sábado, 28 de março de 2009

NOS IDENTIFICAMOS COM OS QUE RESPONDEM AO EVANGELHO COM UM "SIM"


O "Caminho da Graça" é a nomenclatura que damos "circunstancialmente" ao movimento que reúne pessoas que buscam a simplicidade do Evangelho de Jesus de Nazaré, o Cristo de Deus. ( Caio Fabio - Leia outra vez este texto - http://www.caiofabio.com/2009/conteudo.asp?codigo=04418 )
Nos identificamos com todos aqueles que respondem ao Evangelho com um "SIM".
Sim Senhor, nós entendemos o seu amor.
Sim Senhor nós aceitamos o seu amor.
Sim Senhor, nós desejamos segui-Lo por causa do seu amor.
Sim Senhor, nós decidimos nos expor ao seu Evangelho.
Sim Senhor nós desejamos e faremos o que for possível para nos re-configurar à simplicidade do Evangelho.
Sim Senhor nós nos encontraremos para junto com outros seguidores, nos encorajarmos uns aos outros a caminhar com simplicidade na vida.
Sim Senhor, nós afirmamos que Jesus é a chave hermenêutica de toda escritura sagrada e que, por conta disto, leremos outra vez o Evangelho segundo esta afirmação.
Sim Senhor, nós queremos nos tornar sal diluído na vida e desaparecer de modo que ninguém nos veja, mas, sintam o sabor do tempero que o Evangelho é no chão da vida.
Sim Senhor nos comprometemos conTigo por causa do seu amor a exalar na vida o bom perfume do Seu Filho, de modo que todos que passarem por nós percebam este bom aroma.
Sim Senhor nós nos esforçaremos para no chão da vida fazer a liberdade conquistada por seu Filho na Cruz e não nos prenderemos a nenhum jugo institucional, pois, aceitamos o seu jugo que é leve e trocamos o fardo pesado da lei por seu fardo gracioso.
Sim Senhor faremos de tudo pra enxergar em tudo e em todos sinais do Reino.
Sim Senhor não seremos juízes de ninguém.
Sim Senhor participaremos de tudo, mas, como pacificadores.
Sim Senhor não nos envolveremos em questões tolas, em debates vazios, em discussões pequenas, em rodas onde Seu Nome não é o Nome.
Sim Senhor, nós amaremos às ultimas consequências.
Sim Senhor nós perdoaremos até os que são considerados imperdoáveis.
Sim Senhor todos entre nós serão tratados como iguais.
Sim Senhor não haverá entre nós hierarquias, postos, cargos, funções que subjuguem outros.
Sim Senhor entre nós a única autoridade, a única unção, a única cobertura, a única revelação é a que vem do seu Filho, o Cordeiro que foi sacrificado na fundação dos tempos.
Enfim, somos os que entenderam que conversão radical é aquela que só sabe dizer SIM SENHOR.
Somos os que só sabem dar razão a Deus, pois, Ele é o Senhor, o único.
Entre nós, todos são bem-vindos.
São bem-vindos para só um encontro. Para ficar. Para sair. Para voltar.
São bem-vindos livres e livres para ser bem-vindos.
É assim que é.
Graça, paz & bem.

Beijos com carinho e responsabilidade.

Carlos Bregantim

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quarta-feira, 25 de março de 2009

ESTRADA & CAMINHO



SALMO 84

INTRODUÇÃO

Esse é o salmo do peregrino. É o salmo que inspirou muitas gerações de pessoas na terra de Israel que reuniam-se uma vez no ano para irem ao templo adorar a Deus. Esse era o salmo do caminhante, era o salmo da jornada, o salmo da estrada. A medida em que eles iam se aproximando do templo, as alegrias do coração se manifestavam e o salmo era falado como uma jornada do caminho, como uma confissão da estrada de quem queria chegar num lugar da adoração. Nós não somos hoje pessoas do templo, o templo somos nós, não temos nenhuma devoção por pedras, colunas... Somos santuário de Deus, somos habitação de Deus no Espírito. Portanto, a leitura desse salmo já não nos serve como uma inspiração para quem está indo a um lugar de culto; seria de uma pobreza primitiva enorme a gente pensar assim. Mas, é sobretudo uma viagem existencial para esse lugar aonde Deus tem o seu pouso em nós e aonde nós temos o nosso pouso em Deus, aonde a gente se aninha em Deus no caminho.

"Quão amáveis são teus tabernáculos, Senhor dos Exércitos!

A minha alma suspira e desfalece pelos átrios do Senhor; o meu coração e a minha carne exultam pelo Deus vivo!

O pardal encontrou casa, e a andorinha, ninho para si, onde acolha os seus filhotes;

eu, os teus altares, Senhor dos Exércitos, Rei meu e Deus meu!

Bem-aventurados os que habitam em tua casa; louvam-te perpetuamente.

Bem-aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração se encontram os caminhos aplanados, o qual, passando pelo vale árido, faz dele um manancial; de bênçãos o cobre a primeira chuva.

Vão indo de força em força; cada um deles aparece diante de Deus em Sião. Senhor, Deus dos Exércitos, escuta-me a oração; presta ouvidos, ó Deus de Jacó! Olha, ó Deus, escudo nosso, e contempla o rosto do teu ungido.

Pois um dia nos teus átrios vale mais que mil; prefiro estar à porta da casa do meu Deus, a permanecer nas tendas da perversidade. Porque o Senhor Deus é sol e escudo; o Senhor dá graça e glória; nenhum bem sonega aos que andam retamente.

Ó Senhor dos Exércitos, feliz o homem que em ti confia."


A GRANDE QUESTÃO DO CAMINHO, É COMO VOCÊ ANDA NO CAMINHO.

A gente costuma associar a vida a uma estrada... Há aqueles jargões cansativos que toda hora nos acomete do tipo: na estrada da vida. E é, sem dúvida alguma, algo útil para nós, pensar que a vida é alguma coisa que se assemelha a uma estrada. A imagem da estrada é útil para entendermos a idéia do caminho. É útil porque aponta numa direção, numa via, e é útil porque há um caminho na estrada, mas não há uma estrada no caminho. Ou seja, a imagem da estrada me remete para o fato de que estou andando na direção de algum lugar, isso me é útil porque na vida não existe essa opção de não se estar andando. Não existe essa chance de não ser e de não ir. De outro lado, essa imagem da estrada é útil para nós porque nos mostra isso.

No caminho de Deus que a gente anda, não existe uma estrada fixa, de modo algum. Na mente da gente, na maioria das vezes, quando se pensa em andar com Deus, o que se apresenta é uma idéia de uma estrada fixa. Aí alguém chega e diz assim: "Jesus é o caminho". Aí o sujeito imagina Jesus como sendo a BR-1 de Deus, um caminho fixo. Aí você diz: "Como é esse caminho?". Então a pessoa te apresenta o manual de doutrinas, e você aprende aquelas doutrinas. Chega até o ponto de pensar que Deus não te ouviu, se você não mencionar a Trindade na oração: "Pai eu te peço em nome do teu Filho, no poder do Espírito Santo". Se não usar as três nomenclaturas, Deus ficou chateado. Já vi gente ser interrompida ou, após uma oração, receber admoestação de alguém que disse: "Escuta, você não falou em nome de Jesus". Porque se você não completar o pacote da estrada com todas as sinalizações dela, parece que você não está indo a lugar nenhum.

Nesse sentido, a imagem da estrada não nos ajuda, porque nós não estamos caminhando num caminho fixo. Ele disse: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida". Não há fixidez, o que há é movimento na Verdade que conduz a gente na direção da Vida sempre. A estrada física conforme eu lhes disse é fixa. O caminho espiritual, por seu turno, é vivo e não é fixo. No caminho espiritual não existe fixidez da estrada, ou seja, o modo de caminhar e ver a estrada espiritualmente muda o caminhante e muda a estrada. Numa estrada física, fixa, não interessa como o caminhante caminha, a estrada é a mesma. Ele pode caminhar de maneira apressada, ou lenta, agitada, angustiada, calma, contemplativa, olhando em volta ou de maneira completamente alienada, a estrada é a mesma... Ele pode botar no automático e deixar ir. No mundo espiritual, no entanto, não é assim, não existe absolutamente nenhum chão fixo, por isso é que o justo vive pela fé, pisa no chão da fé e sabe sobretudo isto: o modo de caminhar e ver a estrada espiritualmente, muda o caminhante e muda a estrada. A estrada, acerca da qual a gente está falando hoje, é a existência de cada um de nós. Cada um de nós está numa estrada.

COMO É QUE A GENTE ESTÁ CAMINHANDO NESSA ESTRADA?

A estrada é chamada à existência, conforme o caminho do caminhante.

Isso que é extraordinário, porque a minha estrada não existe por si só, ela é chamada à existência conforme o meu caminhar. A estrada é conforme ela é andada, essa que é a verdade! Nesse sentido, a estrada física-fixa fica pobre para ilustrar o caminho espiritual. A estrada física não muda com os caminhantes, ela permanece a mesma. Mas a estrada espiritual é feita pelo andar do caminhante, é produzida pelos teus pés. Por isso não se pode apenas dizer para alguém: "Olha só, vê ali, Jesus é o caminho, anda nele". Porque isso não vai significar absolutamente nada para pessoa, a menos que a pessoa ande e experimente. Nós, cristãos, temos uma mentalidade religiosa que nos faz pensar em Jesus como Caminho relacionado a alguma coisa que se assemelha a uma estrada física e fixa. Mas não é. E aí é que está o engano, e é aí que as coisas vão ficando pedradas dentro de nós. Por que a gente fica pensando que pela entrada na igreja, pela via do batismo, pelo aprendizado dos nossos jargões, dos nossos chavões, pela capacidade que a gente tem de papagaiar e repetir coisas que a gente ouve, ou simplesmente, porque nós fomos batizados e temos o nome arrolado num rol de membros de uma igreja ou participamos de determinadas formas de culto com certa regularidade e nos dizemos cristãos, nós somos de Jesus. E não é. Não existe fixidez no caminho de Cristo a menos que você ande nele. Não é possível você simplesmente dizer: eu sou de Jesus; se você não anda no Caminho.

Essa mentalidade religiosa é que pensa no caminho de Jesus como se fosse uma estrada e que a gente pode botar o pé nela e andar do jeito que quiser. No caso da estrada, se a gente for andando, dado o tempo e o espaço, a gente chega lá. Todavia, o caminho espiritual não é assim. Você pode ter tido todas as informações que lhe façam pensar que Jesus é o Caminho, mas se você não andar conforme o Caminho, você não está no Caminho. E é aí que o bicho pega dentro de nós. O interessante é que a estrada física, como eu disse, não muda com os caminhantes, mas a estrada espiritual é feita pelo caminhante.

E aí eu queria que você pensasse comigo no seguinte: Lembra da parábola do bom samaritano? Ela ilustra perfeitamente o que estou querendo dizer, antes de chegar no salmo. O que a gente tem ali é um caminho, uma estrada, que ia de Jerusalém para Jericó... mesma estrada... está fixa lá até hoje. Você pode fazer o caminho romano antigo dos dias de Jesus até os dias de hoje, ela esta lá, com pedras daquele tempo, com cenários que não mudaram, uma estrada. Aí Jesus disse que, naquela estrada aconteceu uma coisa que envolveu cinco pessoas. Uma mesma estrada, cinco caminhos diferentes, uma mesma estrada que foi alterada pelo caminhar dos caminhantes. Um mesmo chão que virou chão diferente de acordo com a diferença da caminhada de cada um. O primeiro indivíduo que a gente encontra naquela estrada é um homem honesto, que saiu de casa e foi trabalhar. E no caminho para levantar o sustento para a vida, uma tragédia o acometeu. E ele foi deixado - largado, caído, assaltado, ferido, roubado, depravado e privado dos seus bens e do que tinha - ali abandonado. Caminho de um homem honesto roubado e largado na estrada. Tem um segundo homem nessa história, nessa estrada, é aquele que encontra o honesto que vem andando, querendo levantar o sustento para levar para casa e o assalta. Mesma estrada, um segundo caminho, caminho de violência, de expropriação, de covardia, de aproveitamento, de roubo, de engano. Mesma estrada, um homem honesto caído, um assaltante que se aproveitou da vida dele, e fez o seu próprio caminho. Aí passa uma terceira figura, um sacerdote, mesma estrada um terceiro caminho. O sacerdote vem e olha o homem, passa de largo, segue o seu caminho, caminho da indiferença, o caminho da incapacidade de se solidarizar, o caminho daquele que tem a sua agenda tão definida, que não tem espaço para qualquer parada. Esse é, sobretudo, o indivíduo que achava que a finalidade de cultuar a Deus num lugar sagrado, cumprindo uma liturgia, lhe era mais importante do que a parada para exercer a misericórdia com aquele que estava ali deitado. Uma mesma estrada, um outro caminho. Aí tem um quarto indivíduo que passa na mesma estrada, um levita. Ele viu o sacerdote passar e não fazer nada, e não fez nada também. Assumiu o caminho da omissão homicida, largou o indivíduo, fez que não viu, alienou-se, ligou o botão do auto-engano e se foi, insensível e impermeável. Aí vem um quinto indivíduo. Mesma estrada, um quinto caminho. Era um samaritano considerado herege pelos judeus, abominado pelo sacerdote e pelo levita. Mas ele passa e ele olha, e ele vê e ele se abaixa, ele socorre, ele cuida, ele pensa as feridas, trata delas, derrama sobre elas óleo e vinho. Cuida do indivíduo e o leva e o coloca numa estalagem e diz para o estalajadeiro: "Eu estou deixando aqui dinheiro, e se não for o suficiente, bota tudo na minha conta, porque quando eu passar de volta eu vou quitar tudo". A estrada para o primeiro homem era um meio de vida e ele caiu nela. Para o segundo homem era um meio de se aproveitar dos recursos do outro, era o caminho do aproveitamento e do engano. Para o terceiro homem, o sacerdote, era apenas uma estrada banal, aonde o que quer que acontecesse não lhe dizia respeito, porque ele era um desses indivíduos que se deslocava de um ponto para o outro e o que acontece no meio para ele não existe, ele é indiferente à vida. O outro é omisso, ele sempre olha para quem ele acha que lhe é superior na hierarquia, e diz: "Se ele não fez, porque que eu tenho que fazer". E há um aqui, para quem o caminho é o lugar de misericórdia, é o lugar onde a graça pode se manifestar e aonde o amor de Deus pode ser encarnado. Uma única estrada com caminhos diferentes. Isso nos ajuda entender e a discernir uma coisa fundamental para nós hoje: O caminho é chamado à existência pelo modo como eu ando.

