Somos semeadores sempre...
Nosso existir semeia sementes o tempo todo, seja por palavras, pensamentos, sentimentos, atitudes, juízos, ações ou omissões.
Não é possível existir sem semear!
Existir é semear...
Por isto não existe uma existência neutra, como se fosse uma Suíça existencial. Quem existe, semeia...
É por isto que somos advertidos que seremos sempre conhecidos pelo fruto de nossa vida, pois, eu semeio o que tenho no coração.
Mangueiras não dão semente de Fruta-Pão ou produzem flor de cactos.
Foi por esta razão que Jesus foi tão insistente no fato que pelos frutos se conhece o homem, assim como pelos frutos se conhece a árvore.
E mais:
Ele nos deu a mais simples forma de discernir a verdade da vida apenas vendo o fruto da vida.
“Podem ser colhidos figos em espinheiros ou uvas em abrolhos?”
O irmão de Jesus, Tiago, pergunta:
“Pode acaso a mesma fonte jorrar o que é doce e o que é amargo?” — seguindo a mesma lógica da vida ensinada por Jesus.
Paulo nos diz que tratar com descaso tal fato do existir é zombar de Deus, é achar que tal Princípio terá na pessoa que brinca com a vida a sua exceção...
“De Deus não se zomba: pois aquilo que o homem semear isso também ceifará”.
Ou seja:
Quem pensa que pode driblar tal Princípio da Vida, que diz que todo existir produz fruto — bom ou mal; e cada um com suas conseqüências, boas ou más — está brincando com Deus, ou em franco e explicito processo de zombaria de Deus como Criador de todos os Princípios da Vida.
Semear intriga e se queixar de receber ódio é zombaria...
Semear desconfiança e não aceitar colher suspeição ou distancia é brincar com Deus.
Semear corrupção, ou inveja, ou maldade e injustiça, e pretender não colher o desprezo que a maioria dá ao invejoso, o ódio que quase todo homem devolve à maldade e à injustiça recebidos, e ainda perguntar a Deus “por que” e se vitimar diante dos homens como um inocente... — é abominável diante de Deus.
O homem recebe espiritualmente da vida o que espiritualmente semeia na vida; assim como se ele plantar uma semente de uma qualidade e natureza específicas em seu pomar, colherá o fruto que corresponde à semente que ele plantou.
E mais:
Tem-se que saber que Deus perdoa as falsas semeaduras de nossa existência, ou as más sementes lançadas pelo nosso existir, ou mesmo os equívocos de nossas ações, mas, mesmo assim, não nos isenta conhecermos as conseqüências de nossa semeadura existencial e comportamental.
O “malfeitor perdoado” ao lado de Jesus na Cruz foi para o Paraíso, mas colheu todas as conseqüências que sua semeadura humana produziu no mundo.
Aliás, a primeira luz que nele brilhou como ação da Graça de Deus em sua consciência foi compreender que aquilo que o homem semeia ele mesmo ceifa — posto que dissesse: “... nós estamos recebendo o pagamento justo que os nossos atos merecem”.
Você anda por aí cheio de raiva, de cobiça, de amargura, de antipatia, de luxuria, de inveja, de maquinação, de ocultação, de omissão, de manipulação, de mentira, de infidelidade, de ciúmes, de intrigas, de mesquinharia, de intransigência, de desamor, e, depois, espera o quê?
Espera ser amado, querido, respeitado, tratado com dignidade, abraçado com sinceridade?
Sim, espera ficar amigo de Deus, dos anjos e dos homens bons?
Já vivi o suficiente para saber que tudo tem as suas conseqüências.
Sim, podemos até prová-las [as conseqüências] de modo já perdoado, como aconteceu com Davi, mas, mesmo assim, estaremos perdoadamente tendo que viver com as conseqüências do que plantamos.
É também por esta razão que a Sabedoria diz:
“Alegra-te jovem na tua juventude, e recreie-se o teu coração nos dias de tua mocidade; anda pelos caminhos e satisfazem ao teu coração e agradam aos teus olhos... Sabe, porém, que de todas essas coisas Deus te pedirá conta”.
Ao assim dizer a sabedoria ensina que o homem tem que escolher sempre, e que até as escolhas da juventude mais tenra têm suas conseqüências.
Daí a Sabedoria mandar viver até mesmo nos anos da “irresponsabilidade” — quando “love, then, is something easy to play” — com alegria consciente, pois, mesmo na alegria tola se está semeando algo sempre, e que sempre voltará para nós, não porque Deus o traga, mas apenas porque o semeador e a semente sempre se encontram na vida, posto que na existência o semeador e a semente sempre tenham a mesma natureza e qualidade de ser e existir.
Assim, é preciso realmente saber que tudo o que dizemos, fazemos, pensamos e imaginamos, nós irradiamos...
Sim, até quando nos omitimos e cruzamos os braços...
Outra coisa a se saber é que assim como semeamos em outros, também em nós outros semeiam.
Na realidade existe a semente em mim, no mínimo ambivalente; todavia, com tendência natural a tornar-se apenas mato ou espinheiro.
Entretanto, além disso, outros também semeiam em meu ser desde sempre. São heranças culturais, são influencias na infância, são amizades na adolescência, são traumas familiares, são impressões deixadas por pessoas que passam pela nossa vida..., além das sementes invisíveis das forças e poderes do ambiente espiritual que nos cerca.
No entanto, não se deve culpar os que semearam coisas ruins em nós, pois, culpá-los não salva a ninguém, muito pelo contrário; visto que na maioria das vezes os que assim fazem transferem para outros a responsabilidade..., jamais se curam em relação ao que neles foi semeado como mal.
Eu sou o responsável pelo que semeio e por não deixar que o que foi semeado de ruim em mim... se torne a minha própria semente na vida!
Afinal, é assim que é; pois, tribulação, dor, corrupção e morte vêm sobre a alma de todo homem que semeia o mal; assim como glória, honra, incorruptibilidade e vida eterna brotam como fruto normal na vida de todo homem que busca e faz o que é bom.
Duvidar disso e não atentar para tal realidade imbatível da existência, é como enforcar-se para dormir, esperando acordar um pouco mais descansado...

Nele, em Quem aprendo que aquilo que se semeia, se colhe, mesmo que o perdão nos tenha sido concedido pelo Pai,

Caio
8 de julho de 2009
Manaus
AM

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domingo, 5 de julho de 2009

PREFIRO ME CALAR!


Prefiro me calar quando somente o meu Silêncio é capaz de evitar o barulho incômodo da minha própria indignação.
Preciso me manter calado para que os desafetos, de fato, não afetem a minha paz, nem arranhem meu juízo.
Procuro com o meu Silêncio inspirar a calma e a tolerância no coração dos que alimentam ressentimentos que eu já esqueci.
Procuro com o grito do meu Silêncio fazer com que os ouvidos dos injuriosos se apercebam dos seus enganos.
Nem sempre é possível estar em Silêncio e permanecer calado diante da arrogância daqueles que atiram a primeira pedra.
Às vezes, muitas vezes até, é penoso o esforço de manter a serenidade do Silêncio perante o confronto do egoísmo e das vaidades. Mas assim mesmo eu prefiro o Silêncio e a paz resultantes da certeza que escolhi o melhor caminho que pude, do que a frustração e a dúvida dos que nem ao menos tentaram.
Prefiro a tranquilidade e a paz de ter tentado fazer o melhor mesmo contrariando a descrença e o julgamento precoce daqueles que desistiram.
Prefiro ainda o Silêncio ao invés do revide.
A calma ao invés da inquietação das calúnias.
A tolerância ao invés da provocação.
Prefiro me calar ao invés de proferir palavras que destroem.
Prefiro o Silêncio às palavras que não edificam.
Quero a paz e a tranquilidade que somente o coração que ama possui.
Não quero jamais a amargura e a tristeza que a autossuficiência produz na alma de quem se julga imune aos erros.
Quero no Silêncio da minha voz manter a capacidade de não responder ao que me ofende e às ocultas, denigre o meu nome.
Quero sem palavras, dizer que a ignorância dos fatos, não permitem que eu seja julgado com preconceitos. Que não espero que o meu jeito de ser transforme a maneira de como a indiferença me ve..
Sim, eu quero a paz que o Silêncio de Deus promove na minha alma. Eu preciso ouvir no Silêncio de Deus as verdades que aliviam o meu coração e consola minha alma. Assim, me mantenho calado para ouvir apenas quem pode me dar respostas, mesmo quando não as posso ouvir.
Prefiro o "Não" de Deus que me mantém na esperança, do que o "Sim" da lisonja oportuna que me desvia da fé.
Com meu Silêncio procuro a paz e não a concordância.
Com o meu calar aguardo o tempo da restauração da verdade que me resgate a honra.
Com meu falar contido permito que a lucidez do Silêncio preencha minha mente de oportunidades.
Enquanto permaneço calado diante das ofensas gratuitas, cresce em mim a disposição para a paz e o perdão; aumenta em mim a certeza de que ainda posso ser melhor; que não parei de aprimorar minhas emoções e refinar meus sentimentos. Busco enquanto caminho em Silêncio o meu caminho, me aproximar daquele que perfeito é, Jesus.
Assim, prefiro me calar quando somente o meu Silêncio é capaz de evitar o barulho incômodo da minha própria indignação.

