quarta-feira, 3 de junho de 2009

O CAMINHO DA GRAÇA


Em 2003 fui impedido por uma igreja de caminhar com ela. Fiquei sem rumo, pois caminhava com ela em Jesus Cristo, meu Senhor, e queria caminhar com gente.

Procurei a primeira igreja que fui membro quando me converti ao Senhor. Fui bem recebido e honrado entre eles, o que me deixou muito feliz. Porém fui arguido por pregar apenas Jesus Cristo e solicitado a pregar a doutrina dessa igreja.

Quando eu respondi que jamais pregaria a doutrina dela, o pastor me perguntou porquê.

Respondi que se eu pregasse a doutrina da igreja deles todos iriam amar muito a igreja deles.

Ele me perguntou que mal havia nisso.

Respondi que o meu desejo é que todos amem a Jesus Cristo.

Não foi possível continuar ali. Mais uma vez fiquei sem rumo.

Um grupo de irmãos, então, pediu-me que os ajudasse a começar uma nova igreja, pois não suportavam mais a opressão de doutrinas de homens.

Começamos, então, juntos a nos reunir e muito rápido essa igreja cresceu de irmãos em Cristo oriundos da primeira igreja mencionada acima, onde fui pastor por onze anos.

Ouvi, então, o Pr. Caio pela primeira vez na minha vida e quis continuar a ouvir.

Cinco irmãos de peso dessa igreja que, por solicitação deles, eu era presidente, me arguiram por estar indo ao Caminho da Graça.

Eu disse a esses irmãos que eu estava indo ao Caminho da Graça aprender com o Pr. Caio.

Esses irmãos (amados) disseram que o Pr. Caio nada tinha para me ensinar.

Eu respondi que quem decidia isso era eu.

Eles, então, perguntaram se o que eu aprendesse com o Pr. Caio eu iria ensinar entre eles.

Eu respondi que sim, que claro, óbvio.

Disseram, então, que eu tinha que escolher entre um e outros.

Escolhi, então, o Caminho da Graça.

Porém eu ainda não tinha noção do que era o Caminho da Graça.

Eu sabia, sim, o que era o CAMINHO DA GRAÇA. Não por definição, mas por intuição e espírito.

Eu sabia quem era Jesus Cristo, o CAMINHO DA GRAÇA. Não por definição, mas por intuição e espírito. Aliás, eu ainda não O conheço por definição, mas apenas por intuição e espírito.

Mas o Caminho da Graça como fenômeno do nosso ajuntamento eu não conhecia e, confesso, tinha todos os preconceitos possíveis a quem passou por todo tipo de estupro espiritual que as igrejas tem imprimido a seus membros.

De sorte que durante muito tempo me reunindo com os irmãos eu nunca falei do Caminho da Graça, mas apenas do CAMINHO DA GRAÇA. Até que, aos poucos, eu fui vendo muito do CAMINHO DA GRAÇA no Caminho da Graça. Cada vez mais.

O medo do susto foi se dissipando e o lugar da desconfiança transformou no lugar do convívio, pois eu só consigo caminhar com gente e eu preciso continuar caminhando.

E o Caminho da Graça se transformou no lugar do convívio. Transformou-se no lugar onde eu posso ouvir cânticos de quem tem o dom divino de cantar, onde eu posso ouvir quem tem o dom divino de ensinar, onde eu posso repartir com outros dons que Deus me deu, onde eu posso orar por quem precisa e receber orações na hora da minha angústia.

O Caminho da Graça se transformou no lugar onde eu posso chamar todos de irmãos, até os que não caminham conosco lá. Transformou-se no lugar onde eu posso celebrar com alegria o belo que existe no meu irmão, alegrar-me com a alegria dele, repartir com outros a minha, chorar com o que enfraqueceu, caiu, e receber o pranto de quem compartilha minha dor.

O Caminho da Graça é isso.

Quem quer caminhar assim?

Um beijo a todos, com carinho, reverência e amor.

Fonseca

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