Nós estamos todos aqui reunidos em Brasília, no Hotel Fenícia, cada um veio de casa, e eu não sei o que vocês deixaram em casa. Mas eu sei uma coisa, que ainda que a vida seja completamente idêntica para nós, nós todos temos diferentes caminhos de vida. Você olha em volta e você vê pessoas tendo as mesmas oportunidades, respondendo a elas de modo completamente distinto, e vê pessoas não tendo oportunidades e respondendo a essas não-oportunidades de modo também completamente distinto. Anteontem, eu recebi uma carta quando eu ia chegando aqui. Um rapaz extremamente discreto me deu essa cartinha e falou: "Por favor leia, mas leia, leia mesmo". Eu já estava atrasado, entrando, e só dei um sorriso para ele e botei a carta no bolso. E a carta dele está aqui. Olha só como uma estrada que podia ser miserável se transforma num caminho de vida, por causa do pé de quem pisa, de como pisa, de como vê, de como enxerga, de como interpreta e de como chama coisa a existência para sua própria vida. "Estou lhe escrevendo essa breve carta a fim de externar o quanto sou grato a Deus pela sua vida, gostaria muito de um dia poder compartilhar com você de maneira mais detalhada minha caminhada. Pude saber quem era o meu pai biológico e conhecê-lo, foi uma experiência libertadora quanto a rejeição que tenho por parte do meu verdadeiro pai humano. Meu pai tem, o primeiro deles, a saúde regular apesar da doença e minha mãe nunca pegou uma gripe sequer por causa do HIV, isso é motivo de alegria. Deus tem feito muito em mim e o sonho que tenho como oração diante Dele é que eu me veja pacificado, fazendo de minha própria vida uma mensagem, mesmo que doa, assim como doeu aos profetas do Antigo Testamento. E assim como sei que tem doído em você. Mais uma vez muito obrigado Caio".

Agora, pense em você. Eu faço atendimento de pessoas, e às vezes, a vontade que me dá é dar uma surra no cara. Tem pai em casa, mãe em casa, tudo bem, tudo certo, tudo legal, trabalho, emprego, saúde... Aí, há complexo para tudo que é lado, quanto mais a vida vai melhorando, mais complexificadas as pessoas vão ficando, mais cheias de manias. Lá na minha terra no Amazonas, nas barrancas dos rios, não existe depressão, o cara tem que cuidar de comer o pão, ralar mandioca, pescar de sol a sol, não tem tempo para se deprimir. Ou ele sai para trabalhar ou ele não come. Mas entre nós é diferente. A vida vai ficando mais complexa, a luxúria começa a habitar a alma, se instala no espírito como insatisfação crônica, e aí não interessa o que o indivíduo tem na estrada, a estrada pode ser a favor dele, pode ser ladeira abaixo, pode ser pastos verdejantes, pode ser como for. Aonde, ele puser o pé a estrada vai mudar, porque ele chama a existência o seu próprio caminho. Agora, você tem aqui, um cara com tudo para não estar se sentindo grato, para estar pedindo aconselhamento. Mas, ele chamou a existência um outro caminho, apesar da estrada ter sido perversa. A estrada foi horrível, mas o caminho está sendo lindo. A mesma estrada, a mesma vida, o mesmo chão, a mesma existência sob o mesmo sol, cercados pelas mesmas circunstâncias, caminhos diferentes. Porque o caminho está dentro de mim, o caminho está dentro de você. Isso foi só uma introdução para a gente chegar no salmo (risos). Só que eu prometo que eu serei mais rápido do que nunca.

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Quando a gente olha para o Salmo 84, vê que ele nos dá esse referencial, de como é que a gente - andando na estrada, qualquer estrada, na estrada comum, na estrada de todos - pode ir tecendo nosso próprio caminho.

COMO FAZER NOSSO CAMINHO NA ESTRADA?

1- Em primeiro lugar, ele diz que isso acontece quando eu carrego meu ser enternecido Ter um ser enternecido é a primeira coisa. Gente amargurada, vai pisar em chão de amargura, qualquer que seja o caminho. O salmo fala de um coração enternecido. "Quão amáveis são teus tabernáculos, a minha alma suspira e desfalece", ele está apaixonado, "o meu coração e minha carne exultam pelo Deus vivo". O que você tem aqui, existencialmente falando, é um ser enternecido por Deus.

2- E, em segundo lugar, o salmo ensina que qualquer que seja a estrada pode virar caminho bom e caminho de Deus, se eu ando com a segurança de quem, se sabe, sendo capaz de encontrar pouso, refúgio, agasalho, apenas em Deus. Essa carta, que eu li hoje aqui, é de um indivíduo, que com doze anos disse que foi visitado por uma plenitude que ele não sabia nem qual era. Depois falou em línguas, ele disse: "O menor dos dons, e eu não achava que nem era crente o suficiente para receber aquilo, por causa da mentalidade de causa e efeito, de legalismo". Mas Deus violou o legalismo da criança, e derramou a graça dele sobre ela, razão pela qual hoje aos 24 anos de idade, a estrada é perversa, mas o caminho dele é bom. Olha só o que diz o verso

3- "O pardal encontrou casa, e a andorinha ninho para si, eu encontrei os teus altares Senhor dos Exércitos". Essa segurança de quem pousa no ninho de Deus, Deus é meu pouso. Boa parte da razão pelo qual a estrada se torna insuportável, é porque a gente vive fantasiando, e criando e projetando, e imaginando e elocubrando coisas e cenários e situações que não são reais. E a gente faz sempre isso para o lado de fora, a vida só nos é boa se ela for pintada com um cenário exterior que nos agrade. E quando isso acontece na maioria das vezes, a gente vem a descobrir que o mundo pode estar pintado de paraísos, se você não carregar no peito o caminho da vida, tudo vai perecer e desvanecer diante de você. O coração encontra significado no caminho quando ele diz para si mesmo:"Eu não tenho bem nenhum senão a Ti Senhor. Tu és meu pouso". Quando Deus é meu pouso, quando Nele eu tenho meu tesouro, o meu refugio, o meu ninho, o meu agasalho, aí nada me faltará. Quando eu acho que as coisas que me faltam, me precisam ser dadas para que eu me sinta satisfeito, eu posso ter todas as coisas e jamais estarei satisfeito. No entanto, no dia em que meu coração estiver enternecido por Deus e que todo meu sentido de segurança, de agasalho, de carinho, de conforto, de aconchego estiver Nele, não importa qual seja a estrada, vai virar um caminho de vida.

4 - Mais do que isso, o salmo diz que a estrada se transforma num caminho de vida quando eu carrego dentro de mim um louvor existencial na casa do meu ser. Olha só que diz o verso 4: "Bem-aventurado Senhor os que habitam em tua casa, louvam-te perpetuamente". Lá no Velho Testamento, eu disse que era um caminho na direção do templo, hoje o templo está aqui. E é um chamado para um caminhar existencial de contentamento, aonde a gente olha a vida com outros olhos e aí qualquer estrada vai virar caminho de vida.

5 - E além disso, qualquer estrada vira caminho de vida, quando eu levo em mim a atitude de quem transforma vales áridos em mananciais. Olha os versos 5 e 6: "Bem-aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração se encontram os caminhos aplanados, o qual passando pelo vale árido faz dele um manancial, de bençãos o cobre a primeira chuva". Esse vale árido, lá no texto hebraico é chamado de vale de Baca, uma das alusões a ele está lá no livro de Juízes, quando se diz que o povo chorou em Boquim, depois que tinham pecado contra Deus e o anjo do Senhor veio e falou com eles face a face e eles choraram muito e chamaram aquele lugar de Boquim. É daí que vem a derivação para o Baca. Ele diz que bem-aventurado é aquele que passando pelo vale de Baca faz dele um manancial. ‘Vale de Baca’ era o vale de lágrimas, é o lugar aonde os chorões cresciam e crescem. Até hoje das imediações de Jerusalém, quando você chega no vale de Efraim, você ainda vê uma quantidade enorme de salgueiros e de chorões e também de árvores que derramam uma resina, daí o nome ter sido vale das lágrimas também, tanto por causa da ocorrência no livro de Juízes, como também por causa desse significado vegetal de um lugar aonde as plantas choram. O caminho para o templo passa por ali, que é também vale dos gigantes, vale de Efraim. E se diz: Bem-aventurado é homem que passando pelo vale de Baca, o vale árido, faz dele um manancial, de bençãos o cobre as primeiras chuvas. Mesma estrada, mas o caminho pode ser diferente. Estou dizendo isto porque eu fico chocado com o fato de que todos os dias eu ouço gente dizendo que é de Jesus e que está no caminho, mas você olha para vida do indivíduo... E isso não tem nada haver com ter, com possuir, com adquirir, com crescer do ponto de vista material. Tudo isso é ‘bobajada’ que vem sendo ensinada por nós e para nós nas ultimas décadas. Todo essas coisas tem o seu lugar mínimo e Jesus disse que se nós nos atrelarmos muito a elas, corremos o risco de perder a alma e o coração. Elas estão ao nosso serviço e não nós serviço delas, e muito menos tendo-as como bens do nosso ser. Fazer isso é caminho de destruição, mas eu fico vendo as pessoas dizendo: eu tenho Jesus, eu sou alguém que crê nele. Mas como alguém disse hoje de manhã na hora do almoço: mas a gente não vê os resultados, não aparece nenhum resultado. Andar no caminho tem que produzir resultado. Se eu não puder ser de Jesus e na hora de passar no vale árido, no vale de Baca, no vale de lágrimas, transforma-lo num manancial, que fé é essa que me anima? Que caminho é este? Se eu não puder enfrentar a dor, a perda, a lágrima, com um bálsamo da Graça de Deus. Se eu não puder ter dentro do coração: a visão, a imagem, a fé, a certeza, a esperança de que eu posso cavar poços no deserto, porque Deus na sua Graça vai enchê-los, vai chover sobre eles, a minha estrada vai ser sempre uma estrada de morte, de amargura, de frustração, de decepção, de perda, nunca será caminho de vida, jamais.

6 - A estrada vira caminho de vida também, quando eu levo em mim a consciência da mutualidade como mandamento da jornada. Ou seja, eu não estou andando só, eu preciso de você, e você de mim, é nessa troca que a gente vai. Subitamente o texto passa a ser plural no verso 7, e diz: "Vão indo de força em força, cada um deles aparece diante de Deus em Sião". É um ajudando o outro. Nesse caminho, infelizmente, o que a gente mais encontra é um passando a perna no outro, julgando o outro, medindo o outro, avaliando o outro, por isso que não é caminho, é só estrada. O que a gente precisa admitir é que a maioria de nós não está no caminho, a gente está na estrada da religião, e na estrada da religião é assim olho aberto. Conforme Jesus disse: símplices como as pombas e prudentes como as serpentes, porque tem fariseu na reta. Religião não te oferece um caminho, te oferece uma estrada e é bom você ser esperto. Agora nós estamos falando de caminho, e no caminho “um ao outro ajudou e ao seu próximo disse: Sê forte!” No caminho um levanta o outro. No caminho a gente não quer saber quem é o indivíduo caído, a gente só quer saber que ele está caído. No caminho o samaritano é o herói da história do amor fraternal. E ele não faz perguntas. No caminho não existe discussão religiosa, no caminho ninguém diz: "Você aceita Jesus antes de eu lhe fazer este bem?". No caminho ninguém diz: "Os assaltantes o assaltaram porque você não estava com o anjo do Senhor acampado ao seu redor". No caminho ninguém diz: "Olha se você fizesse a confissão positiva e dissesse: Eu declaro bandido, tu estás amarrado. Ele não teria te assaltado". No caminho a gente levanta, a gente se dobra, a gente cuida, a gente não faz perguntas, a gente carrega, a gente leva. No caminho não tem proselitismo, não tem prosa, não tem conversa fiada, tem ação, tem amor, tem misericórdia, tem graça, tem vida, tem gesto. A maioria de nós está na estrada da religião cristã, poucos de nós estamos andando no caminho de Jesus, e é só quando nos dermos conta disso que temos alguma chance de ser salvo da estrada, para poder, no chão da vida, ver o caminho mudar debaixo de nossos pés. Porque é o caminho da fé que chama o próprio caminho da vida à existência para nós.

7 - E ainda, a estrada vira caminho, quando a gente leva consigo a certeza, de que há o Deus de poder na nossa vida e de graça nesse caminho. Os versos 8 e 9 fazem essa evocação dessas duas realidades de Deus: Senhor Deus dos Exércitos, dos Exércitos, do poder, escuta minha oração, presta ouvidos, ó Deus de Jacó - do cara ambíguo, o Deus do ‘vermezinho’, o Deus do homem que tem luz e que tem sombras, o indivíduo que carrega todas as dualidades da vida. No caminho, eu sei que eu conto com essa assistência: há poder e há graça. Isso não é retórica, isso é fato. E bem-aventurado é aquele que crê nisso e toma posse disso.