"Duas coisas indicam fraqueza: calar-se quando é preciso falar, e falar quando é preciso calar-se!"

Gérson Palazzo
Santos-SP

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quarta-feira, 3 de junho de 2009

O CAMINHO DA GRAÇA


Em 2003 fui impedido por uma igreja de caminhar com ela. Fiquei sem rumo, pois caminhava com ela em Jesus Cristo, meu Senhor, e queria caminhar com gente.

Procurei a primeira igreja que fui membro quando me converti ao Senhor. Fui bem recebido e honrado entre eles, o que me deixou muito feliz. Porém fui arguido por pregar apenas Jesus Cristo e solicitado a pregar a doutrina dessa igreja.

Quando eu respondi que jamais pregaria a doutrina dela, o pastor me perguntou porquê.

Respondi que se eu pregasse a doutrina da igreja deles todos iriam amar muito a igreja deles.

Ele me perguntou que mal havia nisso.

Respondi que o meu desejo é que todos amem a Jesus Cristo.

Não foi possível continuar ali. Mais uma vez fiquei sem rumo.

Um grupo de irmãos, então, pediu-me que os ajudasse a começar uma nova igreja, pois não suportavam mais a opressão de doutrinas de homens.

Começamos, então, juntos a nos reunir e muito rápido essa igreja cresceu de irmãos em Cristo oriundos da primeira igreja mencionada acima, onde fui pastor por onze anos.

Ouvi, então, o Pr. Caio pela primeira vez na minha vida e quis continuar a ouvir.

Cinco irmãos de peso dessa igreja que, por solicitação deles, eu era presidente, me arguiram por estar indo ao Caminho da Graça.

Eu disse a esses irmãos que eu estava indo ao Caminho da Graça aprender com o Pr. Caio.

Esses irmãos (amados) disseram que o Pr. Caio nada tinha para me ensinar.

Eu respondi que quem decidia isso era eu.

Eles, então, perguntaram se o que eu aprendesse com o Pr. Caio eu iria ensinar entre eles.

Eu respondi que sim, que claro, óbvio.

Disseram, então, que eu tinha que escolher entre um e outros.

Escolhi, então, o Caminho da Graça.

Porém eu ainda não tinha noção do que era o Caminho da Graça.

Eu sabia, sim, o que era o CAMINHO DA GRAÇA. Não por definição, mas por intuição e espírito.

Eu sabia quem era Jesus Cristo, o CAMINHO DA GRAÇA. Não por definição, mas por intuição e espírito. Aliás, eu ainda não O conheço por definição, mas apenas por intuição e espírito.

Mas o Caminho da Graça como fenômeno do nosso ajuntamento eu não conhecia e, confesso, tinha todos os preconceitos possíveis a quem passou por todo tipo de estupro espiritual que as igrejas tem imprimido a seus membros.

De sorte que durante muito tempo me reunindo com os irmãos eu nunca falei do Caminho da Graça, mas apenas do CAMINHO DA GRAÇA. Até que, aos poucos, eu fui vendo muito do CAMINHO DA GRAÇA no Caminho da Graça. Cada vez mais.

O medo do susto foi se dissipando e o lugar da desconfiança transformou no lugar do convívio, pois eu só consigo caminhar com gente e eu preciso continuar caminhando.

E o Caminho da Graça se transformou no lugar do convívio. Transformou-se no lugar onde eu posso ouvir cânticos de quem tem o dom divino de cantar, onde eu posso ouvir quem tem o dom divino de ensinar, onde eu posso repartir com outros dons que Deus me deu, onde eu posso orar por quem precisa e receber orações na hora da minha angústia.

O Caminho da Graça se transformou no lugar onde eu posso chamar todos de irmãos, até os que não caminham conosco lá. Transformou-se no lugar onde eu posso celebrar com alegria o belo que existe no meu irmão, alegrar-me com a alegria dele, repartir com outros a minha, chorar com o que enfraqueceu, caiu, e receber o pranto de quem compartilha minha dor.

O Caminho da Graça é isso.

Quem quer caminhar assim?

Um beijo a todos, com carinho, reverência e amor.

Fonseca

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domingo, 24 de maio de 2009

GRAÇAS DOU



Graças dou por esta vida,
Pelo bem que revelou.
Graças dou pelo futuro
E por tudo que passou.
Pelas bênçãos derramadas,
Pelo amor, pela aflição,
Pelas graças reveladas,
Graças dou pelo perdão.

Graças pelo azul celeste
E por nuvens que há também.
Pelas rosas do caminho
E os espinhos que ela tem.
Pela escuridão da noite,
Pela estrela que brilhou,
Pela prece respondida
E a esperança que falhou.

Pela cruz e o sofrimento
E também ressurreição
Pelo amor que é sem medida,
Pela paz no coração.
Pela lágrima vertida,
E o consolo que
É sem par.
Pelo Dom da eterna vida
Sempre graças hei de dar!

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sábado, 23 de maio de 2009

ALGUÉM ACHA QUE JESUS NÃO SABIA?...

Uma das afirmações mais fortes e realistas de Jesus acerca do sucesso do Evangelho na Terra, digo “sucesso” mensurável por categorias visíveis, foi a sua pergunta “Quando vier o Filho do Homem, porventura encontrará fé na Terra?”

Ele manda que se pregue no mundo todo, a todas as nações, e que se dê testemunho do Seu amor pelos homens, enquanto no ato do viver/pregar, dizia Ele, os que fossem Seus mensageiros e discípulos, amar-se-iam uns aos outros, pois, somente assim o mundo creria...

Ao mesmo tempo Ele declara que quando o Filho do Homem voltasse... fé seria uma raridade no chão do planeta.

Ele manda pregar ao mundo, mas diz: “Se o mundo me odiou, odiará também a vocês”.

Ele ordena que se dê testemunho a todas as nações, mas não disse que as nações se converteriam...

Todavia, quando disse que somente o amor entre os discípulos é que seria o poder comprovador da eficácia do Evangelho, e, assim, seria o único poder com a força necessária para, como testemunho, curvar o mundo ante as evidencias de Seu poder manifesto como cura humana, pelo amor, entre os Seus discípulos... —, também disse que quando o Filho do Homem voltasse não encontraria fé na Terra.

Ora, com isto Ele dizia que se os discípulos se amassem o mundo teria uma chance; mas se não se amassem, nem o mundo, e menos ainda os discípulos, teriam qualquer chance; pois, para Jesus, Igreja sem amor não existe; é sino tocando como latão de má qualidade; é como blasfêmia cantada com cara contrita; é como homem e mulher fingindo que estão tendo prazer; é como o que tivemos: o Cristianismo com cara de poder romano ou terreno..., mas sem nada de Jesus.

Ora, Jesus sabia que assim ninguém creria..., pois, Ele mesmo não creria...