8 - E a estrada seja ela qual for, vira caminho de vida, se eu ando com a consciência de que o que vale na vida não é quantidade, mas é qualidade. Eu achei tão bonitinho quando ele disse: "Passei aqui no concurso público e agora eu posso manter a mim mesmo". “Manter a mim mesmo!” Nós estamos tão empedernidos que a gente não consegue mais nem ter a sensibilidade de discernir a benção que significa manter a si mesmo. Comer o pão com dignidade, beber com dignidade. A gente acha que se for de Deus uma mansão nos aguarda no lago. Se você tiver aleluia! Convide os irmãos, me chame para ir lá eu vou com muita alegria. Mas pelo amor de Deus, não faça disso seu sonho de consumo. Paulo disse: "Tendo com que comer e beber, e vestir, e viver com dignidade, sejamos gratos". Bela essa singeleza: Deus me deu os meios de poder manter a mim mesmo. Essa gratidão muda todo o cenário no caminho. Quem não consegue olhar para vida com contentamento, jamais vai se contentar com coisa alguma na vida. "Eu aprendi a viver contente em toda e qualquer situação, tanto sei estar humilhado como ser honrado, tenho experiência de tudo, tanto de abundância quanto de escassez. Tudo posso Naquele que me fortalece". O que este cara está dizendo, é que tanto faz a cara da estrada, ele faz o caminho com contentamento no coração. O verso 10 nos diz isso: "Pois um dia nos teus átrios, vale mais do que mil". Qualidade vale mais do que quantidade. Prefiro estar a porta da casa do meu Deus, a permanecer nas tendas da perversidade.

9 - E por último, a estrada se transforma no bom caminho quando eu ando com a certeza de que Deus é a luz do meu caminho, é o escudo, é a proteção da minha jornada. E que Nele eu posso confiar sem duvidar, porque Ele não sonega sua graça a mim, nem a ninguém. E a provisão de Deus para mim é sempre: bem. Olha só os versos 11 e 12: "Porque o Senhor Deus é sol". Sol, o Senhor Deus é sol. Você vai andar nesse caminho seja qual for a estrada, pode ter certeza alguns vão dizer: não estou vendo nada. Mas se você estiver andando no caminho conforme aquele que faz o seu caminho pisando no chão da graça e da misericórdia, esse vai dizer: "O Senhor Deus é sol e escudo, o Senhor dá graça e glória, nenhum bem sonega aos que andam retamente. Ó Senhor dos Exércitos, feliz o homem que em Ti confia".

CONCLUSÃO

Eu falei tudo isso apenas para falar o que vou dizer agora, e se você não ouvir o que eu vou dizer agora, não interessa o quanto você ouviu do que eu disse antes. O que eu quero te dizer com o meu coração mais amigo, mais irmão, é que a maioria de nós, apenas existe na estrada da religião. Para maioria de nós, Jesus é o líder da religião cristã. Por isso a gente não devia nem ficar chateado quando ele é colocado naquela lista dos 100 mais. Eu vejo os crentes chateados: botaram Jesus na lista dos 100 mais, das 100 maiores personalidades da civilização humana. Eu digo: bem feito, vocês é que fizeram dele o líder do cristianismo. Então ele é colega de Maomé, de Buda, de Confúcio, de Zoroastro, de Kardec, ou de qualquer outro líder que apareça por aí. Esse é o Jesus da estrada, esse é o Jesus que a gente oferece num catecismo, que a gente dá num livrinho de discipulado. (Acho engraçado essa história de discipulado. O que que você está fazendo? "Discipulado". O que é isso? "Eu me reúno de segunda, quarta e sexta, com uma irmãzinha que abre aquele manual que o pastor escreveu, mal escrito. Na maioria das vezes, ele não sabe nem o que está acontecendo, ele copiou de algum americano, que é mestre em fazer receita. Porque os Estados Unidos foram os que desenvolveram essa fé de liquidificador, de manual eletrônico: quatros passos para salvação, doze para prosperidade, sete para pacificação, é tudo assim. É a fé da estrada. "Curva perigosa". "Chão derrapante". "Posto de gasolina a 30 km": é o congresso para qual o indivíduo vai. "Fast-food" é o culto. "Shopping a direita": são algumas igrejas que só vendem fetiche. Aí o cara fica pensando que isso é andar com Jesus. Discipulado... Onde é que se já viu discipulado ser 12 lições, 24, 320. Jesus disse “segue-me pela vida”, gente. Discipulado é aprendendo, quebrando a cara, arrebentando dente, levantando, socorrendo o caído que não tem nome, sendo socorrido na hora que você não esperou que ia cair. É aprendendo...) O Caminho gera Verdade, e a Verdade acontece na Vida. Não é nenhum outro manual. O caminho de Jesus é na vida. Discípulos de Jesus são formados não em cursos, mas no curso da existência.

A maioria de nós ainda está na estrada da religião. O convite de Jesus é para você vir para o caminho da vida. E aí você vai descobrir que a estrada é mesma, que a vida é perversa, que a existência é absurda, que há todas as razões para ser nauseante e insuportável; que não há justiça mesmo, que as injustiças grassam, que o trabalhador pode sair para trabalhar e ser assaltado, o assaltante pode estar o tempo todo de olho simplesmente para ver a melhor hora de te tomar tudo. É o caminho dele, na estrada que é tua. O sacerdote pode passar e dizer: ‘Esse aí já não tem mais o que dar, se ele estivesse pelo menos rico, eu iria ajudar para ver se ele dava uma oferta lá na sinagoga.’ Aí vem o levita, "Eu sou discípulo do sacerdote", ele diz. "O sacerdote não fez nada, eu não vou fazer nada também, esse aqui não é o meu caminho". Ele pode até espiritualizar: "Não é a minha vocação". Está tudo tão esquizofrenizado, que o cara diz: "Não, o Senhor me chamou para interceder, eu vou andando pelo caminho, intercedendo por ele, que o Senhor mande alguém que cuide dele". Ai a gente fica achando, que nós somos os bons desta vida. E Deus ironicamente, Jesus de maneira irônica e caustica, elegeu para ser o herói do caminho, o anti-herói da nossa estrada. O samaritano, o herege, é o anti-herói da estrada da religião, e é o herói do caminho da vida. Hoje o que eu queria é que você fizesse uma decisão: se você quer continuar a ser um cara da estrada ou se você quer ser do caminho. Não há nenhuma promessa de que o mundo vai mudar, Jesus disse: "No mundo tereis aflições". A profecia está feita. "Mas tende bom ânimo, eu venci mundo".

O milagre é que a estrada pode ser a mesma, mas o caminho será diferente. Porque você vai chamar o caminho à existência, conforme você pisa no chão da vida. Acaba aqui também a lamúria, o queixume. "Ai meu Deus porque que a vida foi tão madrasta para mim, quanta injustiça que eu sofro, logo eu que sou essa mulher devota, e santificada, que me preservo para o Senhor e só encontro canalha".

Minha querida na estrada está cheio de canalha. Por que você não chama a existência o seu caminho, pisando de outra forma, olhando de outro modo, discernindo por outra perspectiva, entendo a si mesmo e aquilo que significa valor para você de outra forma? Hoje eu queria em nome do Senhor Jesus, convidar você a dizer: "Senhor, a estrada é comum para todos nós, ajuda-me a fazer o caminha da vida. E eu não quero ser um indivíduo da estrada religião que é física e é fixa. Eu quero caminhar no caminho da vida e da verdade em Jesus". Porque o caminho muda, conforme eu mudo no caminho, e o meu caminho vai mudar, conforme eu olho o caminho mudado. Bem-aventurado é o homem que passa vale árido e faz dele um manancial. Ele carrega no coração os caminhos aplanados. O caminho só muda do lado de fora, quando ele muda do lado de dentro. Não existe nenhum caminho do lado de fora que vai lhe ser bom, a menos que você carregue um bom caminho no coração.

Esqueça a Jesus como estrada doutrinária e fixa. Ande no caminho vivo, onde o que vale é o seu modo de caminhar. Como é que você tem caminhado? O que vale é o seu modo de caminhar. É só o que vale, meu querido, é o seu modo de caminhar.

A gente fica pensando que o que faz diferença é o QI. Nós somos muito bobos. Os seres mais maravilhosos que eu conheço chegam a ser quase estúpidos do ponto de vista do QI. São os Forrest Gump que estão por aí, que podem simplesmente dizer: olha, eu não sei muita coisa, mas eu sei o que é amar. O que importa é o seu modo de caminhar. A gente fica invejando o caminho dos perversos, dos malfeitores, fica com dor de cotovelo porque o cara é ladrão. "Ó Senhor porque Tu não me visita com a prosperidade do fulano". Você sabe quem é o fulano? Ele é o assaltante da estrada, meu amigo. Nessa estrada se você não tiver opção, se você não puder ser o bom Samaritano, peça a Deus para ser o roubado. Sério! Se você não puder ser o bom Samaritano, só não seja o bom Samaritano se você for o roubado. Porque ainda está em mil vezes melhor situação do que o sacerdote, o levita e o ladrão. Mas tem gente pedindo a Deus a benção de ser o ladrão. Quando eu fico vendo, de quem que as pessoas tem inveja, elas tem inveja do ladrão, do ladrão religioso, do ladrão político, do ladrão em vários lugares, em várias situações da vida. Ladrão existencial. Porque o modo do caminho que você ambiciona é o modo da morte. Tem gente que ambiciona o caminho do sacerdote, é aquele cara tão imponente. O sonho de consumo de alguns pastores é andarem cercados de 5 seguranças. "Olha que maravilha, tenho um carro blindado". Você pode imaginar um negócio desse, um homem de Deus que sonha em ter um carro blindado. O que eu já vi e ouvi de pastores dizendo assim: "O Senhor tem nos abençoado muito, a nossa igreja cresceu muito, cresceu tanto que inclusive eu tive que contratar 5 seguranças". O sonho dessa cara é ser o sacerdote. Que caminho é esse? Ou o do levita, o egoísta, só pensa na sobrevivência e na alto preservação, o negócio dele é: não me tocou tá bom, to nem aí, to nem aí, to nem aí.

Nessa estrada só tem dois caminhos de vida, ou do cara que quase foi morto porque estava andando no caminho da dignidade, ou do outro que não teve medo de ser morto porque estava andando no caminho da misericórdia. Isso muda tudo, altera tudo gente, você passar a olhar a vida assim. Teu pai não vai mudar, nem a tua mãe necessariamente, nem os vizinhos, nem a escola, nem o trabalho, mas você vai mudar, e o seu caminho vai mudar de maneira assustadora.

Eu passei por muita coisa difícil nos últimos 7 anos, eu podia ter ficado completamente amargo, ter adoecido, irrecuperavelmente triste. Mas eu encontrei os teus altares Senhor dos Exércitos, Rei meu e Deus meu.

Faz 3 meses que eu perdi um filho... amado! Estou morrendo de saudade dele... estou aqui com perfume dele... esse cheirinho aqui é dele... do perfume dele.

Mas a vida tá bonita!

Porque o caminho não é a estrada que faz, você é que faz. Na estrada pode acontecer tudo, mas tudo que aconteça não será nada, se não acontecer contigo, ou se você processar como vida, e não como morte.

O caminho de Deus é caminho de graça, de misericórdia, quem olha a vida com graça e com misericórdia, jamais ficará amargo. Sempre vai entender que por trás de qualquer tranco, tem bondade, tem um bem guardado, tem um tesouro oculto, tem no mínimo uma palavra que diz: "o que eu faço tu não sabes agora, compreendê-lo-ás depois".

Aí você começa a descobrir que seu coração vai melhorando, que a sua visão vai ficando mais clara, que o que tem valor salta, que o que não tem valor fenece. Aí você começa a descobrir que você não precisa de nada além de um ninho, e que esse ninho está em Deus. Suas inseguranças vão diminuindo, os lugares estranhos vão ficando diferentes. Até aquilo que você abomina, na hora que o caminho muda dentro de você, a estrada fica diferente fora de você. Até aquilo que antes lhe parecia completamente intolerável e insuportável, perde o significado de intolerabilidade. Quando o caminho mudou em ti e você pela fé pisou com atitude de gratidão e de contentamento no chão para ver que o caminho esta sendo feito pela gratidão e nem a estrada ruim resiste a chegada desse novo caminho. Agora isto acontece com Jesus enquanto a gente vive. Para que isso aconteça, você não pode ter medo de viver, você vai ter que viver! E viver pela fé, e viver desassombradamente e viver como quem contabiliza todas as coisas como lucro. Lucro. Tudo é lucro no caminho, meu querido.

Se você ouviu e entendeu, e se o Espírito Santo falou com você e você hoje diz para si mesmo: "Ó Deus, me perdoa! A vida está tão feia, porque meus olhos são feios. A estrada está tão maligna, porque meus olhos estão impregnados de treva. Mas, eu aprendi hoje que o importante não é a estrada, o importante é como eu caminho. Ajuda-me a caminhar no caminho da vida, da gratidão, do contentamento, da fé, da misericórdia, da graça, e não deixe que eu fique impressionado com nenhuma estrada. Por que o importante é o modo como a gente caminha".

Daqui a uns anos a gente vai olhar para trás, e o que vai ficar não é a inteligência, nem a burrice, não é a riqueza e nem a pobreza, não é afluência e nem a escassez; a única coisa que vai ficar é o modo como você caminhou. João Batista teve a sua cabeça cortada e oferecida num banquete num prato para satisfazer a volúpia provocada por uma dança. Aparentemente um trágico fim, mas o modo do caminho dele, fez Jesus dizer: “Em verdade vos digo que dos nascidos de mulher ninguém foi como João”.

O que importa, meu querido, não é o que te façam; o que importa é o que você faz de você mesmo na presença de Deus. É o modo como você caminha. E se você hoje, recebeu o chamado do Espírito de Deus no fundo do seu ser, para não ficar mais impressionado com a estrada, vai fazer um compromisso de um caminhar diferente, pela fé, sabendo que o que importa é o modo do caminhar. E que se a gente caminha, conforme o caminho, cada passo chama a existência uma coisa nova e boa. Não importa qual seja a estrada, o caminho será de vida.

Se você ficou convencido disso e quer hoje, fazer a oração daqueles que pedem a Deus para desintoxicá-los da estrada, das exterioridades, da religião, das comparações, das invejas, das ambições malignas, das frustrações que projetam o tempo todo para nós alvos inalcançáveis, enquanto o individuo deixa de aproveitar o pão nosso de cada dia, e a alegria de hoje, e a celebração de Deus hoje. Sabendo que grande não foi Nabucodonozor, maior do que ele foi João Batista, que comia gafanhoto, bebia mel silvestre e vestia roupa de camelo.