E se Jesus não crê em algo, quem mais genuinamente poderá dizer que sua fé naquela coisa seja real?

Jesus somente se convence ante a fé que atua pelo amor!

Ora, o que não for assim não convencerá a Ele; e como é Ele, pelo Seu Espírito, quem convence o mundo, tal anuncio do “evangelho” no qual Jesus não creia [posto que ainda que “certo” não seja fruto do amor], não convencendo primeiro a Ele, não convencerá ao mundo; pois, não tendo o testemunho Dele, não terá poder sobre o mundo.

Por isto somente me interessa pregar aquilo no que Jesus creia.

Creia em mim..., a partir da coerência da mensagem com o desejo sincero da vida em amor e em perdão para com todos, indiscriminadamente; e não somente isto, mas capaz de manifestar amor simples por todos os homens.

No entanto, esses serão sempre um pequenino rebanho... Pois, os discípulos não se amaram e não se amam, não crêem que sem amor nada aproveita, e insistem em pregar aquilo no que Jesus não crê..., que é um evangelho sem amor e misericórdia.

Por isto, o afã da “igreja” de pregar sem amar, é sua própria condenação, pois, pela falta de amor, a pregação se torna apenas uma barulheira dos infernos...

Assim é a profundidade do realismo de Jesus acerca do “sucesso” da Sua mensagem entregue à Igreja que virou “igreja”.

Enquanto isto, o "Legião Urbana" parece saber disso melhor do que a "igreja":

http://www.youtube.com/watch?v=AKqLU7aMU7M

Nele, quem não levou susto com nada do que fizemos,

Caio
23 de maio de 2009
Lago Norte
Brasília
DF

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LEVANTE DA MORTE MEU IRMÃO!...

O sentimento de impotência que experimento todos os dias lendo cartas e cartas, é imenso, embora, injustificado.

Sim, pois, de fato, salvo algumas exceções, a maior parte dos problemas não é problema para quem tem fé e sabe da esperança da glória de Deus; e, nela vive e nela espera!...

A questão, no entanto, é que os “cristãos” se tornaram gente sem esperança eterna e sem alegria na esperança da glória que em Jesus nos está reservada.

Assim, como nos foi dito pelos “profetas das ilusões”, no mundo não teríamos mais aflições...

Foi-nos dito que o poder de palavras de determinação resolveria tudo, que as ordens dadas pela “fé rehma” iriam solucionar todas as coisas, que Deus designou cada crente para ser líder da vida, que no Senhor prosperidade e dinheiro não se separam, que toda dificuldade é encosto, que toda desgraça é para os outros, que na “terra de Gósem” dos crentes praga alguma chegaria, que marido algum trairia, que filho algum escolheria errado, que depressão nenhuma chegaria, que pânico é apenas para incrédulos; e que a existência seria protegida de todos os infortúnios...

Afinal, assim nos disseram os “profetas do engano”, os quais, hoje, ante a calamidade, não se dignam a responder uma carta a quem os escreva dizendo: “Aceitei, declarei, pulei, e me estrepei... Ajude-me!...”

Desse modo, tendo sido embalados na rede dos enganos e das fantasias, quando o mundo real bate à porta, a maioria pergunta: Por que Deus está me tratando assim?...

Então, vêm os conflitos, as perguntas, as depressões sem cura, os pânicos sem causa, os medos, os sentimentos infantis e fantasioso de perseguição celestial apenas porque a existência é “normal” com os crentes...

Paulo já dissera [mas não se creu] que se a nossa esperança em Cristo for apenas esperança de ganhos e prosperidades neste e para este mundo, sem a vida calçada na alegria da eternidade e da ressurreição, ninguém conseguiria ser mais infeliz na vida do que tal crente sem Deus e sem eternidade como alegria e galardão.

Assim, a cada frustração [e só haverá frustrações tendo tais mentiras como promessas] maior é a desilusão e a fragilidade emocional e psicológica dos crentes...

Tem gente de mais de 60 anos com raiva de Deus porque a mãe de 85 morreu... Vê se pode!... Sim, tamanho é o surto de irrealidade e fantasia que você vê gente chorando apenas porque a vida seguiu seu curso natural e inevitável...

Todos os dias recebo pelo menos duas ou três cartas de gente me falando em suicídio...

As razões?...

O marido saiu de casa, os filhos não são atenciosos, o dinheiro está pequeno, os planos não deram certo, a vida está passando na terra e a pessoa não conseguiu “ser alguém”...

Sim, em geral essas são as razões!...

Outro dia mostrei a história do Pastor Zapata, um homem sem nada, mas rico de tudo... Sim, o fiz para ver se as pessoas enxergam como é diferente a vida que se alimenta da eternidade, e não das contigencialidades deste mundo.

Veja: http://www.youtube.com/watch?v=GZAEvwAXSNw

Há dois dias postei outro texto no mesmo espírito, a fim de provocar a consciência de que a existência neste mundo não é bolinho, e quem pensa diferente está em rota de morte em razão do acumulo de frustrações.

Veja outra vez: RECEBA ESTE SOCO NO MEIO DA CARA COM TODO AMOR!

Minha preocupação cresce, pois, de fato, a vida ainda está boa, ainda está longe de ser o que se tornará... Ora, se em lenho verde todos já estão assim..., que não será em lenho seco?... Sim, se em tempos de paz, andando a pé, cansam-se, como será quando tiverem que viver sem chão?...

A maioria escreve dizendo “sou ovelha do pastor tal e tal” e membro da “igreja tal e tal”... A vontade que me dá é de enviar a carta ao pastor, ao lobo das ilusões, ao diabo eclesial que vendeu tamanha mentira para as pessoas, mas que depois foge de saber as implicações desastrosas na vida dos enganados...

Enquanto os crentes não se converterem ao céu, à eternidade, à glória, à alegria do galardão e do novo nome, e enquanto não aceitarem que neste mundo falta tudo, menos aflições, então, creia: o nível de desespero vai crescer tanto, que, não raramente veremos crentes se suicidando...

Portanto, repito:

Sem eternidade nenhum ser humano consegue ser mais infeliz na Terra do que o crente sem transcendência e sem glória como alegria eterna no coração.

Sem glória, sem eternidade, o prognostico é triste e inescapável: depressão, medo, pânico, desesperança, angustias sem causa, sentimento de vitimização, de ludíbrio, de engano e forte desejo de morrer...

A outra via dessa existência sem a esperança da glória de Deus é a frouxidão e a promiscuidade suicida...

Ora, a conta tem que ser mandada para todos os pastores e igrejas das Prosperidades e do culto ao Imediato!

Eles deveriam pelo menos pagar o caixão e o sepultamento dos irmãos!...

Agora, não tem mais apelação... Ou será conversão ao Evangelho da esperança da gloria de Deus, o qual nos dá poder para nos gloriarmos nas próprias tribulações, ou, então, a alternativa será o que já se divisa: milhares de crentes deprimidos, panicados e com forte desejo suicida no coração.

Leia: PAULO: PROFETA DO QUE NÃO SONHOU!

Veja do que é feita a sua fé... Veja o que existe de Evangelho em você... Veja se você fala de salvação apenas para não encarar o fato de que você morre de medo de morrer... Veja se seu discurso sobre Jesus não é apenas o disfarce de sua profunda falta de sentido e esperança em tudo...

Sim, veja; examine-se; e, ao final, pergunte: “Será que tudo isto que eu chamo de problema não é apenas a minha ilusão de vida, que não suportou os embates da existência, em razão de minha deliberada alienação?”

Sei apenas o seguinte:

Sem a esperança da glória de Deus tudo o que sobre para um ex-cristão existencial [sim, pois gente assim já não tem fé] é o cristianismo mundano, de esperanças falidas..., e que não suportam a verdade dos fatos da existência pura e simples!

Chegará a hora em que o que aqui digo será tão esmagadoramente obvio que parecerá “lugar comum”...

O problema é que tal “lugar comum” é também uma “vala comum”...

Pense nisso e tome a sua decisão de vida!...