Você tem que decidir se você quer uma estrada pavimentada, uma highway para os homens ou se você quer andar no caminho de Deus, onde a alma anda sempre rica não importa o que aconteça. Se você tomou essa decisão, isso vai revolucionar sua vida, vai mexer com todo sua existência. Se você olhar assim, apreciar assim, contemplar assim e souber que a vida vai em cada passo, está no modo, está no "como" da caminhada, aí bem-aventurado você será!

Caio Fábio

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QUEM É E QUEM NÃO É DO “CAMINHO DA GRAÇA”



O “Caminho da Graça” não existe, a menos que você o torne existente para você.

Tem gente que pensa que existe algo real com o nome de “Caminho da Graça”. Não. Tal coisa não existe. E jamais deixarei que exista.

Existe uma nomenclatura dada a um movimento de busca da simplicidade do Evangelho, o qual, entre nós, circunstancialmente, se chama “O Caminho da Graça”.

Mas não existe nada como as mulheres do “Caminho da Graça”, os adolescentes do “Caminho da Graça”, os jovens do “Caminho da Graça”, ou mesmo os mentores do “Caminho da Graça”.

Temos reuniões para gente: homens, mulheres, crianças, jovens, adolescentes e até para os adultos que se sentem eternamente meninos. Mas participar do grupo não faz da pessoa uma pessoa do “Caminho da Graça”, a menos que ela viva o Evangelho.

No “Caminho da Graça” somente é quem é; quem não é… pode freqüentar, estar em todas, mas não é.

Sim! Pois no “Caminho da Graça” apenas se dá valor ao que a pessoa faça de uso do bem do Evangelho para ela. Se fizer…, está no “Caminho da Graça”, se não fizer... pode fazer o que desejar, mas não é e não está no “Caminho da Graça”.

É por isto que não temos “membros”, nem “oficiais”, nem coisa alguma que dê à pessoa a ilusão de que por ter uma função oficial, isto faça dela uma pessoa especial.

Perguntam-me:

“Fulano é do “Caminho da Graça”?”

Respondo:

“Não sei. É?”

Então afirmam:

“É sim. Tá lá todo domingo!”

Respondo:

“O diabo também”.

Retrucam:

“Mas a pessoa da qual falo é de lá sim; diz que é seu discípulo e defende você em tudo!”

Respondo:

“Defender-me não o torna do “Caminho da Graça”. Ele será do “Caminho da Graça” apenas se andar com Jesus, o Caminho. No “Caminho da Graça” não temos ninguém que seja do “Caminho da Graça” apenas porque apareça, goste ou freqüente”.

Temos uma reunião ou mais. O nome do ajuntamento desses discípulos é “Caminho da Graça”. Mas o nome somente será mais que um nome se a pessoa viver o Caminho de Jesus, abraçar o Evangelho. Do contrário, é apenas uma pessoa freqüentando um ambiente no qual o Evangelho é pregado; embora a pessoa não seja do “Caminho da Graça”, a menos que se faça um ente de tal realidade pela simples seriedade com a qual trate o Evangelho em sua vida.

Assim, quando me dizem:

“Os jovens do “Caminho da Graça” ou os adolescentes do “Caminho da Graça” estão fazendo besteira”, eu digo:

“O Caminho da Graça” não tem a paternidade de ninguém. O “Caminho da Graça” não adota pessoas; pessoas é que adotam o “Caminho da Graça” quando se tornam discípulas de Jesus. Enquanto obedecerem ao Evangelho serão do “Caminho da Graça”, mas no dia em que desistirem do Evangelho como bem para as suas próprias vidas, nesse dia já não serão do “Caminho da Graça”.”

Por isto, no “Caminho da Graça” ninguém disciplina ninguém se você entender por disciplina aquilo que as “igrejas” fazem: afastar o membro.

No “Caminho da Graça” ninguém afasta ninguém, as pessoas se afastam quando não suportam mais o Evangelho.

E quando há dos que não assumem e nem se afastam, nada muda, pois, tem-se apenas uma pessoa ouvindo o Evangelho, e, em mim, sempre há a esperança de que a pessoa se converta.

O “Caminho da Graça” não assume nenhum papel de Xerife, ou de pai, ou mãe, ou de “igreja”; ou seja: de superego dos crentes!

No “Caminho da Graça” quem, sendo filho, tem pai e mãe, o “pastor” de tal pessoa jovem será o pai ou a mãe.

Ninguém é chamado para se explicar. A vida da pessoa a explica todo dia, para o bem e para o mal.

No máximo o que se faz é, ao se ver que uma pessoa não está andando conforme o Evangelho, apenas pedir que ela dê um tempo nas atividades publicas à frente de eventos ou coisas relacionadas ao “Caminho da Graça”, mas se insta com ela para que fique exposta à Palavra.

“O Caminho da Graça” apenas tem duas instancias de manifestação; uma grupal e densa e outra individual; ou seja: as reuniões do grupo e as ações dos indivíduos comprometidos com o Evangelho.

Não queremos ser uma comunidade/clube, na qual os membros se sintam pertencendo ao grupo.

No “Caminho da Graça” apenas queremos que as pessoas se exponham ao Evangelho. Se andarem juntas por gostarem da companhia umas das outras, que façam bom proveito. Mas não é por isto que se tornam mais do “Caminho da Graça” do que quem apenas ouve a Palavra e faz bom proveito dela em sua vida, sem jamais querer sair para comer uma pizza depois da reunião, que pode até ter sido “um culto”, no caso de todos os que dela participem tenham adorado a Deus em espírito e em verdade, no ato de cultuarem juntos.

Assim, um monte de adolescentes que andem pelas reuniões do “Caminho da Graça” não são os “Adolescentes do Caminho”, mas apenas um grupo de meninos que aparecem nas reuniões do “Caminho da Graça”.

Os do “Caminho da Graça” são os que, pela vida, confessam Jesus e o Evangelho. Os que assim não fazem são apenas pessoas que aparecem aos encontros, mas que nada fazem do bem do Evangelho em suas vidas; portanto, andam nas reuniões do “Caminho da Graça”, mas ainda não estão no Caminho.

Assim, no “Caminho da Graça” ninguém é a menos que seja; pois, se não for, não se tornará por nada neste mundo.

“O Caminho da Graça” não é um ajuntamento, antes de ser um conceito: O Evangelho.

Meu compromisso é apenas pregar sem falsificação o Evangelho. O que fazem com o que prego é decisão de cada um. Eu, todavia, não tenho membros e nem oficiais, pois, entre nós, só é oficial aquilo que se torna vivo pelo Evangelho todos os dias, e só é membro quem serve o próximo, não quem dá o dízimo ou vira bucha de reuniões sem sentido... para a pessoas que aparecem sem saber nem bem a razão.

Desde que “O Caminho da Graça” iniciou aqui em Brasília, e, depois, pelo Brasil e até em outros paises, já recebi cartas de pessoas me cobrando algo sobre o comportamento de alguém ou alguns que dizem ser do “Caminho da Graça”.

Minha resposta é sempre a mesma:

“Ele pode até freqüentar as reuniões, mas não é do Caminho, pois, no “Caminho da Graça” só é verdade o que for verdade em Jesus, o que não for, não faz ninguém se tornar do “Caminho da Graça”.

No Caminho de Jesus só é quem se faz ser todos os dias!

Quando você vir alguém se jactando que é do “Caminho da Graça”, não creia nele. Quem é do Caminho não se jacta de nada, apenas serve sem questões e sem argumentos.

Quando você vir alguém se dizendo do “Caminho da Graça” ao mesmo tempo em que negue o Evangelho na prática da vida, pode dizer: “Você freqüenta as reuniões do grupo o “Caminho da Graça”, mas você não é do “Caminho da Graça”, posto que não haja graça em seu caminhar”.

Perguntam-se:

O “Caminho da Graça” tem membros?

Respondo:

“Tem todos os que andam com Jesus segundo a simplicidade do Evangelho. Esses são os membros se forem membros do Corpo de Cristo, manifestando isso pela adesão de discípulo a Jesus”.

No dia em que se fizer a “conta” de quantos sejam os membros do “Caminho da Graça”, nesse dia o “Caminho da Graça” acabou.

A permanecia do “Caminho da Graça” dependerá totalmente de sua coragem de total impermanência.

Um grupo de gente que freqüenta o “Caminho da Graça” é apenas um monte de gente que freqüenta o “Caminho da Graça”.

Se estiverem fazendo o que é bom, bom será o que fizeram. Se estiverem fazendo o que é mal, mal será o que fizerem.

Simples assim.

Se passar disso, saiba: não é o “Caminho da Graça”; pois, entre nós tal é radicalidade existencial anunciada; se for, é; se não for, não é.

O resto é o velho fantasma da “igreja” assombrando os crentes ainda viciados em pertencer sem ser.

Ou então é o ardil de sempre do diabo, estimulando o individuo a pertencer [como se fosse possível] sem se tornar.

Em Jesus quem é, é; quem não é, não é.

É assim que é com Jesus. Por que deveria eu adotar outro critério?

Jamais!

Afinal, no “Caminho da Graça” não vale tudo e não vale nada, pois, só vale o Evangelho.

Assim, quem ama Jesus e anda no Evangelho, esse é do “Caminho da Graça”. Mas quem apenas acha legal ou pensa que vale tudo, esse saberá que no “Caminho da Graça” as coisas são ainda mais estreitas, pois, não se tem a ilusão nem dos números e nem dos membros...; posto que apenas sejam do “Caminho da Graça” os que sejam do único Caminho de Vida, Jesus.

Perguntam-me:

“No “Caminho da Graça” vale tudo?”

Respondo:

“Não! No “Caminho da Graça” só vale o que seja Evangelho; pois, o que não for... para nós não vale nada!”

Portanto, só é membro do “Caminho da Graça” quem se fizer ramo da Videira por conta própria, único modo de alguém se tornar ramo da Videira Verdadeira,

Nele,

Caio

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terça-feira, 24 de março de 2009

BORDADO DA VIDA



Quando eu era pequeno, minha mãe costurava muito. Eu me sentava no chão, olhava e perguntava o que ela estava fazendo. Ela respondia que estava bordando. Todo dia era a mesma pergunta e a mesma resposta. Observava seu trabalho de uma posição abaixo de onde ela se encontrava sentada, e repetia: “Mãe, o que a senhora está fazendo?”

Dizia-lhe que, de onde eu olhava, o que ela fazia me parecia muito estranho e confuso. Era um amontoado de nós e fios de cores diferentes, compridos, curtos, uns grossos e outros finos…Eu não entendia nada.

Ela sorria, olhava para baixo e gentilmente me explicava: “Filho, saia um pouco para brincar, e quando terminar meu trabalho eu chamo você e lhe coloco em meu colo. Deixarei que veja o trabalho de minha posição”.

Mas eu continuava a me perguntar lá de baixo: Por que ela usava alguns fios de cores escuras e outras claras? Por que me pareciam tão desordenados e embaraçados? Por que estavam tão cheios de nós e pontos? Por que não tinham ainda uma forma definida? Por que demorava tanto para fazer aquilo?

Um dia, quando eu estava brincando no quintal,ela me chamou. “Filho, venha aqui e sente em meu colo”. Eu sentei no colo dela e me surpreendi ao ver o bordado. Não podia crer. Lá de baixo parecia tão confuso! E, de cima, eu vi uma paisagem maravilhosa! Então minha mãe disse:

- “Filho, de baixo para cima parecia confuso e desordenado porque você não viu que na parte de cima havia um belo desenho… Mas, agora, olhando o bordado da minha posição, você sabe o que eu estava fazendo”.

Muitas vezes, ao longo dos anos, tenho olhado para o céu e dito: “Pai, o que estás fazendo?” Ele parece responder: “Estou bordando a sua vida, filho”. E eu continuo perguntando: “Mas está tudo tão confuso…Pai, tudo está desordenado. Há muitos nós, fatos ruins que não terminam e coisas boas que passam rápido. Os fios são tão escuros… Por que não são mais brilhantes?”

O Pai parece dizer: “Meu filho, ocupe-se com seu trabalho, descontraia-se…confie em mim. Eu farei o meu trabalho. Um dia, colocarei você em meu colo, e então vai ver o plano da sua vida da minha posição”.

Às vezes não entendemos o que está acontecendo em nossas vidas. As coisas são confusas, não se encaixam e parece que nada dá certo. É que estamos vendo o avesso da vida. Do outro lado, Deus está bordando.

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sexta-feira, 13 de março de 2009

O FRIO QUE VEM DE DENTRO


Conta-se que seis homens ficaram presos numa caverna por causa de uma avalanche de neve.
Teriam que esperar até o amanhecer para receber socorro. Cada um deles trazia um pouco de lenha e havia uma pequena fogueira ao redor da qual eles se aqueciam.

Eles sabiam que se o fogo apagasse todos morreriam de frio antes que o dia clareasse. Chegou a hora de cada um colocar sua lenha na fogueira. Era a única maneira de poderem sobreviver.

O primeiro homem era racista. Ele olhou demoradamente para os outros cinco e descobriu que um deles tinha a pele escura. Então, raciocinou consigo mesmo: "aquele negro! Jamais darei minha lenha para aquecer um negro". E guardou-a protegendo-a dos olhares dos demais.

O segundo homem era um rico avarento. Estava ali porque esperava receber os juros de uma dívida. Ele calculava o valor da sua lenha e, enquanto sonhava com o seu lucro, pensou: "eu, dar a minha lenha para aquecer um preguiçoso", nem pensar. Olhou ao redor e viu um homem da montanha que trazia sua pobreza no aspecto rude do semblante e nas roupas velhas e remendadas.

O terceiro homem era negro. Seus olhos faiscavam de ressentimento. Não havia qualquer sinal de perdão ou de resignação que o sofrimento ensina. Seu pensamento era muito prático: "é bem provável que eu precise desta lenha para me defender. Além disso, eu jamais daria minha lenha para salvar aqueles que me oprimem". E guardou suas lenhas com cuidado.