Nele, que não pediu ajuda a nenhum engano para dizer como seria e é a vida,

Caio
23 de maio de 2009
Lago Norte
Brasília
DF

LEITURA COMPLEMENTAR:

DÉFICIT DE PAIXÃO
CAIO, SE VIVER É SOFRER, COMO JESUS É A VIDA?
REDENÇÃO E SOFRIMENTO

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sexta-feira, 22 de maio de 2009

POR QUE AGORA QUEREM SEUS LIVROS OUTRA VEZ?...

----- Original Message -----

From: POR QUE AGORA QUEREM SEUS LIVROS OUTRA VEZ?...

To: contato@caiofabio.com

Sent: Wednesday, May 20, 2009 11:54 PM

Subject: Olá!

Querido Caio,
saudações em nome do Senhor da Paz!

Esta semana fiquei surpreso e ao mesmo tempo alegre! Um dia, tive o privilégio de conhecê-lo pessoalmente na Bahia (Região de Irecê em um Congresso com Pastores), e para este momento, o que menos importa é minha imagem e sim as marcas do Evangelho pregado por você, sua vida e o seu testemunho em minha vida e ministério. A semelhança de sua caminhada, conviví entre "deuses e demônios" travestidos de clérigos por um período de 12 anos servindo a IPB. Mas, como o meu chamado não foi um psiu do Olimpo, aqui estamos nós, pregando a Palavra.
Ainda quando estava por lá (em Salvador), tive oportunidade de ouvir notícias sua - inclusive através dos amigos de Jó. Chegando em Recife, trazido pela conseqüência e necessidade da realização do Ofício Fúnebre de minha mãe - 2000, procurei um amigo pastor e gerente de uma Loja de livros evangélicos e fiz uma busca por seus títulos. De forma frívola, irresponsável e desdenhosa, fui informado que seus livros haviam sido retirados das prateleiras - Vídeo, Fitas, etc., face a uma famigerada campanha depreciadora (na Bahia liderada pelo pastor e cantor Josué e, em Recife, por Jorge Linhares, Silas e seus seguidores).

O tempo passou...
Hoje minha intenção não é dizer-lhe o que você sabe e conhece e muito menos remoer picuinhas passada, e sim, dizer-lhe da minha alegria em ver SEUS LÍVROS NAS PRATELEIRAS!

O meu amigo Gerente-Pastor, não sabia explicar a procura por seus títulos e muito menos me informar porque havia re-pensado sua postura de anos passados.
... O que fazer de alguém a quem Deus resolveu evidenciar - honrar? O que dizer de Ciro e o que dizer de Caio?

Deus tem seus critérios, métodos, caminhos e Poder.

Cale-se diante dEle toda a boca!
Amado Caio, não estou regozijado com as "prateleiras cheias", pois a Palavra de Deus não se esconde. E nem tão pouco irado com o conceito medíocre de aferição de santidade de nosso povo, mas saltitante (creia nisto homem!) ... com o Caminho da Graça.

Um forte abraço e um grande beijo (sem cerimônialismo e frescura).

Seu conservo,

Ielves Camilo - Rev.
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Resposta:

Meu amado irmão: Graça e Paz!

Primeiro boicotaram a Revista Vinde, quando ainda existia. Passei-a adiante para ver se não a prejudicaria... Mas praticamente morreu como “Eclésia”. Diziam que não anunciariam na Revista do Caio.

A seguir foram os livros, fitas e outros... Fazia mal ao povo ler a verdade do Evangelho, antes amada, mas agora, de súbito, transformada em mentira...

Era a vez dos livros dos lobos...

Depois “queimaram” todo o meu material, milhares de programas de TV, os quais deveriam ser copiados por quem comprou a Vinde TV, pois, diziam desejar usar o material... O fato é que o material foi todo usado..., porém, não para ser exibido, para ser gravado em cima ou apagado...

Trinta anos de gravações sérias do reino e de sua pregação.

E assim foi...

Afinal, a campanha era para apagar o meu nome da terra...

Sim, como coisa do Velho Testamento!...

Isto sem falar que venderam tudo, mas nunca pagaram direitos autorais ao “herege”...

Nem o “herege” cobrou nada deles...

O “herege” apenas assistia e entregava a Deus!...

Um dia meu filho Davi, angustiado com tudo isto, e desejoso de tentar mudar o quadro, convidou um gerente de marketing de uma grande editora evangélica do Brasil para conversar comigo sobre livro e outras coisas...

Eu disse ao meu filho que aquilo não daria certo e antecipei o que o marqueteiro diria...

“Reverendo, infelizmente pega mal publicar qualquer coisa sua!” — foi a resposta. “O povo não aceita mais o seu nome!”

Eu disse a ele:

Quando comecei a pregar ninguém me conhecia, mas vieram a me conhecer por causa do Evangelho. Não preciso dos evangélicos para nada... Enquanto houver gente na terra, gente nascendo, e novas gerações, e enquanto o Evangelho for verdade na minha boca, creia: Não há nada que vocês possam fazer a respeito; pois, Deus fará; e você viverá para ver. Agora, muito obrigado!

O que está acontecendo é que o Espírito é livre!...

E mais: o povo desmaia por falta da Palavra do Evangelho!

Assim, com a falência do modelo já fadado à morte, com a chegada do site e dos milhares e milhões de leitores, e com a exposição da verdade do Evangelho em simplicidade, de súbito, muitos, quase todos, começaram a querer tudo outra vez; só que agora eu não quero...

Somente publicará livro meu quem nunca deixou de publicar a minha amizade!...

Entretanto, nem de livro necessito. Este site é minha livraria, meu distribuidor, minha gráfica, e tudo o mais...

Cada dia mais gente lê meu site; e cada dia do site vale muito mais do que um livro novo, se todos os dias eu pudesse lançar um...

O que me alegra é ver a Palavra sempre livre!...

Ora, quem terá o poder de impedir o que Deus abençoou?

Os que se inimizam contra a verdade pagam preços impensáveis...

Receba meu amor grato e todo o meu carinho!

Nele, que escreve livros apenas em corações,

Caio
22 de maio de 2009
Lago Norte
Brasília
DF

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terça-feira, 5 de maio de 2009

AOS PORTEIROS DO REINO DE DEUS!



Jesus parece sempre ter feito questão de deixar os cheios de suas próprias certezas presunçosas e arrogantes, incertos e vazios em Sua presença.

Aliás, foi Maria quem, no contexto do Evangelho, primeiro disse que Jesus seria assim.

“Despedirá vazios os soberbos, arrogantes e poderosos, e acolherá os pobres da terra” — disse ela.

Além disso, foi também dito acerca Dele pelo velho Simeão, que Ele seria “objeto de contradição”.

Ele, todavia, jamais se contradisse. A contradição era o que vinha dos outros, pois, supostamente, quem deveria amá-Lo, o odiou, e quem deveria rejeitá-lo, o amou.

E foi de contradição em contradição [não dele a contra-dição] que Ele andou entre espinhos, abrolhos e lírios do campo.

Ele via espinhos onde se dizia que era o Jardim Religioso de Deus: o Templo e a religião, com seus funcionários supostamente do interesse de Deus e da vida;, e pensava: "Aqui é o deserto!"

Ele via lírios onde se dizia que somente havia lixo; ou seja: entre coletores de impostos, meretrizes e gente considerada pecadora por ser sem religião ou informação religiosa; e dizia: "Aqui é o campo para o Jardim de Deus".

Ele nunca se contradisse, mas o que dizia dividia o mundo!

Daí se dizer que Ele seria como uma Espada.

Ele próprio disse que trazia a espada e que seu batismo seria de fogo.

No caminho, todavia, Ele foi pontuando as incertezas que poderiam, em sendo acolhidas, salvar os certos das certezas.

Assim Ele diz que o reino de Deus seria como um grande banquete no qual estariam presentes todos os que a Religião deixaria fora, enquanto, de fato, estariam de fora os que tinham o suposto poder de dizer quem entraria ou sairia.