O quarto homem era um pobre da montanha. Ele conhecia mais do que os outros os caminhos, os perigos e os segredos da neve. Este pensou: "esta nevasca pode durar vários dias. Vou guardar minha lenha.”

O quinto homem parecia alheio a tudo. Era um sonhador. Olhando fixamente para as brasas, nem lhe passou pela cabeça oferecer a lenha que carregava. Ele estava preocupado demais com suas próprias visões (ou alucinações?) para pensar em ser útil.

O último homem trazia nos vincos da testa e nas palmas calosas das mãos os sinais de uma vida de trabalho. Seu raciocínio era curto e rápido. "esta lenha é minha. Custou o meu trabalho. Não darei a ninguém nem mesmo o menor dos gravetos".

Com estes pensamentos, os seis homens permaneceram imóveis. A última brasa da fogueira se cobriu de cinzas e, finalmente apagou.

No alvorecer do dia, quando os homens do socorro chegaram à caverna encontraram seis cadáveres congelados, cada qual segurando um feixe de lenha.

Olhando para aquele triste quadro, o chefe da equipe de socorro disse: "o frio que os matou não foi o frio de fora, mas o frio de dentro.”

Não deixe que a friagem que vem de dentro mate você. Não permita que as brasas da esperança se apaguem nem que a fogueira do otimismo vire cinzas. Abra o seu coração e ajude a aquecer aqueles que o rodeiam. Contribua com seu graveto de amor e aumente a chama da vida onde quer que você esteja.


Fonte: Seleções do Reader’s Digest

E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos. (Gálatas 6.9)

Portanto aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz, nisso está pecando. (Tiago 4.17)

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domingo, 8 de março de 2009

MORTE DE CRIANÇA: POR QUE JESUS LEVOU MEU FILHO DE DOIS ANOS?



MORTE DE CRIANÇA: por que Jesus levou meu filho de dois anos?

Morreu meu filhinho, e agora?

Florida 2009!

Mano Velho:

Depois de hesitar por uma semana decidi te escrever na expectativa de conseguir ajuda. Semana passada, Isaque, meu filho de dois anos, morreu afogado na piscina da minha casa e desde então minha vida se afogou.

A dor e muito grande e a sua ausência e insubstituível.

Ele era o cara mais incrível que já conheci... Tão cheio de vida e ousado, que havia dentro de mim uma agradável e desafiante expectativa de como eu iria tratar com ele na sua infância, adolescência e juventude.

Junto com ele, morreram muitas outras coisas: sonhos, planos, paixões, interesse pela vida e vontade de lutar por qualquer coisa.

São tantos "porquês" "pra quês" que, às vezes, penso que o melhor seria partir e estar com ele.

Minha fé está abalada!

Eu sei que Deus não apenas poderia ter evitado tal tragédia, mas também poderia ter revertido a situação até à hora do sepultamento.

Creio com todas as minhas forcas que Ele poderia, mas não o fez.

Às vezes me consolo dizendo a mim mesmo: “o Senhor o levou" ou "era a vontade de Deus”.

Na verdade, não tenho certeza de nada disso e não sei como lidar com isso.

Sei que Isaque está com o Senhor, mas não me convenço que isso era o Seu "plano" pra vida dele e para nós.

Outra piração que tenho tido e a respeito da minha vida de oração.

Eu orava por meus filhos todos os dias e de maneira especifica, contra tragédias, traumas, abusos e, algumas vezes, orei por proteção para que não se queimassem ou afogassem.

As pessoas ao nosso redor têm sido muito solidárias, mas repetem as mesmas coisas que não têm poder de consolar meu coração e satisfazer a minha necessidade de entender Deus nessa hora.

Essa coisa de arrumar respostas fáceis, tapam um buraco aqui, mas pra isso criam outros adiante.

Sei que vc perdeu um filho que amava e talvez possa me ajudar a processar toda essas perguntas e me ajudar a ajuntar todos os cacos e seguir em frente sem me tornar uma pessoa amarga e indiferente com a vida.

Se vc ler este e-mail, por favor, me dá um toque.
Valeu Mano!
________________________________________
Resposta:

Meu mano amado: Graça, Paz e Consolação no Espírito Santo!

De: Abraão

Para: Todo Aquele Que Hoje Não Sabe Para Onde Está Indo, Mas Que Sabe Com Certeza Com Quem Está Indo:

Toda-via, não-havia...
Havia sim, todavia, a não-via.
Assim, Abraão nada-via, pois, Nada-Havia como via!
Entre-tanto, tudo-via, onde, todavia, nada-havia!
Mas ele se via na via como um en-via-do do in-viá-vel!
Assim, tudo ha-via como via, mesmo que fosse, toda-via, a não-via!


Meu mano, é verdade, perdi um filho muito, muito amado, como todos os outros o são; e sei o que é amar, amar, investir a vida, dar tudo o que se tem, e, então, de repente, seu objeto de amor de se ir...

Sim! É a nossa dor que se sofre em uma “perda” assim. A nossa dor e somente a nossa dor. Afinal, que outra dor se sofre quando um filho lindo, angelical, santinho, puro e sublime parte para a eternidade?

Dor por ele não é. Sim! Sua dor não pode ser pela perda do filho em relação a este mundo, posto que o mundo caminhe para virar um Inferno palpável em pouco tempo.

Portanto, nessa hora, a dor é da gente e somente nossa.

De fato, a dor de um pai que ama o filho, nesta hora é dor do pai por si mesmo, por ter perdido um filho neste mundo e para si mesmo.

Se como pai eu tivesse pensando no “futuro” de meu filho na terra, e se o fizesse de modo “romântico”, acharia que ele foi privado de ter e me dar alegrias ainda por muitos anos, posto que nessa hora, o pai apenas pense no futuro como um “mar de rosas”.

Perdi dois filhos [embora “perder” não seja uma palavra própria para mim quando se trata de filhos que se foram...]. O 1º foi o Luizinho, que era um bebezinho que partiu com oito ou nove horas de vida. Lindo e perfeitinho, todo gostoso. O outro foi o Lukas, meu canguruzinho amado, e que se foi com 22 anos de idade.

Entretanto, meu maior treino para essas “perdas” aconteceu observando meu pai e minha mãe, quando perderam um filho amado, de 19 anos, o meu mano Luiz Fábio, que morreu para os homens em um acidente de carro, enquanto ia à reunião da igreja a fim de treinar para um “Evento evangelístico” que eu faria e fiz no Teatro Amazonas, dois dias depois, chamado “À Cruz Urgente”.

Foi com eles que aprendi que nunca se perde um filho apenas por que ele tenha “morrido”.

De fato vi que a morte não mata ninguém, e que, muitas vezes, salva a pessoa daquilo que no mundo mata para sempre.

Minha mãe perguntou a Deus: “Por que Senhor?” E leu, na mesma hora, um texto que para ela se abriu em Isaías: “... porque o justo é levado antes que venha o mal, e entra na paz”.

Daquele momento em diante [e isto aconteceu quase logo depois da notícia] comecei a aprender a lidar com a morte em Cristo.

Então, sistematicamente, orava e jejuava pelos filhos que eu teria, e que, de fato, comecei a ter logo depois, em 1976, quando veio o Ciro, e, no ano seguinte, quando veio o Davi. Seis anos e oito anos depois deles, vieram o Lukas e a Juliana.

Minha oração era uma só:

Que o Senhor não os deixasse nem um dia a mais neste mundo se eles não fossem crescer para amar a Deus e tornarem-se gente boa de Deus nesta vida.

Dizia ao Senhor que preferiria sepultar os quatro em um só dia, do que vê-los andando sem o amor de Deus no coração; pois, para mim, só se perde um filho se ele existir sem Deus neste mundo.

Salvei-os de tudo: de acidentes no mar, em buracos de fossa, de quedas horríveis, de afogamento, etc. Mas eu sabia que aqueles eram os salvamentos bobos, pois, o verdadeiro salvamento nunca seria de catástrofes físicas, mas sim das espirituais e mentais — e eu sabia que somente o mistério do amor de Deus poderia cuidar deles, mesmo que fosse levando-os para salvá-los da morte de existir sem Deus no mundo.

Assim, minha dor de pai, por mais forte que seja, é a dor de um pai que ama mais o destino eterno dos filhos em Deus, do que meus sonhos para eles na Terra.

Nunca tive sonhos para meus filhos na Terra!

Todos os meus sonhos para eles eram e são simples: que eles vivessem e vivam com o amor de Deus no coração, e que se a existência deles for afastar-se desse amor, que o Senhor, por amor a eles e a mim, os leve antes que venha o mal; e, assim, eles entrem na paz.

Digo isto porque se a nossa esperança em Cristo se reduz apenas às coisas desta vida, então, creia, nós nos tornamos os mais infelizes de todos os homens.

Quem tem Jesus como escudo contra acidentes, afogamentos, doenças, calamidades físicas — esse tal está pedindo que Jesus seja uma Seguradora ao estilo das Seguradoras Contra Acidentes.

Eu, todavia, nunca achei que filho vivo no mundo fosse filho vivo em Deus!

Meu amor pelos meus filhos tem a ver com a eternidade, não com uns aninhos de vaidade na Terra.

Entretanto...

Independentemente da consciência em fé que a pessoa tenha ou não, o elemento psicológico de tal perda é o seguinte:

Quanto mais novo ou recém nascido seja o filho, menor e menos durável será a dor, pois, em tal caso, têm-se apenas os sonhos pessoais como agentes de dor da perda. Entretanto, quanto mais se tenha interagido com o filho, como já é o caso com dois anos de idade [tenho um netinho de dois anos hoje e que curto todos os dias em amor], então, maior e a dor; pois, além dos “sonhos de pai”, também já se tem a expressão de vida, doçura e personalidade da criança — o que aumenta muito mais a dor.

Quando o filho está na flor da juventude, como foi o caso com meu irmão Luiz e meu filho Lukas, então, além dos sonhos, também já se tinha a vida mesmo; com seus contornos, idéias, atitudes, opiniões, graças, tristezas, esperanças e receios bem estabelecidos. A dor é imensurável também.

Entretanto, quando o filho já é um adulto, que viveu e até já teve filhos, e, por alguma razão se vai... — a dor é imensa também, mas, de algum modo, o coração parece se consolar com o fato de que o filho disse ao que veio no mundo, como se isso tivesse dado a ele mais vida pelo tempo decorrido. Então, dizemos: “Não ficou velho, mas, graças a Deus, fez muita coisa boa; viveu”.

E se o pai já é idoso e o filho também [o pai com uns 80 e o filho com 60], a dor é igualmente imensa, mas, pela velhice e pela falta de ilusões, o velho pai tende a se consolar com mais rapidez.

Todavia, lendo a sua carta vi que todas as suas esperanças em Cristo ainda são apenas deste mundo!

Você orava como quem investia em proteção!

Além disso, vejo que “do lado de lá”, para você, existe o seu filho e nada mais... Afinal, sua vontade era morrer e estar com ele; embora a morte somente una os que, morrendo..., creiam em eternidade em Cristo.

Ele, seu filho, sem que exista eternidade em Jesus, jamais será achado. Não existe um lugar sem Deus para ele ou para ninguém. Sem Deus o lugar do encontro é o Nada.

O que noto meu mano amado, é que sua dor não tem esperança em Jesus.

Não há senso de eternidade em seu coração. Suas alegrias em Cristo se prendem apenas a esta vida, o que, numa hora como esta, faz de você o mais infeliz de todos os homens.

Portanto, meu mano amado, caso sua mente não salte na fé para o plano da “esperança da glória de Deus”, coisa alguma lhe será consolação neste mundo de aprisionamentos a futuros medidos por tempo de vida e conquistas materiais e sociais.

Não há muito a dizer... Apenas digo que seu filho está com Jesus. E mais: digo que conquanto seu filho esteja com Jesus, você, pela falta de esperança, fruto do engano da fé que lhe ensinaram [uma fé de Prosperidade e de Seguro Contra Acidentes], está em fel de amargura; e isto nada tem a ver com Deus, que apenas salvou seu filho contra todo acidente que mate o espírito; mas sim tem a ver apenas com você, que ainda pensa que vida abençoada é vida longa, saudável, rica e tranqüila, conforme este mundo.

Enquanto seus valores forem esses, saiba: não haverá nem esperança e nem consolação para a sua alma. Afinal, Paulo disse que quem crê em Jesus apenas para o Aqui e o Agora, esse é mais infeliz do que o ateu.

Sofro saudades de meu filho Lukas, mas nunca senti perda ou desespero.

Ele é meu segundo filho a estar DEFINITIVAMENTE SALVO DE TUDO.

Eu, de minha parte, aprendi a aproveitar tudo de todos — seja uma semana de vida, um mês, um ano, uma década, duas, três, ou qualquer tempo...

Afinal, a coisa mais básica que se pode aprender sobre a existência é que ela é completamente frágil e mortal.

Meu irmão, enquanto a gente não ama o amor de Deus tudo nos parece perda neste mundo.

Quando, porém, a gente ama o amor de Deus, então, nada mais é perda neste mundo.

Quando o amor de Deus é maior do que qualquer outro amor em nós, e quando nosso amor por Deus não é porque Ele seja Legal, fazendo tudo conforme nossos planos e sonhos [planos nossos, mas que a gente chama de “plano de Deus”], mas porque Ele é amor, independentemente do que nos agrade ou não, então, até a morte é doce, e até a ida do filho é salvamento.

“O justo é levado antes que venha o mal; e entra na paz!” — diz Deus por Isaías.

Assim, segundo Deus, morrer não é mal. Mal é viver sem vida, sem Deus e sem esperança.

Ora, quando a gente ama o amor de Deus, a conseqüência é que a gente crê no amor Dele sempre, especialmente ante a morte.

Portanto, quando a morte vem, a gente olha para ela e diz: “Onde está ó morte a tua vitória?”

Sim! Pois a morte somente mata os que não morrem e continuam a viver sem vida, embora existentes.