Ele, entretanto, não disse nada que pudesse melhorar o desconforto dos donos das certezas.

Ao contrario, disse: “Muitos virão do Norte, do Sul, do Oriente e do Ocidente, e tomarão lugar na mesa do reino de Deus com Abraão, Isaque e Jacó, enquanto ‘os filhos do reino’ ficarão de fora”.

Ora, os que Ele chamou de ‘os filhos do reino”, são os que assim se consideravam, na mesma medida em que desconsideravam os outros!

Portanto, é fácil saber quando uma pessoa mudou de time e agora joga no time do inimigo de Jesus:

Toda pessoa que julga ter recebido de Deus a chave que abre para os outros entrarem ou que fecha para que ninguém entre — esse tal já está fora e não sabe ou não quer admitir.

“As chaves do reino de Deus”, conforme Jesus mencionou a Pedro, não é uma chave que serve no portão do céu.

Também não é uma chave para o coração dos outros.

Menos ainda é uma chave que abra acesso espiritual à ninguém; e que também seja útil a quem julgue que tenha o poder de fechar para que ninguém entre.

Somente Jesus abre e ninguém fecha; fecha e ninguém abre!

“As chaves do reino de Deus” abrem apenas onde o braço do homem [e olhe lá!] pode abrir, que é o seu próprio coração.

E porque essas “chaves do reino de Deus” são da natureza intima que são, é que Jesus diz à Igreja em Éfeso que eles tinham a chave que poderia abrir a porta para eles mesmos; e tais “chaves do reino de Deus” existiam neles para que eles mesmos se abrissem.

"Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa, comerei com ele e ele comigo".

É nessa despretensão que caminha o verdadeiro discípulo!

Ele sabe, com alegre surpresa, que está dentro; porém, não ousa dizer quem está fora; posto que no dia que o faça seja porque ele mesmo já não esteja dentro.

Somente se preserva em Deus quem anda nesse espírito!

Os donos das certezas para os outros são os que estão andando para o buraco assoviando acerca da suposta desgraça dos diferentes, enquanto a viagem que a pessoa faz seja apenas para o fundo do buraco, embora ela chame isso de caminho do reino de Deus.

Portanto, abra o olho; e, enquanto pode, salve-se do engano.

Salvo em Jesus é quem não tem outra certeza senão a de que pela Graça [favor imerecido] está salvo.

Nele, que nos chama todos os dias para o arrependimento que sempre nos põe no bom lugar da Graça,

Caio

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sexta-feira, 1 de maio de 2009

Esta semana tem sido interessante.

De súbito um monte de coisas que sempre falei, passaram a gerar muitas angustias e discussões em alguns círculos.

Na realidade, isso não aconteceu em razão das pregações no Caminho da Graça, mas das entrevistas que dei na internet, onde tenho falado bastante acerca de uma Revolução que precisa acontecer entre aqueles que crêem de fato no Evangelho.

Numa das entrevistas que dei na semana que passou, eu disse que os “Evangélicos” estão começando a experimentar o seu próprio bolo fecal como refluxo.

Quanta falação gerou essa frase!

Estranho: é isso que digo há anos, desde de antes de haver Congressos da Vinde. No entanto, agora, soa chocante e escandaloso.

Minha questão é: Por quê?

Ora, antes, os milhões que me ouviam em todas as formas de mídia, sempre me ouviam pregar a Palavra a todos, e, também, profetizar ao ente que se auto-intitulava “igreja”, na expectativa de que ele (o ente) se convertesse ao Evangelho, ao invés de apenas carregar o apelido de “Evangélico”—algo que supostamente tem relação direta e essencial com aquilo que é a qualidade do Evangelho.

Mas eles me viam como “representante deles”; sim, deles que não eram como os outros; que eram éticos; que amavam a justiça social; que buscavam um país melhor; que eram honestos; que não ensinavam ‘barganhas com Deus’; e, por essa razão, quando eu descia a ripa nos “evangélicos”, os que se sentiam representados por mim, se orgulhavam; e pensavam: “Graças a Deus ali está um de nós, e que nos honra dizendo a coisa certa”. Eu era um deles... e era diferente...; e até os que eram como aquilo que eu denunciava, gostavam de se abrigar à sombra da imagem que sobre mim repousava publicamente, a fim de viverem com mais “dignidade e respeito” públicos; posto que eu sei que durante anos o povo evangélico gostava de que minha cara lhes fornecesse uma face.

Mas aprouve a Deus que de um modo soberano e “catastrófico”, eu fosse “expulso” do meio “evangélico”.

Ora, na realidade, eu passara a minha vida inteira apenas me dizendo evangélico em razão de definições de natureza filológica e semântica, mas não porque eu tivesse qualquer que fosse a identificação com o fenômeno histórico-cultural-político-moral chamado “igreja evangélica”; ou melhor: com aquilo no que ele se tornara.

Era justamente por essa razão que eu dizia o que ninguém dizia, e o fazia na face de todos; apenas dentro da “igreja” enquanto a “igreja” era ainda somente um fenômeno “de dentro”; mas quando a “igreja” se tornou pública, política, presente na grande mídia, escandalosa, perversa, e arrogante aos extremos; então eu passei a enfrentar isso de frente, tanto “dentro” quanto também “fora” do ambiente “eclesiástico”. E a maioria esmagadora delirava! “Lá está o profeta!” “Ele fala por mim”. “Concordo com tudo o que ele diz”.

Era assim que as coisas eram, isso por anos e anos. Só gente com amnésia não se recorda disso.

No entanto, quis Deus, embora que por estranhos caminhos, que minha alma fosse libertada do jugo daquela escravidão; e isto pela via de minha própria relativização aos sentidos dos evangélicos.

Ora, quando fui “relativizado historicamente”, os evangélicos, especialmente os líderes—os mesmos que diziam que eu lhes dava face—, decidiram que meu pecado não tinha perdão. Assim, pela Graça de Deus, fiquei livre daquela prisão justamente pelo ódio e a amargura adoecida de muitos deles, posto que ao não me perdoarem, sem saber mais facilmente me deixaram livre do jogo e do jugo que aquele caminho evangélico impunha sobre minha alma, visto que eu tinha que matar “um leão por dia” pra poder tolerar o que eu via o tempo todo—e creio que não houve ninguém na igreja evangélica que tenha visto, ouvido, e sabido mais do que eu no curso de três décadas.

Assim, a Graça de Deus me libertou daquele carma; e, assim, me vi livre e solto; sendo apenas eu mesmo; posto que por mais livre que eu pensasse ser antes, vim a descobrir que eu era muito mais escravo daquele espírito e potestade religiosa do que eu mesmo sabia ou admitia. Devo confessar também que depois do Dilúvio que me acometeu, tive que conhecer a Graça de Deus para mim mesmo, em mim mesmo, por mim mesmo, e pra meu próprio beneficio, muito mais do que em qualquer outro tempo de minha existência. Ou seja: o que chamavam de “queda”, para mim era justamente o oposto: experiência da Graça numa dimensão na qual a prisão religiosa jamais me permitiria.

Daí, quando anunciaram a “A Volta de Caio Fábio” eu haver me insurgido tanto. Eu não estava voltando. Apenas estava prosseguindo. E esse prosseguimento nada tinha a ver com a minha história passada com os evangélicos, mas apenas tinha a ver com meu chamado conforme o Evangelho, não havendo qualquer que fosse o vinculo existencial com aquilo que antes me fizera viver em prol dos “Evangélicos” às vezes até mais do que em favor do Evangelho, posto que foi muito o tempo despendido com muita bobagem dos “evangélicos”.

Desse modo, as mesmas declarações de antes, agora, geram pânico e medo. E a razão é simples: não sou mais cooptável pelos evangélicos, nem por ninguém. E os líderes sabem disso. Não! Não foi a minha separação, nem o meu divorcio, nem meu relacionamento extra-conjugal, nem o Dossiê Cayman, nem meu novo casamento a razão do escândalo.

De lá pra cá centenas de pastores, bispos, apóstolos, e serafins evangélicos também viveram coisas semelhantes, mas nada foi dito ou falado. Sim, nada virou escândalo.

Ora, foi como foi apenas porque foi comigo.

Além disso, foi tão chocante porque muitos trabalharam para fazer ficar chocante e irrecuperável. Muitos do que também comiam do meu prato contra mim levantaram o calcanhar.

Na realidade o que provocou tudo isso foi o fato de eu não ter jogado a toalha para os “evangélicos”, e de não ter jamais aceito que minha vida lhes fosse entregue como a cabeça de João Batista na bandeja de Salomé. O fato de eu ter lidado com tudo sozinho e com Deus, sem a mediação de homem algum ou de instituição alguma, foi o que provocou o escândalo.
E isto apenas porque se dizia: “Nem agora ele se submete a nós!”

Sim, foi o fato de eu ter decido tratar a questão apenas onde ela era própria—entre eu, Deus, a mãe dos meus filhos, meus filhos, pais, parentes, e amigos chegados—, aquilo que fez com que a subversão crescesse...; posto que se viu que eu não estava negociando minha liberdade de consciência em Cristo com nada que se chamasse “igreja”, visto que desde o início eu vi que eles apenas queriam brincar com Sansão cego, nas moendas de Gaza.

Então, fiquei livre; porém, me tornei para eles insuportavelmente perigoso. Por isso, me declararam morto, acabado, coisa do passado, uma página a ser virada, uma era que chegara ao fim, um paradigma que já não servia, uma referencia falida, um ser sob censura...

Ora, em meio a tudo isto há também alguns benefícios, pois, um dos privilégios que tem um homem morto é que ele fica livre de todas as suas dívidas na mesma hora. Todavia, meu desvinculamento existencial em relação ao “fenômeno evangélico” em nada afetou a realidade de que a maioria dos meus amigos são membros de igrejas evangélicas.

Além disso, também sei que são os evangélicos aqueles que ainda mais me ouvem, lêem, procuram e escutam outra vez, em numero cada vez mais crescente; embora muitos desses ainda nem saibam que já não são “evangélicos”. Digo isto porque alguém muito amado e preocupado comigo, me perguntou hoje o seguinte: Por que você diz as coisas que diz? E por que as diz como diz? Não seria melhor só falar dos pastores para os pastores? Dos líderes para os líderes? Não seria bom levar em conta os de boa fé que são evangélicos? Não seria de bom alvitre fazer sempre alusões ao fato de que há exceções?

Ora, eu passei a vida toda fazendo exatamente isso—falando com os próprios, e ninguém jamais dirá que não ouviu.

Sim, historicamente essa obrigação já não pesa sobre mim no que tange a ter pudores em relação aos fatos como eles são em relação aos “evangélicos e seus líderes”. Eles ouviram durante 30 anos! Eu pregava duas ou três vezes por dia. Viajava centenas de vezes por ano. Ia a todas as bibocas se agenda permitisse. Abria e fechava tudo o que era importante. E fiz isso por décadas!

A questão, no entanto, é que as coisas apenas pioraram; e os crentes sofrem, apanham, são explorados, são adoecidos, punidos, controlados, espoliados, enganados, usados, manipulados—e isso não pára nunca! Então, quando falo o que falo, quando desnudo os “Evangélicos”, quando enfrento movimentos, quando afirmo a heresia que muitas doutrinas evangélicas significam, quando digo que a “igreja” não conhece a Graça e vive sob a Lei—não o digo por prazer, nem por amargura, nem apenas para provocar. Deus o sabe!

De fato, o digo apenas porque não tenho o poder de não dizer, pois, trata-se de algo que se eu não disser, isto mesmo me mataria como amargor de alma, além de que destruiria os muitos que ainda podem ser salvos da tirania, e experimentar a Graça libertadora do Evangelho.

Portanto, digo tudo o que digo por amor ao Evangelho e àqueles que amam a Jesus, mas que vivem ainda sob as tiranias malignas dos pastores do medo e dos níqueis.

Também digo o que digo em razão de que as lideranças em geral preferem manter o povo sob o medo, do que dá liberdade ao pé que caminha; posto que gente livre e ensinada na Palavra não é mais vaca de presépio e nem boi de piranha.

Assim, se há evangélicos ofendidos com o que hoje digo—embora seja o que sempre disse—, que fiquem sabendo que apenas o faço porque sobre mim pesa esta obrigação do amor e da verdade. Não o digo por qualquer outra razão que não seja movida por um espírito de pastor e de homem que conhece o Evangelho para si mesmo, como paz e bem, e que não suporta ver os ‘pequeninos de Jesus’ sendo transformados em mercadoria, nem angustiados pelas culpas fabricadas pelos tarados da religião.

É obvio que na maioria das vezes as denuncias acabam por recair sobre os fabricantes de ídolos evangélicos, e sobre os exploradores da fé; ou seja: os chamados neo-pentecostais. No entanto, também levanto a voz desde sempre contra os processos de institucionalização da igreja, do ministério e do significado das coisas. Assim, os chamados ‘Históricos’ sempre ouviram de mim o que eu pensava acerca da incapacidade deles de se deixarem levar pelo vento do Espírito, conforme apenas o Evangelho, do mesmo que os Pentecostais históricos sempre me ouviram dizer que eles estavam crucificando a Jesus outra vez quando se entregavam à Lei.

Assim, quando digo que os “Evangélicos” já estão comendo do refluxo do bolo fecal deles próprios, estou apenas dizendo que a coisa toda se tornou tão adoecida quanto comer o próprio excremento.

Ora, é redundante explicar desse modo, mas já vi que sem redundância nada é compreendido. Sim, qualquer tentativa de preservar as coisas conforme elas estão é propor dieta de bolo fecal. Não adianta negar. Cheira mal e dá ânsia de vomito. Mas é verdade! Sei que não ando só nesta percepção.

Aliás, os pastores que me escrevem e me encontram, só o que fazem é se queixar, mas quando a queixa vira declaração pública, então, o pudor da hipocrisia faz a verdade se tornar insuportável até para quem me diz que concorda comigo. E são muitos os pastores de todos os grupos e níveis de cultura os que me dizem isso, mas que na hora do vamos ver, fazem o que sempre fizeram: ficam calados, vendo no que vai dar...

Não adianta irmãos! O machado está posto na raiz de cada árvore. Não adianta dizer “somos evangélicos”, pois, Deus pode suscitar “evangélicos” dentro de cada casa de batuque e de macumba do Brasil.

Ora, se de pedras Ele pode suscitar filhos a Abraão, então, até de piolhos ele pode criar evangélicos.

Fazer um evangélico é a coisa mais fácil do mundo. Salvá-lo disso é que é mais difícil do que a conversão do jovem rico. Mas os impossíveis dos homens são possíveis para Deus.

Nesta hora, que é grave, o que interessa é apenas “produzir fruto digno de arrependimento”, ao invés de ficarmos dizendo: “Calvino é nosso pai.” “Armínio é nosso profeta”. “Wesley é nosso apóstolo.” “Finney é nosso herói.” “Sou filho da Renovação”. “Conheço ainda muitos evangélicos que são sérios com Deus”.

Chega de conversa fiada!

E mais: ninguém que seja de boa fé se escandaliza com a verdade!

Somente quando uma pessoa é mais “evangélica” do que discípula de Jesus é que a Palavra da Verdade do Evangelho escandaliza.

Pessoalmente eu não acredito que qualquer coisa nova e livre vá chegar a possuir a alma evangélica como um todo no Brasil.

Pode acontecer a alguns, como sempre aconteceu. Mas jamais será uma mudança que faça os “evangélicos” se tornarem de fato Evangélicos; ou seja: gente que busca a qualidade existencial do Evangelho como sandália da Vida.

Acredito que esses dias são vitais. Na realidade, creio que muitos hão de crer no Evangelho da Graça de Deus dentro das igrejas evangélicas; assim como também espero que esse vento do amor de Deus sopre sobre todos, e não apenas sobre os evangélicos, mas sobre católicos, mulçumanos, hindus, budistas, espíritas, esotéricos, e qualquer ser humano na Terra.