Mas quando a gente foi invadido pela eternidade, e vive para e pela esperança da Glória de Deus, então, mesmo gemendo de dor, a gente diz sem hipocrisia: “Preciosa é aos olhos do Senhor a morte de Seus santos, especialmente de Seus anjinhos”.

Isso, entretanto, consola o coração, pois, entrega-se o filho a quem ele pertence: ao Pai.

Parece um pensamento tolo para quem não experimenta a realidade de Deus como vida mesmo, e não apenas como crença de Segurança. Mas para quem crê, o sentimento em fé é simples. De fato é como o que acontece a um pai que ama o filho, e que sabe que já não poderá tê-lo, mas, assim mesmo, o entrega a quem Melhor Pode Cuidar dele nesta vida ou em qualquer vida: o Pai.

Meu mano querido, tudo o que lhe digo, agora, em meio à dor, lhe parecerá tolo e superficial. Sei que você não me considerará assim apenas porque eu sei o que é sofrer esta dor. No entanto, mesmo com tal respeito por mim, hoje ainda lhe parecerá DEMAIS o que lhe digo.

Porém, em algum tempo, ao voltar para esta carta outra vez, com os olhos encharcados de lágrimas e dor, sua alma irá entendendo o sentido de tudo, e, aos poucos, você terá oxigênio de novo, e, assim, poderá vir a discernir o que hoje ainda lhe é impossível em razão da dor, da sua dor, de suas frustrações, de seu sentimento de ter sido boicotado por Deus.

Mano, “alegremo-nos nas próprias tribulações; e não somente nisto, mas gloriemo-nos na esperança da glória de Deus” — pois, que mais nos resta neste mundo de existência que mata mais que a morte?

Estou orando por você desde ontem à noite, quando vi a sua carta e a separei para responder agora, hoje, dia 7 de março de 2009.

Meu netinho acordou cedo e estava comigo aqui fora, brincando e falando enquanto eu respondia a sua carta. E não foram poucas as vezes em que parei, olhei para ele, lembrei de seu filho, e orei por você e por todos os seus.

Ninguém sabe nada nesta vida. Sábio é quem apenas vive o mal de cada dia com esperança e sem amargura no coração.

Portanto, mais do que nunca se diz: o justo viverá pela fé.

Mano amado, minha impotência já foi longe demais no falar.

Agora, apenas faço silêncio e choro com você!

O Senhor que o levou cuidará de todos os que ficaram!

Nele, que ama os que Ele leva para Si mesmo,

Caio
7 de março de 2009

SUGESTÃO DE LEITURAS: O Enigma da Graça

E os seguintes links:

QUESTIONO ATÉ A MINHA FÉ EM DEUS...
JÓ E UMA AULA SOBRE O ABSURDO...
A ÉTICA NO CONTEXTO DO ABSURDO
NATAL NA CALIFORNIA— OSWALDO PAIÃO JR.
LUKAS, MEU AMADO PROFETINHA
LUKAS MAL CHEGOU LÁ... MAS JÁ FAZ 1 ANO AQUI...
NA TERRA: 7 MESES SEM LUKAS!
LUKAS, MEU AMADO PROFETINHA
BAGUNÇA NO CÉU-- LUKAS E GIL ESTÃO LÁ...
O LUKAS VIVEU MUITO...--LUCIANA DA BETÂNIA
DA VÓZINHA PRO LUKAS--LACY D'ARAÚJO
FOTO: LUKAS
FOTO: LUKAS E ALDA
FOTO: LUKAS E AMIGA
FOTO: LUKAS FAZENDO POSE
LUKAS DORMINDO (POR FABIO BOEHL)
LUKAS APENAS LLEGÓ ALLÁ... PERO YA HACE 1 AÑO AQUÍ...
LUKAS E A PAIXÃO DE CRISTO, DE MEL GIBSON
ACERCA DO LUKAS
FICÇÃO CIENTÍFICA: A MORTALHA DA HUMANIDADE!
LUKAS E A PAIXÃO DE CRISTO, DE MEL GIBSON
LUKAS PARTIU HOMEM FEITO—ZIEL MACHADO
O LUKAS FEZ BEM A TODOS NÓS—FLÁVIO SIQUEIRA
O SALMO DA CONFIANÇA
WESLEY, MARLENE & LUKAS
LUKAS: NOSSA VIAGEM JUNTOS...—MARCO SALOMÃO
SABEMOS QUE VOCÊ PODE LOUVÁ-LO
SUA REAÇÃO À MORTE DO LUKAS— FAUSTO ROBERTO CASTELO BRANCO
DE JOHN STOTT PARA LUKAS
O LUKAS SALVOU O MATEUS--DE HERALDO ROCHA
O CORAÇÃO RASGOU DE TRISTEZA--DE RICARDO CAPLER
LUKAS TOMOU POSSE DE TUDO O QUE FOI CRIADO PARA ELE
HOJE, NEM TANTO PELAS SUAS PALAVRAS, MAS PELA SUA VIDA!
LUKAS É A PROVA...
LUKAS ESTÁ NO CÉU!
LUKAS NOSSO QUERIDO--JUDITH RAMOS
SE SOUBESSEM DE ONDE VIERAM...VOLTARIAM--PR. ISMAR
O LUKAS ERA DELE E PARA ELE

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sexta-feira, 6 de março de 2009

O EVANGELHO NAS ESCRITURAS E AS ESCRITURAS NO EVANGELHO

Jesus, a Chave que abre as Escrituras

"Cristo é o Mestre, as Escrituras são apenas o servo. A verdadeira prova a submeter todos os Livros é ver se eles operam a vontade de Cristo ou não. Nenhum Livro que não prega Cristo pode ser apostólico, muito embora sejam Pedro ou Paulo seu autor. E nenhum Livro que prega a Cristo pode deixar de ser apostólico, sejam seus autores Judas, Ananias, Pilatos ou Herodes"
Martinho Lutero

Os evangelhos são narrativas históricas das ações e acontecimentos relacionados a Jesus, bem como de Suas Palavras. O Evangelho, todavia, é um espírito. Os evangelhos são o corpo. O Evangelho é o espírito no corpo.

Para muitos, os evangelhos são apenas narrativas. Para outros, eles são palavras inspiradas. Para muito mais gente ainda, eles são apenas palavras mágicas. E para a maioria, eles são somente os quatro primeiros livros do Novo Testamento, sendo, portanto, parte da Bíblia Sagrada.

Todavia, o Evangelho é espírito e vida. Deus é espírito, e, portanto, Suas palavras são espírito e vida, pois carregam o poder da Verdade Absoluta e produz vida onde quer que cheguem.

Para melhor entender, suponha que os evangelhos não tivessem sido escritos. Decerto, sabemos que ainda assim, haveria um Evangelho a ser anunciado até os confins da Terra como Boa Notícia, visto ser o Evangelho um espírito, e não um livro.

Assim, o espírito do Evangelho é só uma forma de expressar-se acerca da Essência da Palavra. É a Plenitude da Revelação. Trata-se da forma de interpretação bíblica que olha para Jesus Cristo como a Chave Hermenêutica dessa Revelação.

De modo algum se está dizendo aqui que só Jesus interessa na Bíblia, mas, por outro lado, nada interessa senão a partir Dele e nada é Palavra de Deus se não for compatível com Ele, por mais 'bíblico' e 'teológico' que seja!

Leio a Bíblia a partir de Jesus e não Jesus a partir da Bíblia. Assim, meus livros não são considerados "teológicos" pelos teólogos, posto que nesses escritos raramente haja uma designação hermenêutica teologicamente aceitável; e nem tampouco há neles sistematizações que busquem o fechamento lógico de qualquer pacote de pensamento.

Isso porque creio que Jesus – que é Deus Manifesto entre nós - abre as Escrituras para nós. Cristo é a síntese das Escrituras e o Espírito da Graça é o agente hermenêutico que me aproxima do texto com a fé de que encontrarei a Palavra.

É a partir daí, então, que se interpreta a Antiga Aliança, os Profetas e todo o Novo Testamento. Isso porque Ele é a Palavra! A Encarnação Absoluta Dela, o Verbo Vivo de Deus, cheio de Graça e Verdade! E as próprias palavras de Jesus só podem ser entendidas se tiverem sua concreção no Evangelho vivido por Jesus de Nazaré.

Veja o livro de Atos dos Apóstolos: é um livro de atos, de ações. Mas sabemos que os únicos atos absolutos e irretocáveis feitos na Terra são os Atos de Jesus. Portanto, há Evangelho em Atos, mas o Atos não é o Evangelho. Digo isto porque se os critérios de Jesus forem aplicados aos atos dos apóstolos, os próprios apóstolos serão sempre relativizados.

Quando lemos o Atos, não se lê o Evangelho da Graça — esse só está plenificado em Jesus —, mas a tentativa humana de começar a viver conforme a fé em Jesus. E, em tal processo, há acertos, erros, equívocos, ação do Espírito, infantilidades, ambigüidades, milagres, diferenças, medos, ousadias, coragem maravilhosas, dúvidas atrozes, e todas as demais coisas concernentes aos homens que vivem no Caminho. Assim, o livro dos Atos Apostólicos é um livro de história, e não quer ser visto como o Evangelho.

A tentativa infantil de dizer que a igreja é o Corpo de Cristo - e logo, Cristo estava agindo como antes agira, só que agora em Seu Corpo Comunitário - é bela, mas não é verdadeira como valor absoluto. O Pedro que recebeu a revelação é o mesmo que recebeu a repreensão: Arreda, Satanás (Mt 16).

Em Jesus está toda a revelação e toda a referência para se julgar e entender o que quer que pretenda ser canônico. Onde o 'espírito do Evangelho' está presente, aí há o que levar para a alma e para a vida. No mais, vejo registros históricos da infância da fé e da consciência permeando toda a Escritura.

O exercício não é difícil: Basta olhar para Jesus, fazendo um caminho de observação. Deve-se perguntar: Qual o significado das falas e dos ensinos de Jesus para o próprio Jesus? E a resposta é uma só: Veja como Ele tratou a vida, a religião, os políticos, os pobres, os ricos, os doentes, os párias, os segregados, os esquecidos, os seres proibidos, os publicanos, as meretrizes, os santarrões, e tudo e todos. Conferindo uma coisa com a outra, ficamos livres da construção de dois seres irreconciliáveis: o Jesus que viveu cheio de amor e graça e o Jesus que ensinou coisas que só os intérpretes autorizados conseguem "captar".

Desse modo, então, não se faz jamais uma interpretação textual que não coincida com o comportamento e com a atitude de Jesus na dinâmica de seus movimentos e encontros narrados.

Assim, eu confiro tudo com o espírito de Jesus, conforme o Evangelho. Só assim Jesus não fica esquizofrênico ante os nossos sentidos: o que Ele disse, Ele viveu; e o que Ele viveu, é o que Ele disse.

"Nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade, e Nele estão TODOS os tesouros da sabedoria e do conhecimento."

"Ele é o resplendor da glória do Pai e a expressão EXATA do Seu Ser, sustentando todas as coisas pela Palavra de Seu poder!"

Olhe para Ele, e tudo fica interpretado! O resto, irmãos, é invenção de quem não quer lidar com gente e prefere lidar com letras.

E a leitura do Antigo Testamento?

"Eis aí vêm dias... em que firmarei Nova Aliança...: Na mente (não mais em tábuas), lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, eles serão o meu povo (...) Pois perdoarei as suas iniqüidades e dos seus pecados jamais me lembrarei."
Grito do Profeta Jeremias – 31. 31-34

Após tais exercícios devocionais sob o Novo Testamento, muitos me endereçam questões de perplexidade e confusão relacionadas aos conteúdos do Velho Testamento.

Mas estou certo de que esse conflito nem Paulo e nem o escritor de Hebreus tinham, por exemplo. Digo isto porque Paulo recorre ao Antigo Testamento, aos salmos, e aos profetas, a fim de mostrar que aquela "Fase Humana" havia ficado sepultada em Jesus; e que, conforme as mesmas Escrituras, em Cristo começaria uma nova consciência, não como mandamentos de exterioridades, mas como percepção fundada no amor, na justiça e na verdade — tudo isto inscrito e gravado no coração.

Paulo também diz que a Lei foi dada, e com ela as causalidades e seus efeitos, a fim de que se avultasse (exagerasse) a consciência do pecado em nós. O próprio Paulo revelou que a Lei era parte da infância da consciência, como já nos referimos aqui, pois nos servia de guia, de servo que pega e leva para a escola — embora, agora, já andando no Caminho pela fé, ele diga que já não se precisa mais da Lei-Babá.

Além disso, toda a argumentação do apóstolo acerca da justificação pela fé conforme o dom da Graça se fundamentava nas declarações dos salmos e dos profetas; bem como, além do que estava declarado abertamente nos Textos, Paulo interpretava também o que estava apenas implícito na leitura — e ele faz isso lendo a Escritura a partir de Jesus, e não Jesus a partir da Escritura.

Isto porque Paulo lia o Velho Testamento a partir da consciência adquirida em Jesus. Ou seja: Jesus era a "Chave Hermenêutica" de Paulo, e partir dessa Chave, Paulo interpreta Abraão, Sara e Hagar, Ismael e Isaque, Esaú e Jacó e outros — sempre com o propósito de mostrar como Jesus era o cumprimento de todas as coisas.

E foi também a partir da mesma "Chave Hermenêutica" que o escritor de Hebreus interpretou os cerimoniais e os ritos descritos nos Livros da Lei, discernindo seus símbolos, utensílios e arquiteturas.

A carta aos Hebreus chega ao ponto de dizer que Jesus era maior do que Moisés, e maior do que tudo no Velho Testamento; chamando o que era pertinente à Velha Aliança de coisa obsoleta e sem utilidade, "antiquada, envelhecida e prestes a desaparecer". Hoje, ele diria que a Velha Aliança era chamada "velha", dado seu prazo de validade vencido.

Assim, o que se tem no Velho Testamento, na Antiga Aliança é o seguinte:

A justificação pela fé, mediante a qual todos foram justificados, de Adão a João Batista. Hebreus 11 declara isto. E isso embora as pessoas vivessem sob "o regime da lei", conforme Paulo. A justificação, entretanto, segundo Hebreus e Paulo (em todas as suas cartas), sempre aconteceu pela fé, e nunca pela Lei. Esta é, afinal, a tese de Paulo em Romanos e Gálatas; em especial.