No entanto, pela presunção de ser “o mais próprio e qualificado representante de Deus na terra”, o evangélico típico acaba por se tornar “judeu”, no sentido negativo da palavra, e apenas conforme o espírito persecutório que acometia aos religiosos judeus contra a liberdade proposta pelo Evangelho.

Para não fazer menção a Jesus, apenas direi: Paulo que o diga! Ora, eu sei que muitos têm sido libertos do pânico e do medo criado pelo espírito apavorado que é estimulado dentro das “igrejas evangélicas”.

É por amor aos irmãos que vivem oprimidos que digo o que digo; e só pararei de dizer se tudo mudar, ou, se eu morrer. Todavia, como sei que o que digo é conforme o Evangelho, também sei que nem a morte poderá calar essa voz e essa palavra, posto que essa mensagem não é minha; e nela muitos já crêem, e ninguém os calará jamais.

Quem não me entende hoje, logo me entenderá. Quem entende, mas tenta dizer que não entende, logo saberá. E quem não entende porque entende demais, e sabe que isso acabaria com todo negocio fundado na má fé, esse também logo verá que o que digo é verdade em Cristo.

Esta é minha tranqüilidade! Esta é minha paz!

Nele o nosso trabalho não é vão!

Caio

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Nas reuniões de estudo de discipulado com Caio Fábio, após ele ter explanado que o discípulo deveria negar a si mesmo, mas não deveria negar a sua própria humanidade, alguém fez a seguinte pergunta:

Como eu faço para diferenciar a humanidade do discípulo e os caprichos do si mesmo?

Que foi respondida da seguinte forma:

A humanidade do discípulo quer ser vestida. O si mesmo diz: "depende de com o quê".

A humanidade do discípulo pede água. O si mesmo diz: "tanto faz se rolar".

A humanidade do discípulo diz "Por que me desamparaste?". O si mesmo diz: "eu sabia que eu não podia confiar".

A humanidade do discípulo diz "Pai, perdoa-lhes porque eles não sabem o que fazem". O si mesmo diz: "Porque eles não sabem o que fazem, eu sabia que era isso que iria acontecer".

A humanidade do discípulo assume tudo aquilo que seja genuinamente humano. O si mesmo chama de humano o que é adereço, o que é valor agregado, frequentemente pervertido.

A humanidade do discípulo reconhece a necessidade do abraço. O si mesmo quer viver para todos os abraços.

A humanidade do discípulo não tem nenhum medo de dizer que está com fome. O si mesmo, se puder, transforma pedra em pão.

A humanidade do discípulo olha e sabe quem é, mas não aceita nenhuma oferta para pular do pináculo do templo, desce pela escada. O si mesmo não resiste, se arremessa para o show.

A humanidade do discípulo, mesmo carregando a mais importante de todas as missões, não crê nunca que os fins justificam os meios. O si mesmo não resiste e, ao ouvir "Tudo te darei se prostrado me adorares", prosta-se, põe-se de quatro e adora [ao diabo]. Essa é a diferença entre uma coisa e outra.

Caio Fábio

Colaboração: Walter Cruz

*Assista a série de mensagens na VEM&VÊ TV.

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terça-feira, 21 de abril de 2009

O CAMINHO COMO ATALHO - UMA FRANCA ADVERTÊNCIA!

É conforme o Evangelho que o Caminho da Graça está caminhando...


Os dias são maus. O mundo perece, aos nossos olhos, e o cristianismo ENCARNA O PIOR DAS PROFECIAS DE APOSTASIA FEITAS NAS ESCRITURAS (nos Evangelhos, nas Cartas Apostólicas e no Apocalipse).

Não estamos aqui para lamentar enquanto assistimos. Estamos aqui com a loucura de desejar encher o Brasil e o mundo com a Palavra da Graça do Evangelho de Jesus.

Quando iniciei com alguns amigos o Caminho da Graça no Brasil, não foi como “alternativa” aos “evangélicos”. Jamais faria ou começaria algo “alternativo”. Não conheço “evangelho alternativo”, mas tão-somente o Evangelho Único e Absoluto. “Evangelho alternativo” é o que Paulo chamaria de “outro evangelho”, e que já foi maciçamente denunciado nestas páginas como um espírito e uma cultura fortemente presente na cristandade contemporânea.

Denunciar sem nada propor é denuncismo e leviandade! Nosso Chamado não é para desconstruir nada e nem para colocar abaixo coisa alguma! São os mortos que sepultam seus próprios mortos. Nós anunciamos a Vida e a Ressurreição dos que crêem!

Entretanto, muita gente se sente “solidária” ao Caminho da Graça como movimento humano apenas e simplesmente porque tiveram um “trauma evangélico”.

Algumas dessas pessoas se aproximam das nossas iniciativas motivadas pela força da amargura, do criticismo, da desconfiança e do cinismo!

Nada poderia ser pior, pois os tais, na maioria das vezes, só pretendem fazer um “caminho paralelo” à igreja. Desejam um atalho para “não dar o braço a torcer” e nem decretar a total falência de seus costumes de fé ou mesmo para “mandar um recado” para seus rivais, vivendo como quem pleiteia uma Reforma Eclesiástica, como quem adere ao Sindicato da Desconstrução!

As razões são as mais diversas. Alguns vêm porque têm no espírito a necessidade de somente ficarem se forem “convencidos”. (Alguém viu Jesus tentando convencer quem quer que fosse a andar com Ele?) E dificilmente o serão. A maioria aprende, aprende, mas jamais chega ao conhecimento da verdade. Tais pessoas estão viciadas em discussões infrutíferas que a nada levam! Aparecem porque gostam de provocar discussões e debates que para “os do Caminho” já não existem.

Há também os que chegam porque desejam “reformar” o Caminho da Graça a fim de que ele fique no limbo: entre os “evangélicos” e o Evangelho. Ou seja: sem conseqüências para a vida!

De fato, toda vez que aparece no Caminho da Graça um “líder evangélico” que só está magoado com seus irmãos, no melhor dos casos, ou com seus “comparsas” na pior hipótese, sei que teremos problemas.

Sim, porque para eles ou somos de-mais ou de-menos. O fato é que gostariam que fôssemos um híbrido conforme os desejos deles. Porém, não somos e nem seremos.

Assim, não temos nada a fazer com o fermento dos fariseus (religião das máscaras) e nem com o de Herodes (política e manipulação)!

O Caminho da Graça é para ser mentoreado, orientado e servido por gente do Caminho de Jesus que está buscando de modo social e comunitário aquilo que já crê de modo individual e existencial.

Também quero dizer que o Caminho da Graça não é lugar para quem busca “moda”. Não! Ele é apenas um caminho-modo-de-ser. “Moda” é coisa de quem, à semelhança dos atenienses, de nada mais cuidam senão de saber das últimas novidades.

O Caminho da Graça não tem nada novo, mas tão-somente o antigo-novo mandamento ensinado por Jesus. Para esses, se lhes oferece algo simples, lhes parece tão inacreditável que eles têm que já chegar duvidando.

E fico vendo o pessoal ir e vir... Se embalando na falta de raiz e de convicção. Borboleteando... Sem compreender nada de nada.

Ora, já que a nossa questão nada tem a ver com números, mas com Entendimento Espiritual; e como somos alegres, mas terrivelmente sérios com o que estamos fazendo, aos que entenderam, digo que apareçam. Entretanto, se não for o caso, leiam antes a Palavra e a confiram com o que está dito no site e nos livros, e, se houver acordo, venham — e nos ajudem! Do contrário, peço encarecidamente que não tentem mudar aquilo que está mudando, pela verdade, o coração de milhares.

O site não é o Evangelho do Caminho da Graça. O Evangelho é Jesus. É conforme o Evangelho que o Caminho da Graça está caminhando feliz e em paz!

O Caminho é Estreito; e no Caminho da Graça amamos essa estreiteza. Sim, porque nele e por causa Dele não se entra, a menos que se tenha deixado a bagagem toda para trás: toda justiça própria, toda malícia religiosa, todo espírito de fofoca e toda certeza de juízo contra o próximo.