A busca humana de se justificar pela Lei; pois, estava dito que aquele que desejasse se justificar pela Lei, esse teria que cumpri-la toda. E Jesus, dando continuidade aos profetas, deixou claro que tal obediência à Lei deveria ser por dentro e por fora. Mas é Davi quem diz: "Se observares iniqüidade, quem, Senhor, subsistirá?" Para então também declarar: "Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não atribui iniqüidade".

A declaração, especialmente fundada no Livro de Jó, de que as calamidades da vida não são absolutas quanto a determinar o juízo de Deus sobre os homens. E Jó é a prova disso. Normalmente, todo homem acaba colhendo o que planta, mesmo que isto não chegue com cara de calamidade. Muitas vezes, somente a própria pessoa sente as conseqüências. Entretanto, conforme Jó e o Eclesiastes, as calamidades não nos vêm como aplicativo absoluto de uma Lei de Causa e Efeito; e, menos ainda, têm elas o poder de justiça; pois, muitas vezes, é o homem inocente de certos males aquele que recebe as suas conseqüências; e, outras vezes, aquele que faz algo que deveria trazer um efeito negativo equivalente ao mau-causa praticado, aparentemente, sai ileso. E o que ninguém sabe é o tamanho do desmonte na alma desse ser; pois, quando não vem como mal externo (calamidade), sempre vem como mal interno (medo, solidão, angústia, designificação existencial, amargura, sofreguidão do ódio, desespero da morte, etc.).

O que não há no Velho Testamento é justificação sem Sangue. Na Antiga Aliança, a própria Lei foi sancionada com derramamento de sangue; conforme o primeiro rito de "vestimenta espiritual" praticado "por Deus" no Gênesis, quando cobriu o homem e sua mulher com as peles de um animal morto para vesti-los.

Assim, meus irmãos, no Antigo Testamento, nós tanto temos a manifestação da devoção humana de forma primitiva; assim como temos a linha mestra de indicação do Caminho, e que é uma linha carregada de sangue de bodes e de touros; até que chegou o Cordeiro, que já havia sido imolado desde antes da fundação do mundo (portanto, infinitamente anterior à Lei); e, Nele, toda a Lei — tanto os mandamentos de conduta individual e social (10 mandamentos; por exemplo) como também as leis e ritos cerimoniais — foram cumpridos; e, com isto, tudo o mais se torna obsoleto, visto que o que agora prevalece explícita e encarnadamente é o Evangelho da Nova Aliança; e Nele, a obediência é conseqüência da fé que nasce do Amor que nos amou primeiro e que se entregou por nós.

Para os que ainda são da Lei, a emoção prevalente como "motor da obediência" é o medo. Já no Caminho do Evangelho nada tem sentido se não for o amor e a gratidão aquilo que movem o ser.

Por último, quero dizer que, na existência, existe causa e efeito em tudo (na justiça legal, nas leis naturais, nas leis econômicas, nas leis físicas, nas leis relacionais, nas leis conjugais, nas leis negociais, etc.) — menos no que tange à salvação em Cristo, conforme o Evangelho.

No Evangelho, a Lei fica para o Estado na regulamentação dos vínculos sociais (Romanos 13). Mas ela, a Lei, nada tem a ver com a justiça de Deus para salvação, que salva até o condenado pela lei como fez com o ladrão ao lado de Cristo.

Assim, no tempo Antigo, temos gente tentando viver pela Lei, com toda sinceridade; temos gente fazendo de conta que guardava a Lei, com toda falsidade; e temos gente que vivia sob a Lei por fé e esperança num Amor Maior – que os absolvesse dos rigores da própria Lei que os expôs como transgressores.

Quem se dedicar a leitura atenta dos evangelhos e das inúmeras afirmações de Paulo em suas cartas, mas em especial Romanos de 9 a 11, saberá que a finalidade da Lei é Cristo.

Jesus, a chave que abre o coração

"Perguntou-Lhe Pilatos: O que é a verdade?"

Ora, conquanto Jesus seja também uma informação histórica — afinal Ele existiu, e nós não estávamos lá quando isto aconteceu; razão pela qual dependemos completamente das descrições que os evangelhos fazem de Jesus a fim de melhor discernir seu espírito —, no entanto, o discernimento de Quem Ele era, só acontece como revelação de Deus no coração.

A Verdade não existe como Explicação, mas tão somente como Encarnação. A Verdade se fez carne! É Alguém. A Verdade é uma Pessoa! Por isso, a Verdade só pode ser vivida, não pensada. Todo pensamento acerca dela decorre da experiência. A Verdade não é objeto de prosa... O Jesus do Evangelho não é para ser aceito, mas para ser conhecido. A Verdade que vejo em Jesus — Encarnada Nele — eu mesmo tenho que conhecer na minha própria encarnação, que é o único estado de existência que eu tive até hoje.

Foi assim com Pedro. Ele conheceu a Verdade em Jesus, e teve que experimentá-la em si mesmo. E, provavelmente, o dia no qual ele negou a Jesus, tenha sido um dia de muito mais verdade que a noite da Transfiguração.

Portanto, é preciso que cada um conheça Jesus e Sua Palavra, para si mesmo. É preciso que cada um aprenda a Ter sua própria consciência em fé, a fim de viver a Palavra por si mesmo.

Em resumo, a Encarnação é a chave hermenêutica do conhecimento bíblico, mas essa chave tem que abrir antes o meu coração. E isto só acontece no encontro entre a Verdade e a Vida.

Ora, tal encontro só se dá no Caminho, e é a isso que chamamos Consciência do Evangelho. Por isso, aproveito-me deste trabalho para propor um exercício pessoal libertador:

Quero convidá-lo a pegar os evangelhos e relê-los como se fosse a primeira vez, e faça-o como se nunca tivesse ouvido nenhuma interpretação deles. Pois, assim fazendo, você logo saberá que o que eu digo é apenas uma Nova Repetição do que não muda nunca, pois quando se tenta mudá-lo, nunca é para o bem, pois, trata-se daquilo que é eterno: o Evangelho.

A necessidade de escrever a mensagem de Jesus veio do afastamento cada vez maior da sua fonte histórica - o próprio Jesus de Nazaré (Lucas 1:1-4; João 20:30-31). Em meados de 70 D.C., já não vivia a quase totalidade das "testemunhas oculares" do Senhor ressuscitado (Lucas 1:2; 1 Cor 15:3-8). Esse distanciamento cronológico entre Jesus e as comunidades só poderia ser vencido pela palavra escrita. E assim se formaram as duas grandes coleções ou "corpus" das Cartas de Paulo e dos Evangelhos.

Depois, eu gostaria de enfatizar a necessidade de ler o Novo Testamento na ordem cronológica da mais provável seqüência de sua produção: 1ª. e 2ª. Tessalonicenses; Gálatas, Efésios, 1ª. e 2ª. Coríntios, e Romanos; Colossenses, Filemom; Filipenses, 1ª. e 2ª. Timóteo e Tito; 1ª. Pedro; Marcos; Mateus; Hebreus; Lucas; Atos; Tiago, Judas 1ª.,2ª. e 3ª. João; o evangelho de João, 2ª. Pedro; e Apocalipse.

Como alerta, devo dizer que o primeiro inimigo a ser vencido no estudo bíblico é o pré-condicionamento na interpretação.

Então, meu querido, soda cáustica na cabeça, uma boa chacoalhada, limpeza, e início de leitura pessoal e aberta para a Palavra e para o Espírito. Então você verá que começará a surgir o Jesus real das páginas dos evangelhos! Experimente!

Que a Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos.

Caio

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RELIGIÃO NÃO! ESPIRITUALIDADE SIM!

Em Jerusalém um amigo judeu de muitos anos, que já foi meu guia, mas que se tornou amigo mesmo [ele meu e eu dele], me disse que pastores brasileiros chegam lá, e, uma vez indagados por mim, dizem, entre outras coisas, que eu deixei a "religião cristã".

Meu amigo judeu então lhes diz:

"Mas ele nunca acreditou em religião. Ele apenas sempre creu em espiritualidade, não em religião. E a espiritualidade na qual ele crê não é a dos cristãos, mas sim a de Jesus".

Ora, depois chegam lá os crentes tapados querendo "evangelizar judeus", sem nem mesmo saberem fazer distinções básicas, as quais, para muitos deles, como meu amigo, são sutilizas essenciais, especialmente para quem, em nome da religião cristã, sofreu milênios pelo crime religioso de os judeus terem entregue Jesus aos romanos para que esses o executassem; crime esse que até hoje é discutido, o qual, no curso dos tempos, colocou os judeus sendo "judiados" pelos cristãos de todos os modos e formas possíveis, culminando no holocausto da II Guerra.

De fato, meu amigo está certo. Sou discípulo da espiritualidade de Jesus e de nada mais.

Não sou discípulo da espiritualidade de Paulo e nem de nenhum dos apóstolos, mas sim de Jesus, única e exclusivamente de Jesus. É a partir de Jesus que vejo o que é e o que não é sadio até na espiritualidade dos apóstolos.

Espiritualidade, conforme já tenho dito em muitos livros e textos meus, é aquilo que perpassa a vida, de modo integral, como espírito que qualifica todas as percepções, interpretações, atitudes, e decisões de uma pessoa.


Meu amigo judeu entendeu isto, e tem seu coração aberto para mim e para o Evangelho. Entretanto, muitos cristãos [a maioria], à semelhança dos judeus que perseguiam Paulo por ele ter deixado a "religião judaica", insistem em não entender o óbvio, apenas porque a ruptura que está estabelecida, agora, já não é mais de livros, textos e de conceitos, mas prática e histórica; e é isto justamente o que os tem apavorado.

No início, ouviam e pensavam: "São os estrebuchos do falido, do caído, do homem sob os escombros!..."

Mas agora que vêem milhares e milhares, e até seus filhos, esposas e netos enxergando o que eles se negam a ver, então, dizem: "Este homem está corrompendo a religião!"

Então, os mesmos que me perseguem por aí, muitas vezes me escrevem cartas de apelo, implorando que eu "volte", e que pare de criar essa "divisão".

Que divisão? Sim! Eu quero saber! Qual foi a divisão que eu criei?

O Evangelho só é divisão para os que se perdem, pois, todo aquele que o ama e nele crê, esse, quando o ouve, deixa tudo e diz "amém" à verdade.

Assim, aproveito para informar aos que já sabem, mas não querem admitir que sabem, que o "Caminho da Graça" tem cultos, reuniões, ceia, batismos, ordenações conforme os dons, envia pessoas, sustenta pessoas, e anuncia a Palavra; e faz tudo isso sem ser um movimento da religião, mas sim da espiritualidade segundo Jesus.

Jesus pregava, orava com doentes e oprimidos, ensinava o evangelho e anunciava a chegada do Reino de Deus; além de acolher pessoas, andar com elas, reuni-las e fazerem-nas sentirem-se irmãs umas das outras, e, sobretudo, deixando a elas claro que o maior poder de testemunho que teriam neste mundo viria exclusivamente da capacidade que tivessem de amarem-se umas às outras — "para que o mundo creia".

Quando [logo depois de minha conversão] deparei com as implicações de Jesus ter sido sumo sacerdote segundo a ordem de Melquizedeque, ato continuo toda e qualquer força que a religião desejasse ter sobre mim, morreu...

Quem crê que Jesus é Sumo Sacerdote segundo uma ordem que transcende a religião de Abraão, crê, daí para frente, não mais em religião, mas apenas em espiritualidade em Cristo, conforme o Evangelho.

O "Cristianismo" é um ente histórico poluído e pervertido demais para ter qualquer poder de influencia de sal na terra.

Insistir nas Cruzadas Cristãs contra o mundo pagão, é ainda pior do que pregar o Islã, por exemplo; pois, pregar uma religião em nome de Maomé é coisa humanamente simples de entender, mas fazer a mesma coisa com Jesus é blasfêmia contra o ser de Jesus.

Desse modo, tudo o que Jesus faz e ensina nos evangelhos é o que nos concerne, e, sobretudo, Seu modo de ser, pois, é da observação de Seu modo de ser e andar que se tem, segundo Ele, a chance de em vendo-o, ver-se também o Pai.

Assim, alegremente reduzo-me a Jesus, e aceito os limites da infinita liberdade, e as contenções do amor, e as cadeias do regozijo, e a impotência dos milagres, e a fraqueza de se enfrentar o inferno apenas com a Palavra.

Isto, hoje, todavia, é loucura para o Cristianismo e escândalo para os Evangélicos!

Mas para todo aquele que crê, esta é a Raiz de Vida que põe seu espigão no cerne mais profundo do discípulo, dando a ele a essencial alegria e gozo no enfrentamento das tribulações que virão sobre todos os habitantes da terra.

Nele,

Caio

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NÃO VENHA PRO CAMINHO COM ESPÍRITO DE FARISEU: FILHO DE ZEUS!


Há muita "igreja Evangélica" disponível e para todos os gostos; exceto para quem tem bom gosto e deseja sentir o simples gosto do Evangelho.

Portanto, fica aqui um pedido: quem for ou tiver sido "evangélico", ou tiver tido "trauma evangélico" e tenha ficado amargurado, crítico, desconfiado, e cínico, não procure o "Caminho da Graça"; pois, não temos tempo a perder com gente que deseja "Reformar o Sinédrio Evangélico" e pensa que esta é nossa intenção; e não é.

"Reformar o Sinédrio Evangélico" é sonho de fariseu; sonho esse que Jesus nunca sonhou; por isto mesmo nada fez a respeito!