E mais: não estou convidando ninguém a fazer isso, mas apenas dizendo “Vem e vê” àqueles que já querem e desejam o que no Caminho de Jesus há em abundância e no Caminho da Graça há como esperança: a possibilidade de uma vida em amor reverente para com o próximo em razão do entendimento da Graça nos haver simplificado a vida com Deus.

Enquanto isso os “publicanos e pecadores” estão vindo, ouvindo e se convertendo, e a salvação tem entrado em suas casas; mesmo no lar dos “Zaqueus” de Brasília .

Caio

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domingo, 19 de abril de 2009

E CONHECEREIS A VERDADE, E ELA VOS LIBERTARÁ



JOÃO 8


Só se experimenta a verdade como exercício de uma vida que caminha em crescente liberdade,e que sempre acontece como risco, até mesmo o risco de conhecer a verdade quando ela desmascara o nosso próprio engano na vida mostrando que nossa liberdade ainda é disfarce da escravidão.

A verdade liberta, mas é a liberdade que provoca o crescimento da verdade na vida.

Sem liberdade a verdade é no máximo uma aula de anatomia; o corpo, porém, estará morto. Pois assim como a fé sem obras é morta, também a verdade sem liberdade é apenas a presunção das doutrinas.

Os pregadores da verdade, em geral nada sabem sobre ela, visto que se é a verdade que produz a liberdade, é também a liberdade que faz a verdade ser vida. E ninguém conhece a verdade sem ser na vida, e nas entranhas da experiência do existir e em meio a todas as contradições. Por isto, conhecer a verdade sempre dói, e muito. De fato, esgarça você completamente. E como os pregadores da verdade não querem ser esgarçados, falam do que não conhecem.

É na existência que se conhece a verdade não como um reconhecimento dela no intelecto, mas nas vísceras do ser.

Pregadores da verdade que não a conhecem como liberdade, continuam escravos de todo pecado, especialmente do pecado de afirmar conhecerem aquilo que nunca provaram, visto que nunca correram riscos como experiência da liberdade. Pois a verdade tem na liberdade como vida seu principal produto existencial, e sua única prova experimental.

Gente presa ao medo de existir jamais conhecerá a verdade, visto que a verdade acontece como risco, como vertigem da liberdade, e como conseqüência da pessoa se haver entregue à vida, à existência, e sem medo de ser, e muito menos de se assustar com a própria face desmascarada pela luz do que é.

Se a verdade não se instalar no interior mais profundo do ser, o que ela produz não é liberdade, mas ansiedade e ambigüidade crescente.

E quando falo de verdade, certamente não falo de doutrinas, mas de uma certeza que não precisa ser explicada. A verdade, para o homem, é existencialidade.

Daí aqueles que conhecem a verdade jamais poderem fazer discursos de persuasão acerca dela. A verdadeira persuasão da verdade é a ação libertadora que ela provoca no ser, mesmo quando o dilacera. Por isso, quem foi alvejado e rasgado por ela, acerca dela não tem muitas palavras, mas tem coragem de ser por causa dela, e apesar dela.

Não é a falta de bons conteúdos o que torna ridículo o discurso sobre a verdade, mas a falta de confiança em sua real promossa de libertação, e que só se expressa como tal se existir liberdade como expressão de vida na existência desse que diz conhecer a verdade.

É a ansiedade como expressão da existência aquilo que mais revela se a verdade entrou nas vísceras de um ser humano, ou se apenas o atingiu como "acordo intelectual", e não como aliança visceral.

A ansiedade se disfarça de ortodoxia e convicção, mas de fato nada mais é que insegurança acerca da verdade, visto que nenhuma verdade que não gere libertação do medo, não é ainda libertação, pois ainda não se tornou parte essencial do ser, e isto torna o “proclamador da verdade” um sacerdote da ansiedade e do medo. Daí ele precisar ser intolerante. Na religião ansiedade gera incerteza, e a incerteza produz a ortodoxia do medo.

Assim, quanto mais se fala acerca da verdade, mas se a nega, posto que o que proclama a verdade como discurso, nada mais faz que tentar salvar-se de sua própria incerteza.

É por essa razão que os religiosos são tão inseguros, e é por tal insegurança que são tão arbitrários. Gente da verdade não tem que provar nada, pois a vida em liberdade é a prova de sua própria convicção e fé.

Assim, para mim, os que fazem "apologia da verdade" são as pessoas mais inseguras, pois passam a vida tentando provar para outros justamente aquilo que constitui suas próprias incertezas e dúvidas. Daí o serem tão frágeis, e daí o serem tão ortodoxas, intolerantes e fanatizadas pela insegurança.

Gente da verdade nada tem a provar a ninguém, pois só teriam que provar alguma coisa se suas vidas não fossem a própria prova, e, por vezes, a contra-prova, ainda que em processo de rendição a ela.

A única coisa que prova que alguém conhece a verdade é a liberdade, pois quando se conhece a verdade na vida, ela nos liberta para a liberdade, ainda que seja a liberdade de errar a fim de conhecer a verdade como dor, para depois conhecê-la como paz.

Desse modo, eu digo: mostra-me a tua verdade com tuas doutrinas, e eu, sem nenhum doutrina, te mostrarei a verdade pela minha coragem de viver livre e apesar de mim.

Afinal, a Verdade não é nada além de Tudo. E esse tudo nada é se não Jesus.

Pense nisto!


Caio

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CAIO, QUAL É A TUA?


Muita gente me pergunta o que eu espero, o que eu quero; ou seja: se tivessem coragem perguntariam: Qual é a sua?

Ora, de fato, eu não espero nada, e espero tudo...

Estou andando pela fé e buscando combater o bom combate.

É isto que desejo: Tombar vitorioso na batalha!

Mas se você deseja saber qual é meu mais profundo sentido de missão Hoje, eu diria o seguinte:

Quero ajudar a “Igreja” a se salvar da cultura da “cristandade” a fim de ver a "igreja" abraçar o Evangelho da Graça de Deus e se tornar Igreja; e, assim, assustar o mundo como um lugar-caminho de misericórdia, cura, bondade e inclusão; e, portanto, lugar-caminho cheio de Graça.

Se pudermos saber que ainda não somos cristãos, grande será o ganho; e profunda ainda poderá ser a nossa esperança.

No entanto, sem que saibamos quem nós não somos; ficaremos cristalizados nessa enganosa impressão de que somos o que não somos; e, assim, jamais caminharemos para ser o que fomos chamados para ser; não em perfeição humana, mas em justificação divina.

Assim, de fato, oro pedindo a Deus que converta os “cristãos”; que hoje são a pedra de tropeço para o mundo; não em razão das imperfeições da “igreja”; mas justamente em razão de sua falsa e cega presunção de superioridade sobre as imperfeições humanas; e isto não aparece apenas em palavras, mas sobretudo nas atitudes.

Ora, toda esta empáfia acontece enquanto ela mesma, a “igreja”, é pobre, cega, infeliz e está nua—só ela mesma não se enxerga.

É a Síndrome de Laudiceia!

“Reforma” é uma palavra adoecida demais para significar a profundidade da mudança que se faz necessária na “igreja”.

De fato, a “Igreja” e o “cristianismo” precisam se converter ao Evangelho da Graça.

Sem que isto aconteça continuaremos apenas a ser um grupo de cegos e presunçosos a se revolverem no seu próprio vomito existencial, enquanto ensina etiqueta comportamental ao mundo.

Tal milagre só acontecerá a você se acontecer a mim; e só acontecerá a mim se acontecer a você; e só acontecerá a alguém mais se acontecer a nós!

Desse modo, você dirá: Cara, você sonha com o impossível!

É isto mesmo. O possível fica para os mortos. Eles que cuidem do possível...

Eu, já disse, me sinto vocacionado para tombar vitorioso no campo de batalha!

Todavia, quem sabe?

Afinal, os impossíveis dos homens, são possíveis para Deus.

Caio

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