Tenho dito que é mais fácil haver uma "reforma na igreja católica", em razão de sua centralização e identificabilidade histórica, do que entre os "amorfos-evangélicos", que são como uma Hídra de muitas cabeças-loucas; e que sofrem da Síndrome de Babel: não falam em "outras línguas as grandezas de Deus" (Pentecoste), mas sim "suas próprias linguas"; e é apenas para expressar seu descontentamento essencial com a vida e com tudo. Esses falam a "língua" que Tiago disse que está "inflamada pelo inferno" e que tem o poder de "destruir toda a carreira de um ser humano"; sem falar que de tais "línguas ambíguas", tanto jorra o que é "doce" (como média; na minha presença), como também o que é "amargoso" (sempre na minha ausência).

Por esta razão, a esses eu digo: "Amigos! Obrigado pela sua ajuda, mas eu passo..."

Além disso, quando iniciei com alguns amigos o "Caminho da Graça", não foi como "alternativa" aos "evangélicos". Na realidade não foi e não é. Jamais faria ou começaria algo "alternativo". Não conheço "Evangelho Alternativo", mas tão somente o Evangelho Único e Absoluto. "Evangelho Alternativo" é o que Paulo chama de "outro evangelho". Nesse caso, é o "evangelho-evangélico" aquilo que, hereticamente, se tornou "alternativo" ao Evangelho Único e Absoluto.

De fato, toda vez que aparece um "evangélico" magoado no "Caminho da Graça", me dá calafrios; pois sei que é problema sempre. Sim, porque para eles somos de-mais ou de-menos. O fato é que gostariam que fôssemos um híbrido conforme os desejos deles. Porém, não somos e nem seremos.

O fato é que não tenho barganhas a fazer com os "evangélicos". Assim, peço: desistam de mim; pois não tenho como fazer mais parte desse "negócio".

Portanto, quem não crê conforme tenho deixado claro que cremos, não venha (é simples assim...); pois não há como tal pessoa possa nos ajudar e nem nós a ela; visto que ela mesma não se ajuda; e chega viciada naquilo que entre nós já está morto e sepultado em Cristo. Nós, todavia, queremos viver daquilo que carrega o espírito da Ressurreição!

Assim, não temos nada a fazer com o fermento dos fariseus (religião das máscaras) e nem com o de Herodes (política e manipulação)!

E mais: Me sinto ridículo se tiver que convencer "evangelicos" acerca do Evangelho depois de haver pregado a eles por décadas!

O que eu tinha a dizer aos "evangélicos", eu sei que já disse!

O "Caminho da Graça" é para gente do Caminho de Jesus e que está buscando de modo social e comunitário aquilo que já crê de modo individual e existencial.

Desse modo, o "Caminho da Graça" não é para gente que precisa ser "convencida" de que lá-aqui é o seu lugar-andante...

Isto porque há aqueles que chegam por razões as mais diversas, e nem sempre sadias ou sinceras. Alguns vêm porque têm no espírito a necessidade de somente ficarem se forem "convencidos" (Alguém viu Jesus tentando convencer quem quer que fosse a andar com Ele?). Outros aparecem porque gostam de provocar discussões e debates que para "os do Caminho" já não existem. Há também os não têm o que fazer... e gostam de uma novidade e de um novo programa religioso. Sem falar nos que chegam porque desejam "reformar" o "Caminho da Graça" a fim de que ele fique no limbo: entre os "evangélicos" e o Evangelho... Ou seja: sem consequências para a vida!

São estas as razões pelas quais eu peço para lerem o site; pois o que cremos está lá explicitado com a clareza da luz!

Portanto, quem desejar se unir a uma Estação do "Caminho da Graça", ou deve chegar lá já bem instruído pela leitura do site, no qual somente um demente não vê que todo o conteúdo é o espírito do Evangelho (até os que não gostam de mim confessam isto!) —; ou, então, deve ser alguém que já não tem dúvidas do que quer, no caso de ter sido "evangélico"; e isto por já ter a Palavra em-si-mesmo; e não apenas porque cultue um livro chamado Bíblia, porém sem nada ter discernido da Palavra. Afinal, a própria Bíblia não é argumento de união no Caminho, pois seu único vínculo e vinculador é Jesus e Seu Evangelho.

Se a "Bíblia" unisse alguém, os "evangélicos", pelo seu culto ao Livro, seriam as pessoas mais unidas da Terra. A Bíblia, porém, sem Jesus, é apenas o Livro das Divisões. Sim, sem que Jesus seja a "chave hermenêutica" para a compreensão do Evangelho, a Bíblia serve apenas para criar mais e mais seitas supostamente fiéis a ela.

Por isto, digo: ... é melhor não chegarem...; sim, é melhor ficarem onde estão; pois, de fato, não temos tempo a perder fazendo "proselitismo" de crentes-fariseus que nem crêem; e que também nem querem simplismente ouvir, discernir e entender; primeiro para si mesmos, para que a Boa Nova lhes faça bem à vida; e somente depois para os que deles vierem a ouvir qualquer coisa.

Na realidade, as pessoas que mais têm o poder de problematizar a jornada simples do "Caminho da Graça" são os judaizantes-evangélicos; ou mesmo aqueles que aprendem, aprendem, mas jamais chegam ao conhecimento da verdade; posto que estão viciados em discussões infrutíferas e que a nada levam!

Também quero dizer que o "Caminho da Graça" não é lugar para quem busca "moda". Não! Ele é apenas um caminho-modo-de-ser, e isto conforme o Evangelho puro e simples.

"Moda" é coisa de "evangélico"; os quais, à semelhança dos atenienses, de nada mais cuidam senão de "saber das últimas novidades". No caso, das últimas "apostoladas evangélicas". Lá não tem nada disso. O "Caminho da Graça" não tem nada novo, mas tão somente o antigo-novo mandamento ensinado por Jesus.

Aqui quero dar uma ilustração de como "modismos evangélicos" podem ser perniciosos; e, em tal caso, nem sempre a culpa é dos pastores; mas sim de um povo "sem pastor" e que se acostumou a viver como borboletas que não sugam nectar, mas tão somente críticas e amarguras.

Tomemos a cidade de São Paulo como exemplo desse afã modista-evangélico. Logo após de ter crido em Jesus, uns quatro anos depois disso, a "igreja da moda" em Sampa era a do Tio Cássio. Depois veio a "Comunidade da Graça". Depois veio a "Batista do Morumbi". Depois veio a Adohnep. Depois a Renascer. Depois pequenas "universais-renascer". Depois o "Conselho de Pastores". Depois vieram a "Batista da Água Branca" e a "Betesda". E assim vai... Ora, com excessão da Renascer e seus filhotes-anões-clonados (afinal o "apóstolo" me disse, em 92, que estava abrindo uma franquia como a do Mac'Donalds, onde até a "batatinha" tem que ter o mesmo corte...) —; os demais líderes dos grupos acima mencionados, nada fizeram para buscar "ser a igreja da moda"; tendo apenas sido objeto da curiosidade evangélica em geral; e que em São Paulo tem essa característica exacerbada.

E fico vendo o pessoal ir e vir... se embalando na falta de raiz e de convicção.

Esse povo borboleteante não faz bem ao Caminho, pois nunca caminham, andando sempre em círculos. São como os Israelitas no deserto. Sim, pode-se ficar anos sem vê-los, mas sempre se os encontrará do mesmo modo: parados e adoecidos; sofrendo das mesmas questões; e, para as quais, não buscam soluções, mas apenas irresoluções; posto que vivem delas. Para esses, se se lhes oferece algo simples, lhes parece tão inacreditável que eles têm que já chegar duvidando.

Há outros, entretanto, que são viciados em novidades e estão sempre procurando um marketing novo de apresentações religiosas; seja para dizer que conhecem; seja apenas para distrairem-se com a novidade... Sem falar nos que desejam "aprender modos" a fim de ver se cola em algum lugar... Para esses tais é como ser introduzido a um "novo produto" a ser "vendido"... ou irresponsavelmente usado.

Assim, fica aqui meu apelo:

Se você não for já discípulo da consciência do Evangelho não procure o "Caminho da Graça". Sim, porque lá não é, ainda, o seu lugar-andante. Além disso, se você é apenas um amargurado evangélico, e que deixou sua "igreja" por desapontamentos pessoais, também não venha. Sim, porque você apenas trará a energia de seus desgostos; e isto não fomenta comunhão, mas apenas questões infrutíferas.

O site não é o Evangelho do "Caminho da Graça". O Evangelho é Jesus. Todavia, se alguém quer estar sob meu pastoreio aqui na Terra, então, saiba: o site www.caiofabio.com é conforme nosso entendimento explicitado acerca do conteúdo do Evangelho; visto que apesar do site não ser um livro de papel e nem ser a "nossa Bíblia", o que lá está dito é o Evangelho. Todavia, se para você não é assim; ou se você está indo por mera curiosidade; não vá e não venha; posto que a jornada que fazemos é baseada no Evangelho e no que tenho deixado claro acerca de minhas convicções acerca dele.

É conforme o Evangelho que o "Caminho da Graça" está caminhando feliz e em paz!

Nosso público são aqueles que, pela leitura do site, se identificaram com o que ensinamos acerca de Jesus; ou então é para aqueles que já se cansaram de tanta tolice religiosa que, pela compreensão do Evangelho, querem viver a simplicidade de algo que apenas deseja ser lugar-caminho de fomento da Palavra. Ou ainda é para aqueles que nada sabem de coisa alguma, mas que anseiam pelo Evangelho. Esses últimos são ideais, pois chegam apenas para crescer na Graça; e sem os vícios de doenças de "crentes amargos".

Afinal, para meu entendimento do Evangelho, a mentalidade do Evangelho é pura clonagem do espírito dos fariseus!

Digo isto porque, de súbito, tem um monte de gente desejando se uinir ao "Caminho da Graça". Mas que ainda não compreendeu nada de nada. Ora, como nossa questão nada tem a ver com números, mas com consciência e compreensão, peço encarecidamente a tais pessoas de espírito religioso que não procurem o "Caminho da Graça"; posto que lá-aqui-em-qualquer-lugar-andante... ainda não é o seu lugar de ser-estar-caminhando.

Buscamos os publicanos e os pecadores; e com eles comemos e bebemos com alegria; e é também a eles que anunciamos as Boas Novas; visto não sofrerem da "Síndrome de Nazaré", que é aquela feita da incredulidade dos que dizem: "Isso já sabemos!"

O tempo urge, pelo menos para mim e para aqueles que, como eu, já não têm tempo a perder com aquilo que já está morto!

Aos que têm vocação para carpideiros de defuntos; ou que amam um velório; ou ainda que choram a morte dos que já morreram... e desejam sepultá-los; digo: "Ou deixem que os mortos sepultem seus próprios mortos...; ou, então, fiquem para sepultá-los; mas não me convidem para sepultar mortos-com-mortos; pois, para mim, não há mais tempo senão para pregar o reino de Deus". Além disso, não me convidem também para entreter o Baile de Máscaras dos fariseus!

Repito: Me sinto ridículo se tiver que convencer "evangelicos" acerca do Evangelho depois de haver pregado a eles por décadas!

Fui para aqueles que os "judeus-evangélicos" chamam de "gentios". Só tenho energia para esses. Aos demais... se entenderam... apareçam. Do contrário, leia a Palavra e a confira com o o que está dito no site, e, em havendo acordo, venha. Do contrário, não venha tentar mudar aquilo que está mudando, pela verdade, o coração de milhares.

"Quem beijar, beijou; quem não beijar", no que diz respeito ao meu tempo, "não beija mais!"

O Caminho é Estreito; e no "Caminho da Graça" amamos essa estreiteza. Sim, porque nele e por causa dele, não se entra a menos que se tenha deixado a bagagem toda para trás: toda justiça-própria; toda a malícia religiosa; todo espírito de fofoca; e toda certeza de juízo contra o próximo. Também para trás ficam todas certezas farisaicas; pois, no Caminho, só se anda pela fé; e com muitas ações de Graças.

E mais: não estou convidando ninguém a fazer isto, mas apenas dizendo "Vem e vê" àqueles que já querem e desejam o que no Caminho de Jesus há em abundância, e no "Caminho da Graça" há como esperança: a possibilidade de uma vida em amor reverente para com o próximo em razão do entendimento da Graça nos haver simplificado a vida com Deus.

O pessoal do "ôba-ôba" (e que foram expostos à Palavra a vida toda) ou pessoal do "blá-blá-blá" (que não têm raizes de vida na Palavra )— nada encontrarão no "Caminho da Graça"; pois, somos alegres, mas terrivelmente sérios com o que estamos fazendo.

Como tenho dito, enquanto estiver aqui, e enquanto Deus me der saúde, não haverá meninos brincalhões no "Caminho da Graça". Para esses sugiro que comecem a "Vereda Lisa da Graxa!"

E aqui estou eu: entre os "judaizantes-evangélicos" e os discípulos do "novo Jesus gnóstico". Para mim, ambos os grupos ou se convertem ou jamais entenderão o Evangelho da Graça; o qual não é compreendido com a mente, mas tão somente com o coração e pela via da experiência-existencial com Jesus, o qual é o Evangelho.

Asssim, quem quiser fazer seu próprio caminho, faça-o; mas não tente criar um estelionato do "Caminho da Graça"; pois, enquanto eu estiver vivo, não será possível, visto que não estou aberto para alterações, pelo simples fato de que o Evangelho é o que é.

Assim, levante-se quem quer que seja e onde desejar (... irei... ), e me diga, olhando na minha cara, que o que digo não é o Evangelho. Mas tem de ser cara-a-cara, como Paulo fez com Pedro na Galácia. E como anseio que tenham tal coragem! Infelizmente, todavia, não a têm!

Enquanto isto os publicanos e pecadores estão vindo e se convertendo, e a salvação tem entrado em suas casas; mesmo no lar dos Zaqueus de Brasília. Esses amam o que ouvem; e o fazem com sede e avidez. Os fariseus, todavia, zangam-se; ou, então, dissimulam-se, como costumam fazer. Porém, não conseguem esconder quem são; pois, como disse Paulo, as suas obras se tornam manifestas.

Portanto, aqui fica meu pedido: quem for de outro espírito, não venha; pois, de fato, o tempo da brincadeira, se houve algum dia, acabou para sempre.

Nele, em Quem não havia brincadeira, mas apenas decisões de vida ou morte,


Caio

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